Mind Vs. Heart

queimadura no coração

O Palácio do rei Asger acorda com o som do saltar dos cavalos.

Os moradores do reino estão às ruas no alvorecer da aurora. De suas bocas sai o grito de guerra, entoado há centenas de anos todas as vezes que era chegada a batalha. Uma canção de encorajamento, as lanças batendo contra o chão. As crianças assustadas escondidas debaixo das mesas e os homens às portas levantando o ânimo de seu exército orgulhoso que atravessa as ruas de pedra da cidade. Uns nos cavalos, outros caminhando.

À frente, a tropa principal o rei Asger lidera os maiores guerreiros já produzidos pelo exército ateniense. Homens de estatura alta, muito alta, chegando à casa dos dois metros de altura. Suas cicatrizes e tatuagens pelo corpo completam o visual das vitórias. Barbas compridas e cabelo trançado, eles são como vikings, um exército treinado pelos antigos descendentes finlandeses e outros povos nórdicos, nos anos em que a aliança entre a Grécia e o norte da Europa eram mais fortalecidos do que após o casamento de Cingétorix e Astrid.

Eles batem as espadas contra seus escudos mostrando ao seu povo o orgulho que têm pela sua pátria.

Em segundo, vêm os homens à cavalo. Eles gritam em uníssono assim como os moradores da região. Seu grito é forte, é alto, de verdadeiros guerreiros que não se importam em entregar a vida pelo seu país e pela honra do seu rei.

Por fim, e com certeza não menos importante, as amazonas. O exército feminino mais capacitado já conhecido pela humanidade.

Guiado por Hipólita, a princesa Diana segue a rainha e atrás dela uma multidão de guerreiras. Elas não gritam como os gregos, mantêm a mandíbula rígida deixando claro que uma batalha não as intimida.

A batalha acontece próxima a um rio, onde, décadas antes antes, no comando do tataravô de Asger, acontecera uma guerra contra a rainha amedrontadora da Pérsia.

- Não ouse decepcionar, Cadman. - Asger disse ao chefe do seu exército. O homem moreno concorda resgatando a espada de sua bainha.

Os eslováquios não esperavam que o exército do rei Asger estivesse em tão grande quantidade, tão bem preparado e tão furioso como estava. Não deviam esperar menos do que isso, afinal Cingétorix era um rei muito querido pelo seu povo, e a acusação de traição e a desonra contra seus superiores acendera no povo um desejo grande de vingança.

Ainda assim, o exército eslováquio era deveras incomparável. O receio ao ver seu rival era grande, mas o orgulho falava mais alto.

Eles eram parecidos com a linha de frente dos atenienses. Povo de homens altos, ruivos, bem treinado.

Os gritos de ambos os exércitos eram tão altos que era possível ouvir-se seus sons das casas esculpidas próximas ao Palácio de Asger, e seus moradores ouviam aqueles sons orando pela proteção de seu exército.

Mortes não são inevitáveis, especialmente num campo de guerra. O oráculo comunicou ao rei eslovaco sobre suas perdas e, seu chefe, ao perceber o número de mortos e a desestabilidade dos seus homens em relação aos guerreiros atenienses, anunciou o recuo dando assim a vitória por meio da rendição aos atenienses unidos às amazonas, pondo assim o fim numa guerra que durou dois dias e meio.

O mensageiro de Asger estava sobre Clérigo, o cavalo mais veloz depois de Dúbios, o maior e mais rápido quadrúpede de pelagem dourada pertencente ao rei. Ele anuncia ao povo de Atenas. O pulsar do seu coração bate junto com as batidas das ferraduras contra as pedras, e o povo finalmente se sente autorizado para sair às ruas ao ouvir suas palavras estéricas.

"Ouçam! Ouçam! Anuncia-se ao povo de Atenas a vitória do rei Asger! Saiam às ruas, vós vencedores!"

Há algumas milhas capazes de serem observadas, homens, mulheres e crianças comemoravam com gritos de júbilo e abraços calorosos em seus compadres quando a imagem do regresso do exército cai sobre o seu campo de visão.