|| Mansão Wayne || 03h27 ||
Era uma madrugada um tanto incomum para Bruce, assim como para Diana. Ele não estava patrulhando ou confinado na caverna, e ela não estava no seu milionésimo sono no seu dormitório confortável da Torre da Liga. Particularmente, ela estava bem mais feliz por ainda estar com ele do que se realmente estivesse descansando em sua própria cama - algo que, apesar de tudo, estava necessitando. O dia havia sido longo demais...
Ela fazia questão de não esconder o sorriso alegre em seu rosto enquanto lia algum livro que chamara a sua atenção na biblioteca quando Bruce ainda tomava banho. E agora, ele estava dormindo, deitado sobre os seios dela, enquanto os braços de Diana apoiavam-se nos ombros dele e as costas estavam na cabeceira da cama. Algumas horas antes, quando Alfred o convenceu a descer e comer algo, Bruce explicou para Diana a origem daquilo no seu abdômen - ele entendeu o que ela queria saber com aquela pergunta quando chegou na mansão e o abraçou. Ele disse que uma certa Palhaça (isso a fez ter vontade de rir antes que ele dissesse o porquê do nome), alguns minutos antes que ela chegasse, havia acertado-lhe em cheio com um martelo gigante de madeira antes que Batman pudesse prendê-la e levá-la de volta até Belle Reve, onde, naquele horário, ela provavelmente estaria sedada e não daria trabalho de novo tão cedo. Ela lembrou-se da conversa e acomodou-o melhor em cima de seu corpo, a fim de não machucá-lo ainda mais.
Já era hora de ter ido, ela já devido ter voltado para a Torre, mas a saudade que ambos sentiram de estar por perto um do outro a impediu de dizer adeus e a ele de deixá-la ir. Se fosse errado o que estavam fazendo, que o castigo do pecado lhes caísse mais tarde. Ela não se importava com isso e muito menos ele.
Ela levantou a mão até a cabeça dele acariciando o seu cabelo, num movimento involuntário. Diana só se deu conta de que seus dedos estavam nos cabelos dele quando o livro quase despencou de sua outra mão. Foi quando ela notou que ele havia adormecido. Tão tranquilamente que ela nem imaginava que ele já estava assim há quase dez minutos.
Diana estava feliz que Bruce finalmente estava baixando as barreiras do seu coração. Ela sabia que ele tinha os seus motivos para ter medo de deixá-la participar da sua vida, afinal ele havia contado completamente tudo o que o fez chegar a tal conclusão. E deixou bem claro que Diana não era como outras mulheres, ele temia não querer se dar tanto quanto ela se dava, amá-la da mesma forma que ela o amava. E ela o amava muito! Foi o que disse após fazê-lo entender que poderia enfrentar esses sentimentos caso no fim do dia eles pudessem ter um pouquinho um do outro. Caso ele estivesse disposto a enfrentá-los também.
Alfred também havia ganhado um brilho novo em seu olhar desde que Bruce finalmente confessara que ele e Diana andavam evoluindo a sua relação para algo um pouco além da simples amizade. Ele não se cansa de dizer, principalmente para Diana nos dias em que ela os visita, que viveu para ver o filho do seu coração conhecer alguém como ela. Ninguém seria capaz de fazer tão bem a ele quanto, ele sabia, a Princesa de Themyscira faria. Ele disse isso para ela em um fim de tarde ensolarado, enquanto tomavam chá e comiam biscoitos, o que a lembrara das tardes na Inglaterra conversando com Mary. Mas no lugar de chá e todas essas coisas, elas tomavam café puro e forte, quente a ponto de queimar a boca e precisar dos bolos para amenizar.
Os bicoitos de chocolate foram uma boa forma de descontrair a pauta dos assuntos, que para ela serviram mais como uma fonte de conhecimento a respeito de Bruce. O passado e grande parte do presente que formaram o homem que ama. Ela sentiu-se feliz por estar na casa dele, esperando-o retornar de uma reunião para um jantar nada formal, ali mesmo na mansão. Ainda mais por poder desfrutar dessas conversas com Alfred, porque a fazem se sentir completa pelo fato de que ele ama tanto a sua presença quanto Bruce.
|| Duas semanas depois || Ilha Cólon || Noroeste do Panamá ||
Seis horas atrás, Clark daria risada se alguém lhe dissesse que o seu dia terminaria daquela forma. Não somente ele, o restante da Liga inteira também.
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Mind Vs. Heart
FanfictionA perda de um grande amor nunca, nem em uma eternidade, deixará de ser dolorida e cruel. Entretanto, Diana conhece a prova de que um coração ferido pode encontrar novamente a chama de uma paixão e em uma das pessoas que jamais imaginaria encontrar...