resgate de inocentes

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|| Gotham City || Mansão Wayne ||

O dia amanheceu tão cinza que Diana teve certeza de que seria um dia chuvoso. A escolha de roupas condisse com o seu pensamento fazendo-a ficar aborrecida quando pisou o pé fora da Torre e o sol apareceu.

Diana optou por caminhar ao invés de chamar um táxi ou até mesmo ir flutuando até a casa de Bruce. Ela não gostaria de chamar a atenção desnecessária que ocorreria caso ela escolhesse a última opção.

Durante o percurso, observou atentamente o caminho de árvores floridas em certa parte da cidade. Especialmente onde algumas crianças que tomavam sorvete acompanhadas dos pais. Outras pessoas andavam de bicicleta na ciclovia ao lado da avenida. Ela se lembrou de Nova York e o quanto gosta de ir até lá.

Não eram raros os momentos como este em que Gotham City parecia como qualquer outra cidade. Era triste assistir como ela aparentava ser normal escondendo um lado obscuro por ser responsável pela cidade com maior índice de criminalidade do país.

Diana respirou fundo tentando controlar a pulsação quando tocou a campainha da casa de Bruce.

Um homem um tanto alto e grisalho, de certa idade avançada, abriu a porta com um sorriso ainda mais gentil do que o dela. Ele usava óculos e uma combinação moderna de roupas que não a permitiriam saber que ele era o mordomo de Bruce se ele não o tivesse dito.

- Posso ajudá-la, senhorita? - ele não deixou de sorrir em nenhum momento.

- Acredito que sim. Eu procuro Bruce Wayne. - havia uma pitada de receio em sua voz enquanto apertava os dedos por baixo da jaqueta que segurava.

- Peço que entre e aguarde. Eu vou chamá-lo. Quem devo dizer?

- Diana Prince.

Alfred parou por um momento analisando o seu rosto, quase fazendo com que ela se sentisse envergonhada.

- Mulher Maravilha?

Diana suspirou e sorriu.

- Isso mesmo.

Alfred não se surpreendeu com a revelação. Ele sabia qua mais cedo ou mais tarde a Mulher Maravilha teria alguma coisa a resolver com Bruce, ele só não sabia que, pessoalmente, ela seria tão graciosa. Não deveria esperar menos, sabendo que ela fazia parte da realeza de uma sociedade formada por mulheres.

- Gostaria de alguma coisa enquanto o espera?

- Não, obrigada, estou bem.

Alfred pediu a Diana que se sentasse enquanto aguardava a vinda de Bruce, mas ela preferiu continuar de pé, ao passo que ele desaparecia no interior daquela casa impecável. Diana ficou impressionada com a perfeição da mansão onde Bruce vivia. Ela sabia que ele era bilionário e que, de certo, a sua casa seria magnífica. Ela só não esperou que os detalhes fossem tão milimetricamente específicos e elegantes daquela forma, remetendo a ideia, em cada canto da sala gigantesca onde estava, que aquela construção não datava de decorações das eras mais modernas. Algo lembrava-lhe as casas dos séculos XVIII e início do século XIX, na velha Inglaterra.

Bruce quase não acreditou quando Alfred disse que ela estava lá embaixo esperando por ele. Ele tem o pleno conhecimento que já deixou bem claro o quanto não gosta quando eles ficam perambulando a sua cidade - e com 'eles' ele quer dizer todos. Todos os meta-humanos, parte da Liga ou não.

Ele não pensou que ela gostaria de conversar sobre o beijo no dormitório, todavia gostaria de saber o que a faria vir até Gotham City num dia como este.

Do topo da escada, Bruce observou o olhar atento dela ao seu redor, como se procurasse desesperadamente por algo cada vez mais fascinante, mantendo a postura de não mover um músculo a não ser os olhos e a leve inclinação da cabeça. Quando ela finalmente olhou para trás e seus olhos encontraram Bruce no seu modo... natural, com o peito desnudo e uma toalha envolta à cintura, ela sorriu apertando os olhos e ele se sentiu proibido de não abrir pelo menos um curto sorriso de volta.

Mind Vs. HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora