quem fala mais alto

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|| Aproximadamente 25 séculos depois || Londres, Reino Unido ||

A humanidade provara à Diana o tamanho da sua crueldade quando levaram dela o homem que ela jurou amar.

O mundo a fez perceber que não merece a sua ajuda, e a obrigou a se esconder nas sombras evitando a sua missão com os homens.

Dizer que isso não agradou os deuses não seria nenhuma indiscrição se o oráculo não tivesse previsto o futuro da amazona vivente entre os homens.

Foram séculos que ela vagou por reinos distantes depois de ter abandonado a coroa ateniense. Ela não queria deixar o povo que a acolhera, mas o peso de prosseguir, de reinar sem Asger, parecia ser de fato sufocante. Ela não conseguiria fazer isso, não sem ele, e essa foi a razão pela qual abandonou a cidade de Atenas na calada da noite com o seu puro-sangue Pegasus, nomeado em homenagem ao cavalo alado Pégaso.

Diana se escondeu durante anos no reino da Macedônia, vivendo como uma plebeia, ocultando o seu passado e a sua origem. Porém, manter a identidade de uma mulher imortal que nunca apresenta sinais de tempo, era mais difícil do que pensava, e ela se viu obrigada a não permanecer muito mais do que cinco anos em vários reinos.

Ela aposentou a sua armadura, e queimou o uniforme de guerra que usou naquele dia quando percebeu as gotas de sangue do seu amado manchando-lhe o tecido. Olhar para elas e não se lembrar daquele dia se tornou algo impossível, principalmente quando soube dos rumos da guerra.

Durando vinte e sete anos, a guerra hoje conhecida como Guerra do Peloponeso, deixou a cidade de Atenas em condições desastrosas após a sua própria rendição. Esparta venceu, e se tornou o novo centro hegemônico da Grécia. No fundo, Diana sente que saber que o seu esposo deu a vida numa guerra em vão, é a parte mais frustrante.

Hoje, o mundo não sabe sobre ela. Ela vive num vilarejo distante nos arredores da Inglaterra, e faz visitas constantes à cidade de Londres quando precisa retomar a dispensa da casa de campo onde vive.

Os preços baixos da cidade grande compensam os preços altíssimos da sua pequena vila, e ela aproveita para tomar novos ares.

Ela pode facilmente se esconder por quanto tempo quiser e em qualquer lugar. Acontece que a mídia e a internet sempre parecem ter coisas muito mais importantes do que o boato de uma mulher imortal vivendo na terra desde os séculos antes de Cristo, outras notícias sempre costumam entreter as pessoas e manter os holofotes bem longe da sua existência. Assim, a única pessoa que sabe da sua imortalidade - que Diana não faz ideia de como convenceu - é Mary, uma senhora de uns sessenta anos, vizinha de Diana que se tornou uma grande amiga após a infestação de roedores na fazenda. Ela acredita na sua história, e Diana confiou à ela a sua identidade.

Apesar de ser o início da Primavera, época que Diana geralmente evitava de ir até a cidade de Londres, houveram inúmeras necessidades em sua pequena cidade que resultaram na visita à capital, mas o turismo nessa época do ano costuma atrasar muitas coisas, inclusive os meios de transporte.

Isso fez um dos maiores heróis da história do mundo agradecer a chance de encontrá-la.

Clark Kent, ou melhor, Kal-El, seu nome de batismo. O último filho de Krypton, um planeta não mais existente, que fora salvo pelos seus pais no ato de enviá-lo numa sonda até a Terra, onde foi criado numa grande fazenda no interior do Kansas.

Seus poderes de origens alienígenas, o fizeram se tornar um dos maiores heróis da América e, consequentemente, do mundo.

Clark era muito inteligente. O seu amor por história era de um tamanho imensurável, a sua sede por conhecimento era imensa, o que responde à sua escolha por se tornar um jornalista na sua identidade secreta como Civil.

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