Addie & Dax │✔│

❧ Capítulo LVI

Esse vídeo me deu uma nostalgia de High School Musical 😭❤

︵‿︵‿୨♡୧‿︵‿︵

A D E L A I D E

︵‿︵‿୨♡୧‿︵‿︵

"Prometo que ficarei aqui até de manhã
E te pegarei quando você estiver caindo
Quando a chuva engrossar, quando você se cansar
Eu vou te tirar do chão
E te consertar com meu amor"

My Only One (No Hay Nadie Más) - Sebastián Yatra ft. Isabela Merced

Depois que terminamos de plantar as alfaces, mamãe inventou de fazer torta de abóbora com algumas abóboras que ela colheu da sua horta. As coitadinhas estavam bem feinhas e judiadas pelo crescimento fora da estação, mas acho que serviriam para o doce.

— Você faz a massa e eu o recheio, combinado? — ela sugeriu quando entramos na cozinha, deixando duas abóboras médias em cima da ilha — Eu acho a sua massa mais gostosa do que a minha.

Eu sabia que aquilo era uma mentira descarada. Tudo o que aprendi de culinária foi com ela, não tinha como ser melhor do que a minha professora, que era incrível, por sinal.

— Pode ser — concordei, me abaixando para pegar uma vasilha no armário da ilha. Depois que alcancei todos os ingredientes para a massa, coloquei a quantidade certa de farinha e de açúcar e comecei a misturá-los com calma, acrescentando a manteiga e dando algumas apertadinhas para formar uma farofa bem homogênea.

— Acha que essas duas vão ser suficientes? — ela ergueu as duas abóboras na altura do rosto — Vamos fazer uma torta média, para que a Syl e o Dax possam comer também.

Eu assenti, vendo-a sorrir de um jeito levado antes de virar-se e se pôr a descascar as abóboras. Assim como eu, mamãe também via na culinária sua válvula de escape para não surtar e sair cortando pessoas ao meio com uma serra elétrica. Uma vez, ela teve um dia verdadeiramente horrível no hospital e, quando chegou em casa, passou a madrugada inteira assando muffins recheados com geleia de amora. Foram tantos que nós distribuímos aos vizinhos, levamos ao orfanato e a casa de repouso de Burnely, mas mesmo assim eu e meu pai ficamos sem comer muffins por meses.

— Mãe?

— Diga, querida.

— Quando foi que a senhora decidiu que queria separar do papai?

Ela me olhou por cima do ombro, parecendo ponderar bastante sobre o que diria a seguir. Nós não conversávamos muito sobre o divórcio, não que tenha sido traumático ou algo do tipo. Na real, foi muito tranquilo. Eu já era bem grandinha para entender que meus pais não davam mais certo e que seriam mais felizes separados. Só foi... uma novidade, não era algo que eu estivesse esperando, até porque, nunca os vi brigar ou darem indícios de que estivessem infelizes no casamento. E eles ainda mantinham uma amizade incrível.

— Você quer a verdade que combinamos ou a verdade verdadeira?

Eu nem sabia que haviam duas verdades, para começo de conversa.

— Ahn... a verdade verdadeira, não é? Seja lá qual ela for.

— Certo — e soltou o ar que prendia em si, voltando para as suas abóboras — Bom, você tinha seis anos.

Parei de mexer na massa na mesma hora, erguendo o rosto e o prendendo nas costas da minha mãe. O que?!

— Como assim?