❧ Capítulo XLVI

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Eu assisti esse filme há uns dias e achei tão fofinhoo 🥺❤

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A D E L A I D E

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"Nos seus braços, estou sã e salva
Você virou o meu mundo de cabeça pra baixo
Mas todo o inferno que passamos teve um propósito
Juntos somos caos e isso é perfeito"

I Didn't Know - Sofia Carson

Eu escutei alguns gritos. Berros altos e estridentes que ecoavam do quarto em frente ao meu, muito provavelmente acordando a vizinhança inteira. Porém, a voz que se exaltava era apenas a de Sylvia. Não ouvi Dax se defender em momento algum, e isso só aumentava a minha neura de que ele havia sido assassinado.

Esperei até que sua mãe tomasse banho e se enfurnasse em seu quarto para sair do meu quase que, literalmente, na pontinha dos pés. Dei uma última olhadinha em Nick só para ter certeza de que ele estava dormindo em sua gaiolinha e fechei a porta, tendo o senso de passar a tranca e levar a chave comigo. Eu gelei por meio segundo ao ouvir algo vindo do quarto de Sylvia, esperando ser pega no flagra, mas para a minha sorte não era nada demais. Acho que ela estava se ajeitando para dormir.

Abri uma frestinha suficiente para entrar no quarto de Dax, tomando cuidado com a parte de sua porta que geralmente rangia alto e entregava ao mundo que alguém estava passando ali. De início, pensei que ele estivesse dormindo, porque, salvo a luz amarelada do poste que havia na rua, o restante do cômodo estava todo apagado. O garoto estava estirado em sua cama com um braço cobrindo uma parte do rosto. Porém, bastou que ouvisse o som de sua porta fechando para que ele erguesse a cabeça, perdido.

— Mas, o que...

Shiu — ralhei, balançando a mão para que ele falasse mais baixo — Cala a boca.

— Adela... — sua voz morreu no instante em que girei a chave na fechadura duas vezes, nos trancando ali.

Me virei para Dax, vendo-o com o semblante num misto de medo e curiosidade. Ele manteve os olhos em mim enquanto eu me aproximava, analisando meus movimentos como se fosse um caçador espreitando sua caça. Quando alcancei sua cama, eu abri um pouquinho a coberta e me deitei ao seu lado, me apoiando na parte direita do meu corpo. Ele ainda pareceu hesitar entre me deixar ficar ali ou sair correndo em busca de ajuda antes de se virar também, nos deixando cara a cara.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou num sussurro gasto, quase nulo.

— Eu queria te ver, fiquei preocupada. Sua mãe parecia irritada a ponto de cometer um assassinato.

Dax esbouçou uma careta amarga.

— Ah, mas ela estava mesmo. Acho que só não me tacou pela janela porque estava fechada e faria uma nojeira no jardim.

— Por que ela ficou tão furiosa? Nós não estávamos nos beijando nem nada assim, estávamos só... nos encarando? Nos olhando? — Ok, quase nos beijamos, mas vamos pular essa parte.

Ele riu baixinho, fechando ligeiramente os olhos e soltando um breve suspiro antes de responder.

— Quando chegamos, ela me mandou ficar longe de você — explicou — Me fez jurar que jamais me envolveria com a "pobre Addie Prescott".

— Argh — eu retorqui, sentindo um desconforto estranho ao ouvir meu apelido vindo de Dax — Por favor, é esquisito te ouvir me chamar de Addie.

— Então, no fundo você gosta que eu te chame de Adelaide, huh?

Addie & Dax │✔│Onde histórias criam vida. Descubra agora