Daxton Wenthworth é um perdido. Pelo menos aos olhos de sua mãe e de qualquer adulto que tenha deixado as maluquices na adolescência. Aos dezenove anos, ele exibe um currículo de causar inveja em qualquer aspirante à bad boy: uma reprovação, algumas...
Não sei que doideira que deu que a letra da música tava toda bugada, aí fiz no canva para não ficar estranho. Finjam que está tudo normal, ok? :)
Capítulo extra pelas 700 leituras, obrigada ❤
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D A X T O N
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— Ok, isso foi... fofo.
Eu bufei em negação, me atirando contra o colchão e deixando que minha cabeça se afundasse no travesseiro outra vez. Aquela conversa de mais cedo estava me corroendo por dentro, me fazendo ruminá-la de forma intermitente. Como alguém pode ser tão diferente do que aparenta ser?
Quando vi Adelaide na quinta-feira, naquele vestido florido, com aquelas botinhas marrons e aquele laço enorme na cabeça, tudo o que pensei é que ela fosse o tipo de menininha que nunca passou por um problema na vida. Ela me parecia tão ingênua que foi realmente difícil associá-la à imagem da garota que passou pelo o que tinha me contado. A conta não fechava, não tinha como ser a mesma pessoa.
Como um ser humano é capaz de fazer tanto mal a alguém como Adelaide Prescott? Ela fazia cookies de ursinhos para órfãos e cozinhava para se acalmar. Pelo pouco que vi de seu quarto, ele tinha papel de parede florido e aqueles móveis de madeira delicados, bem de princesinha mesmo. Sua paleta de cores não saía dos tons claros e delicados. E ela tinha um furão que, por mais ódio de mim que tivesse, ainda assim era um bichinho bonitinho. Saber de tudo isso e ainda assim machucá-la dessa forma era trinta vezes pior. Will Haddock era um verdadeiro monstro.
— Daxton Oliver Wenthworth, eu te amo, mas não quero ter que ficar olhando para o meio das suas pernas enquanto conversamos. Será que dá para me erguer e me colocar na sua barriga, seu idiota?
Não consegui segurar a risada que ascendeu em minha garganta. Estiquei o braço livre e puxei o computador para mais perto, o encaixando na região do umbigo. Allie sorriu do outro lado da tela, levando a mão ao peito e fingindo alívio. Ouvi um assovio vindo de algum lugar de sua casa, quebrando sua encenação.
— Eu já vou, pai! Só um minutinho! — gritou antes de se voltar para mim — Obrigada, aquela visão eu deixo para as pobrezinhas que se envolvem com você.
— Cala a boca que eu as faço muito feliz quando estão comigo, ok?!
— Ah, mas eu sei disso, meu amor — e me lançou uma piscadela assanhada, relembrando o trágico dia em que bebemos além da conta e acabamos numa mesma cama. Felizmente, isso nunca abalou nossa amizade. Eu não conseguia me imaginar sem ter Allie sendo minha amiga e jamais me perdoaria se tivesse deixado as coisas entre nós estranhas — Me fez tão feliz que, depois de dormir com você, eu me envolvi com uma garota.
