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No silêncio da noite, os pesadelos se materializavam, trazendo à tona o rosto sombrio do assassino. Em um labirinto de sombras e medo, via-me frente a frente com a personificação de uma angústia mais profunda. Cada passo ecoava como um presságio sinistro, cada olhar do assassino mergulhava-me para um abismo de terror. O suor frio, o coração acelerado, o sonho se transformava em um pesadelo vívido, onde a linha entre realidade e imaginação se dissipava. Arregalei meus olhos, quando o mesmo afastou -se, dando a visão do o corpo pálido e inerte de Solange, estendido em um cenário sombrio e desolado. O silêncio sepulcral era interrompido apenas pelo eco de seus passos correndo, enquanto eu se aproximava do corpo imóvel de minha melhor amiga. O olhar vazio de Solange parecia penetrar fundo na alma, despertando um misto de horror e desespero.

Com um sobressalto, abro os olhos, meu coração ainda acelerado pela intensidade do sonho. Minha respiração ofegante denuncia a agitação que ainda ecoa em minha mente, enquanto a luz suave da manhã invade o quarto, dissipando lentamente as sombras do pesadelo.
Por um instante, a linha entre o sonho e a realidade se desfaz, deixando-me suspensa entre dois mundos distintos.

O alívio ao perceber que era apenas um sonho se mistura com a sensação persistente de inquietação, como se as emoções do sonho ainda me envolvessem em um abraço fugaz. Com um suspiro profundo, permito-me acalmar o coração e acolher a certeza reconfortante de estar desperta, deixando para trás o mundo onírico e abraçando a luz da manhã que promete um novo começo.

— Que foi? — perguntou Bruno parado com a escova em sua boca.

— Foi só um sonho. — disse, repetindo mil vezes em meu coração e usando-o como consolo.

Bruno

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Bruno

Aprecio Lucas, enquanto preparava-se para mais um de seus mistérios. Dias que ele tem agido estranho, e tem estado bastante inquieto. Só espero que Sofia não esteja envolvida, pois eu sei exatamente o que ele sente por ela.

— Quer sair para jantar?

— Amaria, mas tenho coisas a fazer. — respondeu breve, ainda distante com os pensamentos.

— O que está acontecendo?

— Nada, estou cansada, o dia foi muito intenso e agitado.

— Amor, o dia mal começou e já estás a reclamar de agitação. — a mulher olhou para o nada, buscando alguma desculpa.

— Temos que falar. 

— Aconteceu alguma coisa?

— É sobre a Mariana.

— De novo isso? — berro em um tom de aborrecimento. — Já disse para deixares esse assunto para atrás.

— Eu não consigo, e agora que eu descobri que o José matou a Solange...

Um sentimento avassaladora de emoções envolveu todo o meu ser. Sofia permaneceu calada, ainda perdida em seus pensamentos, enquanto processo a extensão do segredo.

— Desculpa! Eu sabia que tu não ias concordar em investigar a vida dele.

— Por isso agiste nas minhas costas?

— Isso não importa agora, Bruno... ou será que não ouviste o que eu acabei de dizer?
— um suspiro tranquilo escapou dos meus lábios, revelando minha serenidade.

— Quando descobriu isso?

Sofia fixou meus olhos, como se estivesse procurando por alguma coisa, e de repente, ela abana a cabeça decpcionada.

— Você sabia.

Não a respondo.

— Por que não me contou?

— Já se passaram muito tempo, não queria te desgastar com está notícia.

— É a morte da Solange que está em jogo.

— Eu sei, por isso comecei a tratar disso em privado. Estou cansado de te ver assim, vazia e desanimada.

Sofia olhou para o vazio, confirmando silenciosamente a minha certeza. Puxei-a para um abraço e delicadamente beijei sua nuca.
O som do celular ecoou pelo ambiente, e não demorou muito para que ela atendesse a ligação. Sua expressão facial era de preocupação, rapidamente levantou e segurou sua bolsa.

— Amor?

— Tenho que ir. — disse antes de fechar a porta.


















 — disse antes de fechar a porta

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