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Sofia

— Cheguei!

— Você demorou, já estava recrutar os maiores seguranças para irem a tua busca.
— brincou ele. Dei dois selinhos, e permaneci parada. — Para onde foi?

— Eu já tinha te avisado.

— Ela gostou?

— Muito... — respondi com um tom de insatisfação. — E isso é o que me preocupa.

— Deixa ela ser feliz, amor. Quando foi a última vez que ela sorriu?

— Tá, mas não queria que a primeira vez fosse por fazer sexo com um homem que nem a ama!

— Eu achei que já tinhas aceitado ele, por que essa mudança? — não o respondo, por ter sido salva pelo choro de Emmanuel.

(...)

Focada nas finas folhas que moviam-se a medida que o vento soprava, Lucas aproximou-se, questionando:

— E o que a senhora pensa em fazer?

— Vou terminar de juntar as peças,mas sei que não há mais necessidade, já que é bem óbvio.

— O Sr.Bruno já sabe? — nego com o olhar.— E quando vai contar?

— Eu hei de contar.

— Só espero que eu não sofra as consequências.

— Só quero proteger a Mariana de alguma maneira sem dar nas vistas.

— Como?

Sigo aflita o choros da criança, e vejo Carla o segurando, causando um pequeno alívio.

— Que susto!

— Esse choro acorda bilhões de pessoas.

— Desculpa ter a acordado.

— Não tem problema, é sempre bom cuidar de um bebê.

— Cadê o Bruno!?

— Saiu.

— Sozinho?

Bato na porta do quarto do Lucas e me certifico que ele não estava nu.

— Tudo bem? — ele pergunta se levantando.

— Podes me fazer um favor?

— Sofia...

— O Bruno acabou de sair, este é o momento perfeito, Lucas.

— Ele pode suspeitar, já espiamos muito.

Lucas suspira em um sinal de redenção, fazendo com que um grande grito saísse de minha boca.

Mariana

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Mariana

Analisava ele, procurando um sentimento arco-íris, um sentimento de felicidade, algum sinal que demonstrasse que ele amou e que foi especial. José permanecia frugal, transparente, como se nada tivesse acontecido. Talvez seja algo banal, sei que isso é um desejo infantil, mas eu esperava que o homem que tirou a minha pureza, exalta-se a felicidade.

Termino de vestir, e obedeço o mandado de meu estômago. Caminho pelo corredor, encontrando a porta dele semi aberta, deixo-me levar pela curiosidade, e aproximo-me, franzo minha sobrancelha, ao ouvir seus gritos:

" Como assim você não sabe! Você não sabe a existência de pílula...ham? Esquece aquela piralha! me diz se é verdade ou não? Vou ser mesmo pai?... olha o que você me faz!"

O mundo ao meu redor parecia desmoronar lentamente, suas palavras ecoavam como um eco doloroso em minha mente. Meu coração estava apertado, a respiração entrecortada. Pela primeira vez,  encontrei-me perante da cruel realidade que tanto tentei evitar: a traição. Por que sinto que isso não era a primeira? As lágrimas, antes contidas, agora escorriam livremente,junto à um misto de dor e desespero tomando conta minha a alma.

— O que tá fazendo aqui princesa? — sinto suas mãos em minha cintura, mas me afasto lentamente.

— Estou cansada, vou descansar.

— Tá bem, precisa de alguma coisa? — nego sem olhar para ele e continuo subindo.

Sofia

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Sofia

A raiva crescia dentro de mim como uma chama voraz, consumindo qualquer resquício de calma. Cada palavra dita ecoava como um golpe, alimentando a fúria que fervilhava em seu peito. Meus olhos faiscavam em indignação, os punhos cerrados denunciando toda tempestade que se formava em mim.

— Podes repetir, por... por favor.

— Minha filha, o quê que eu tenho de repetir? Eu fui bem explícita, não há nada de complicado nas minhas palavras. Ele é o assassino, está é a realidade.

O ódio fervia em minhas veias, uma chama avassaladora que consumia qualquer vestígio de compaixão. A descoberta desencadeou uma tempestade de emoções negativas, transformando a verdadeira visão do mundo. Cada pensamento era obscurecido pela sombra do ódio, cada batida do coração ecoava a dor da culpa. O olhar gélido, as palavras afiadas, seu nome girava em torno de minha cabeça:

José Weiss.



















José Weiss

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