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Sofia

Estava impaciente, chamando por Mariana, mas não obtive resposta. Decidida a encontrá-la, abri a porta do quarto e percebi que a cama estava vazia. Um calafrio percorreu minha espinha quando notei a janela aberta.

Sem perder tempo, saí correndo e desci as escadas em busca de respostas. Chamei por Bruno, mas logo me lembrei de que ele havia saído com Rodolfo. Meu celular vibrou e, ao conferir, vi uma mensagem de um número desconhecido: "Game over, sua  filho da mãe!"

Fiquei paralisada, com as mãos erguidas, ao deparar-me com uma arma apontada para mim.

— O que é isso, Lucas? Sou eu, Sofia!

— Eu sei disso.

— A Mariana foi rap...

— Pelo Antônio? Eu sei. — interrompeu, e o olhei sem entender. — Ah, sim... eu sou o espião dele.

A maneira como ele falava, como se fosse uma brincadeira, era perturbadora.

— Por que está fazendo isso? Qual é o seu problema, afinal? — perguntei, tentando entender.

— Não suporto o estúpido do seu homem! — ele gritou, e pude ouvir o choro de Emanuel. — Nem pense em nada! — Lucas apontou a arma mais perto quando dei um passo para trás.

— Apenas me deixe ver como ele está. — implorei. — Por favor.

— Por que eu faria esse favor? — ele perguntou. — Se você nunca fez nada por mim! Não estou falando de bens materiais, você sabe muito bem o quanto eu te desejo, mas você fica agindo como se não soubesse!

Eu só conseguia focar na arma em sua mão, que balançava conforme ele movia as mãos.

— Vamos ver como será agora que tenho isso apontado bem na sua cara.

Chutei a arma, fazendo-a cair, e corri para as escadas o mais rápido que pude.

— Volta aqui, sua vadia!

Um tiro foi disparado logo após eu trancar a porta do quarto de Emanuel. Empurrei alguns móveis com facilidade e os coloquei na porta. Peguei Emanuel e o amamentei enquanto pegava meu celular e enviava uma mensagem para Bruno e Rodolfo. E logo me lembrei de Carla. Onde ela estava?

A porta foi batida com força, fazendo-me tremer.

— Abra isso agora! — ele gritou. — Não me obrigue a derrubar isso.

Apertei Emanuel com força e cuidado, pois ele não parava de chorar em meu colo.

— Não chore, meu filho, não chore. — beijei sua testa. Enviei mais mensagens, rezando para que eles lessem imediatamente.

A porta caiu no chão. Deixei cair meu celular e olhei para Lucas, que vinha em nossa direção.

— Eu disse que iria derrubar.

— Lucas...

— Cale a boca! — ele se aproximou mais, tentei correr, mas ele puxou meu cabelo, me fazendo gemer, e segurei Emanuel com força. Um tiro foi disparado, e Lucas olhou para mim, parado. Em seguida, olhei para o peito dele, que sangrava.

— Lucas! — gritei, e ele deixou cair a arma. Em questão de segundos, seu corpo também caiu.

— Está tudo bem, senhora? — Maurício verificou se Lucas estava morto e, ao confirmar, veio até mim e pegou o bebê, enquanto outro segurança entrou. Olhei para Lucas e uma lágrima caiu. Tudo, menos a morte.

— Cadê o Bruno? — perguntei, indo em direção à porta, sendo segurada pelo segurança.

— Eles estão a caminho.

Após momentos de angústia e incerteza, um imenso alívio tomou conta de mim ao ver Bruno aparecer vivo e são. Um suspiro profundo escapou dos meus lábios, dissipando a tensão que havia se acumulado em meu peito.

As lágrimas de preocupação foram substituídas por lágrimas de alívio, e meu coração acelerado começou a se acalmar lentamente. Corri em direção a Bruno e o abracei com força, sentindo a presença reconfortante e familiar dele.

— Graças a Deus você está bem! — disse, com a voz embargada pela emoção. — Eu estava tão preocupada, não sabia o que fazer.

Bruno segurou meu rosto suavemente, olhando em meus olhos com ternura.

— Eu estou aqui, Sofia. Sempre estarei ao seu lado. Nada vai nos separar.

As palavras de Bruno trouxeram um sentimento de segurança e esperança para mim. Eu sabia que, juntos, poderíamos enfrentar qualquer desafio que a vida nos apresentasse.

Enquanto permanecíamos abraçados, o alívio preenchia cada fibra do meu ser. Sentia-me grata por ter Bruno ao meu lado, e prometi a mim mesma valorizar cada momento que compartilhávamos juntos. Afinal, o amor e a vida eram preciosidades que não poderiam ser subestimadas.





















 Afinal, o amor e a vida eram preciosidades que não poderiam ser subestimadas

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