Depois do agradável café da manhã na companhia de Jisung os dois voltar para o quarto do rapaz. O Han se deitou em sua cama alegando que estava sentindo incomodo no braço, provavelmente por ter se movimentado demais aquele dia.
Minho estava sentado na poltrona próximo a cama, ora ou outra cochilava tentando ao máximo se manter acordado.
— Se você fosse uma planta, qual tipo seria? — Jisung perguntou, virando o rosto para encarar o Lee.
— Que raios de pergunta é essa, Jisung? — Minho arqueou a sobrancelha, virando o rosto para encarar o Han de volta.
— Estou entediado e você também está, consigo ver daqui sua baba escorrendo sempre que cochila. — Jisung respondeu rindo, resmungando ao sentir o braço doer.
— Quer que eu chame um enfermeiro? — Minho perguntou meio alarmado.
— Não, eles provavelmente me sedariam para eu não sentir dor e nisso eu acabaria dormindo... — O Han balançou o pé.
— Provavelmente uma Pteridófita. — O Lee respondeu.
— Por quê?
— Porque elas não possuem flores ou frutos.
— Você é estranho. — Jisung falou naturalmente. Estavam conversando de maneira casual que ele só se deu conta quando saiu e ele ouviu a risada do Lee. — Desculpe.
— Não tem problema, conversar é bom que faz o tempo passar. — Minho disse calmo. — Haneul com certeza estaria impaciente se estivesse aqui.
— É um nome diferente para se dar a um cachorro. — Jisung comentou, abaixando um pouco a cama.
— Não é um cachorro. — Minho riu. — É o nome da minha filha.
— Meu deus você tem filha? — Jisung perguntou surpreso, rindo fracamente logo depois. — Não imaginava.
— Não pareço responsável o bastante?
— Não parece velho o bastante. — Jisung respondeu sonolento. — Você tem quantos anos?
— Vinte e oito.
— Sua filha tem quantos anos?
— Quatro.
— Oh, ela é super pequena. — Jisung falou, fechando os olhos devagar. — Ela deve sentir a sua falta quando você saí para trabalhar...
— Sim, ela sente... — Minho falou baixo, acompanhando o tom de voz alheio. — Mas eu sempre passo o máximo de tempo com ela quando chego do trabalho. Ela sempre me espera acordada. — O Lee sorriu ao lembrar da filha.
— É bom ter alguém esperando por você em casa. — Jisung sussurrou.
Minho levantou o olhar para encara-lo, percebendo que o Han havia apagado. O Lee se levantou e caminhou até a cama do rapaz suspirando e o cobrindo direito, voltando para a poltrona e se sentando novamente logo depois.
*
Ao abrir os olhos tornou os fechar instintivamente devido a claridade incômoda da luz acesa, novamente os abriu se familiarizando com o cômodo hospitalar.
Minho olhou ao redor um pouco confuso, olhando para o lado e vendo Jisung acordado tomando sopa.
— Eu apaguei... — Comentou, pegando o celular para verificar o horário. Estava se aproximando das dez da noite. — Está tarde...
— Um rapaz chegou faz algumas horas, ele disse que veio trocar o turno com você. — Jisung comentou meio desanimado, mexendo sua sopa.
— Você está bem?
— Estou... — O Han ergueu o olhar para o Lee novamente. — Não queria que você fosse.
— Você fará amizade com os outros também, não se preocupe. — Minho o confortou. — Apesar de saber que estará seguro, pode me ligar caso aconteça alguma coisa.
— Certo...
Jisung respondeu e voltou a tomar sua sopa. Minho observou o rapaz em silêncio, puxando uma caneta do bolso e se aproximando da cama.
— Posso? — Perguntou, apontando para o braço engessado.
Jisung concordou confuso, vendo o policial escrever "Fighting" no gesso com sua caneta preta e depois se afastar.
— Bom, quando se sentir inseguro você pode olhar para isso e lembrar que apesar do medo constante, nós podemos conseguir vence-lo e que no final tudo dará certo.
— No final eu posso morrer, Minho. — Jisung murmurou. — E isso me assusta. Não consegui dormir direito pensando em tudo o que aconteceu hoje.
— Eu não vou deixar você morrer, Jisung. — O Lee falou convicto.
Jisung o encarou por um breve momento e depois de suspirar concordou, tentando se manter calmo.
— Não precisa ter medo eu e o meu departamento protegeremos você.
— Obrigado por tudo.
— Não precisa agradecer. — Minho deu dois tapas leves no ombro sarado do Han e se afastou. — Não pense mais nisso, durma tranquilo e se concentre na sua recuperação.
Jisung concordou, acenando com a cabeça para Minho quando o policial se despediu e deixou seu quarto.
Minho cumprimentou os colegas que estavam fazendo a segurança do quarto do lado de fora, saindo do hospital e partindo direto para a sua casa.
Estava se sentindo exausto, apesar de não ter feito praticamente nada durante o dia. Esse caso estava o sobrecarregando e o cansando, mas ele não iria desistir de encontrar uma resposta para todas as perguntas que rondavam sua cabeça. Não iria parar até prender o assassino de Taehyun.
Tudo o que queria naquele momento era chegar em casa o mais depressa possível, tomar um banho morno e aproveitar a companhia de sua filha até ela sentir sono e dormir em seus braços.
Rapidamente se lembrou do que Jisung havia falado durante a tarde e sorriu pequeno com isso. Era grato por ainda ter alguém esperando por ele em casa. Grato por ter Haneul.
Apesar de que o sentimento de gratidão era praticamente um nada com tudo o que estava acontecendo nesses últimos dias. E Minho teve certeza disso quando recebeu a mensagem de Felix antes abrir a porta de sua casa.
"Como você suspeitava, essa era a língua da vítima. A língua de Kang Taehyun."
——
Fighting/Hwaiting é uma expressão usada pelos coreanos para desejar boa sorte e afirmar que a pessoa consegue fazer tal coisa. Resumindo, é um incentivo: "Você consegue! Boa sorte".
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Criminal [MINSUNG]
FanfictionLee Minho é um excelente policial e estava investigando o caso de Kang Taehyun, um jovem com um passado duvidoso e ações inclementes que morreu de maneira misteriosa. Durante sua investigação Minho conhece o ex companheiro de Kang, Han Jisung. Um r...