Capítulo 50: Gatinho manhoso

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Ao adentrar o quarto conseguiu ver o mais novo enrolado dos pés a cabeça com o edredom grosso, apenas seus olhinhos estavam do lado de fora, visto que ele assistia ao jornal.

Minho se aproximou receoso, sentando próximo ao menor que se manteve no mesmo lugar e não falou nada, sequer o olhou.

— Amor... — O chamou, vendo-o olha-lo. — Me desculpa pela situação desagradável.

— Você não tem sorte com mulheres. — Jisung comentou e o Lee riu. — Ela é egocêntrica, diferente do que eu imaginei.

— Você a imaginou? — Minho riu, negando.

— Sim. Enfim...

Minho se aproximou para beijar o menor, mas ele virou o rosto vagarosamente, fazendo o Lee fazer biquinho.

— Amor... Você quer perguntar algo? Quer conversar sobre as merdas que ela lhe falou?

— Não quero, mas também não quero te beijar... — Jisung murmurou.

— Por que não quer? Poxa, você queria...

O Han riu da birra alheia, revirando os olhos.

— Eu queria antes da sua ex lunática aparecer e estragar o clima. — Jisung falou. — Agora quero ver jornal.

Minho fez biquinho e deitou em cima do menor, ouvindo ele rir e resmungar que o Lee era pesado. O policial beijou todo o rostinho emburrado do namorado, chupando o lábio inferior do Han. 

— Acho que tem algo mais interessante que você pode fazer ao invés de assistir jornal... — O Lee comentou.

— Ah é? Tipo o que?

— Me beijar... — Minho respondeu, roubando um selinho dele. — Aproveitar que estamos sozinhos para fazer amor...

— Hum. Tentador. — Jisung murmurou ao fechar os olhos, sentindo os lábios do namorado beijar a pele sensível do seu pescoço. — Mas sabe o que é melhor do que isso?

— O que? — O Lee respondeu em um murmúrio, apertando levemente a cintura de Jisung o olhando.

— Eu ia dizer assistir jornal, mas acho que você está certo. — Respondeu rápido, ouvindo o Lee rir enquanto subia sua camisa.

*

Jisung estava abraçado ao corpo do Lee, encarando a parede do quarto meio pensativo enquanto sentia as mãos grandes do policial subir e descer em um carinho calmo nas suas costas desnuda.

O mais novo quase ronronava com o carinho agradável, esfregando levemente o rosto no peito do namorado.

— Sungie. — Minho o chamou calmo. — Você está bem?

— Estou? — Jisung respondeu confuso.

— Me refiro a situação desagradável de mais cedo. — Minho falou. — Quero ter certeza que não machuquei você, momento nenhum tive a intenção de te machucar com alguma coisa que fiz ou falei na presença dela.

Jisung riu fraco, negando levemente com a cabeça enquanto pressionava os lábios na pele quentinha do peito do namorado.

— Não. Não se preocupe. — O mais novo respondeu. — Eu sei que vocês tem toda uma história juntos e muita coisa para resolver, realmente entendo a situação e por mais desconfortável que seja não tenho nada negativo para falar sobre, mas...

— Mas...?

— Você ainda gosta dela? Digo, seu olhar foi algo bem incômodo para mim. — Jisung sibilou como se estivesse contando um segredo. — Porém ao mesmo tempo que penso assim, tenho certeza que foi devido ao misto de confusão que você possivelmente estava sentindo.

— Não gosto, amor. Eu gosto de você. — Minho o beijou. — Eu amo você, Jisung.

O mais novo sorriu de maneira contida, dedilhando a nuca do Lee em um carinho calmo. Minho o deu diversos selinhos, sorrindo a cada 'pitoca que dava no namorado.

— Ela e Dahyun eram amigas, tipo melhores amigas. — Minho comentou. — Quando ela estava grávida aconteceu uma situação e eu precisei ir ajudar Dahyun em seu apartamento por causa de um possível stalker, porém Jisoo colocou na cabeça que naquele dia eu tinha a traído somente porque demorei alguns minutos para voltar.

— Mas você a traiu?

— Claro que não! — Minho o olhou incrédulo, vendo-o rir. — Eu saí do apartamento de Dahyun cedo, mas passei no shopping para procurar por um presente para a Jisoo visto que nosso aniversário de casamento estava próximo, por isso demorei e ela entendeu errado. Estou explicando porque não quero que se sinta inseguro sobre meus sentimentos por você e a seriedade que tenho com nosso namoro.

— Eu gosto de você, Minho. — Jisung murmurou, sorrindo abertamente. — Eu... Eu realmente gosto muito de você, sinceramente não achei que conseguiria gostar tanto de alguém como gosto de você.

— Por quê? — Minho questionou semicerrando os olhos.

— Eu tenho dificuldade com essas questões sentimentais. Realmente me interessei em você, o achei atraente, mas não imaginei que chegaríamos onde estamos hoje... Entende?

— Entendo. Que bom então, né. — Minho riu, beijando o Han. — Eu não me arrependo de ter escolhido você, muito menos de te amar.

— Você tem me falado tanto isso ultimamente que estou me sentindo coagido. — Jisung brincou, empurrando levemente o namorado que riu e o puxou. — Impressão minha ou o quarto ficou mais frio?

— Vem cá, gatinho manhoso. — Minho o puxou ainda mais para perto, abraçando o corpo semi nu do namorado. — O que está fazendo? — Minho perguntou rindo ao sentir o mais novo esfregar levemente seus pés.

— Estou esquentando meus pés. — Jisung resmungou. — Gatinho manhoso, apelido novo?

— Sim. Você é o meu gatinho e é extremamente manhoso. — Minho respondeu, beijando calmamente o menor que retribuiu o ósculo, fazendo carinho na parte lateral do pescoço do Lee.

— Eu não sou manhoso. — Jisung murmurou quando romperam o beijo, selando o rosto do Lee que não conseguia parar de sorrir. — Você que é, na verdade.

— Eu gosto de ser mimado por você, apesar que você não me mima o suficiente. — Minho fez biquinho.

— Tem certeza? — Jisung questionou próximo a seu ouvido com a voz levemente arrastada, beijando o pescoço do namorado e prendendo a orelha do Lee com os dentes em uma mordida fraca. — Eu te faço carinho quase toda hora, Jagiya. E você fica ronronando igual um gatinho.

— Amor... — Minho riu, apertando as nádegas do mais novo com um pouco de força. — Você tá fazendo de propósito, né?

— O que? — Jisung se afastou rindo, fazendo uma carinha de paisagem. — Estou apenas deixando o quarto mais quente. — Passou a língua entre os lábios olhando o namorado. — Ou o gatinho manhoso não quer receber carinho agora?

— Depende. — Minho murmurou. — Depende do tipo de carinho que você queira me fazer. — Puxou o braço do menor, beijando o pulso dele e o encarando fixamente. — Você começou, então vai ter que terminar.

Jisung riu e então se sentou na barriga do mais velho, tomando novamente os lábios do namorado em um beijo. Porém, daquela vez foi um selar diferente. Afoito e transmitindo entre todos os sentimentos, o mais forte dentre eles: desejo.

——

Stalker Uma forma de violência na qual o sujeito/suspeito invade repetidamente a esfera de privacidade da vítima, empregando táticas de perseguição, etc.

E finalmente entramos na reta final da fanfic :)

Criminal [MINSUNG]Onde histórias criam vida. Descubra agora