Minho chegou ao hospital e se dirigiu ate a recepção, sendo encarado pela recepcionista que logo arrumou sua postura para uma mais profissional.
— Olá, bom dia. — Minho falou.
— Olá, bom dia. Como posso ajuda-lo, senhor?
— Gostaria de visitar um paciente que está internado, o nome dele é Han Jisung.
— Certo... Qual o seu relacionamento com o paciente? É algum parente? — A mulher perguntou, levantando o olhar para encarar o Lee.
Minho trincou a mandíbula e então se apoiou no balcão de mármore, enfiando a mão no bolso de sua calça e puxando o seu distintivo, mostrando-o a mulher.
— Eu não o conheço, sou policial e estou investigando um caso o qual Han Jisung está envolvido indiretamente.
Ela não o respondeu, apensas digitou algo em seu computador rapidamente e depois de alguns segundos em silêncio ela voltou a encarar o Lee.
— Certo, poderia me informar o seu nome para que eu o registre no quadro de visitas do paciente?
— Claro. Lee Minho.
— Pronto. Ele está no segundo andar, quarto 206. — Ela respondeu depois de digitar mais alguma coisa.
— Obrigado.
Minho se dirigiu ate o elevador depois de agradecer a recepcionista, esperou com que as portas metálicas se abrissem depois de alguns minutos e logo o adentrou apertando o botão do segundo andar.
Não demorou muito para chegar no segundo andar, olhou rapidamente para alguns pacientes que passavam pelo extenso corredor acompanhados de seus médicos. Suspirou pesado, por algum motivo desconhecido ele estava nervoso em encontrar o Han.
Tentando ignorar todos aqueles pensamentos e sentimentos fúteis, o Lee caminhou a passos curtos pelo corredor e ao parar na frente da porta 206 ele novamente suspirou, batendo na madeira duas vezes antes de abri-la.
— Olá, licença. — O Lee adentrou o quarto encarando o garoto que havia terminado de comer com o auxílio de uma enfermeira. — Han Jisung?
— Sim. Pois não? — O acastanhado o olhou meio confuso se perguntando quem era aquele homem.
A enfermeira recolheu a bandeja com o prato e os talheres usados na refeição e então saiu do quarto, anunciando que o Han poderia chama-la a qualquer momento acionando o botão que fica ao lado de sua cama.
Minho fez uma rápida reverência para a enfermeira antes dela sair, voltando a olhar para Jisung. O garoto estava mal e agora ele entendia o motivo dele estar internado. Tinha um braço quebrado, lábio com pontos e o supercílio estava com um curativo.
— Bom... Eu sou Lee Minho, o policial que está investigando a morte do seu companheiro Kang Taehyung.
— Ex-companheiro. — Jisung corrigiu, abaixando o olhar. — Tem cerca de quinze dias que terminei com ele.
— Lamento... — Minho murmurou sem saber ao certo o que dizer.
— Ele morreu? - Jisung voltou a olha-lo. — Não me surpreende já que estava endividado até o pescoço. Foi suicídio?
— Não. Ele foi assassinado. — A voz do Lee estava neutra, percebeu o olhar do garoto abaixar e o semblante triste ocupar seu rosto. — Você não soube de nada?
— Não, estou preso nesse hospital desde o dia que terminei com ele. — A voz chorosa de Jisung soou enquanto ele ainda mantinha a cabeça baixa.
— O que aconteceu para você estar aqui, Jisung? — O Lee questionou, anotando rapidamente alguns pontos que achou relevante em seu bloco de notas.
— Bom, ele... — O garoto falou com a voz trêmula deixando-a morrer logo depois. Minho percebeu que ele havia começado a chorar e então se aproximou um pouco, dando leves tapinhas no ombro do Han tentando reconforta-lo sem ser tão invasivo. — Ele não aceitou muito bem o término. Tentei conversar com ele e explicar que queria terminar não por estar gostando de outra pessoa e sim porque não dava para continuar me relacionando com uma pessoa igual a ele, e por não aceitar isso ele acabou me agredindo... Um colega dele me ajudou e me trouxe para o hospital. Desde que fiquei internado aqui não recebi visitas ou notícias dele.
— Foi a primeira vez que ele agrediu você?
Jisung não o respondeu e se manteve cabisbaixo, Minho suspirou e então sentou na poltrona que tinha próximo a cama.
— O que seus pais achavam do relacionamento de vocês?
— Provavelmente eles estão decepcionados comigo lá do além. — Jisung comentou e então o olhou. — Você é policial mesmo? Como vou saber que posso acreditar em você?
Minho riu fracamente e então entregou ao Han o seu distintivo, vendo-o segurar e o olhar atentamente. Jisung o entregou novamente e o Lee pegou o brasão com cuidado, guardando logo depois.
— Por que você se relacionou com Taehyun? Não denunciou para a polícia ou falou a alguém sobre as agressões dele?
— Ele me ameaçava de morte se eu contasse a alguém ou denunciasse. Não comecei a namorar com ele por escolha, o conheci em uma festa e a gente ficou, depois disso ele começou a me perseguir e simplesmente invadiu minha casa e começou a morar comigo.
— Você mora sozinho? — Minho questionou.
— Sim.
— Não pôde pedir ajuda a nenhum parente?
— Todos estão na Malásia. — Jisung respondeu. — Você pode pegar o controle da televisão para mim, por favor?
Minho levantou da poltrona que estava sentado e pegou o controle que estava em uma mesa pequena longe da cama, entregou ao Han logo depois ouvindo-o agradecer.
— Você disse que um colega de Taehyun o trouxe para o hospital no dia da agressão, qual o nome dele?
— Ah sim, foi o Yeonjun. Ele sempre tentou cuidar de mim e brigava com o Taehyun quando ele me agredia ou algo do tipo... Talvez tenha sido por isso que o Tae tenha começado a odiá-lo e pensar que eu o traía com ele.
— Mas você o traía?
— Claro que não. O Yeonjun é como um irmão para mim.
— Yeonjun vem visitá-lo? — Minho questionou.
— Desde que estou aqui ele veio apenas um dia... Por quê?
— Porque estamos investigando a causa da morte do seu ex-companheiro e todos que tinham algum tipo de convívio com ele, amigos e conhecidos são suspeitos. Inclusive você, Jisung.
O Han pareceu demorar alguns segundos para processar a informação visto que encarou Minho em silêncio por um tempo, entreabrindo os lábios quando pareceu entender o que aquela visita repentina significava.
Jisung concordou com a cabeça e então sorriu fechado.
— Você pode contar comigo para a investigação, estou disposto a falar tudo o que sei sobre o Taehyun. — O rapaz falou franco. — Eu quero ajudar a polícia a prender o canalha que matou o Tae, apesar do que ele fez comigo, não acho que ele merecia isso.
Minho concordou encarando o Han enquanto batia levemente os dedos em sua própria coxa fazendo uma pequena nota mental.
— Eu agradeço a sua colaboração. Tem previsão para ter alta?
— Acho que precisarei ficar mais uma semana para fazer novos exames, por quê?
— Certo, irei fazer outra visita essa semana. Tenha uma boa recuperação, Jisung.
— Obrigado, Lee Minho.
[Edit: Capítulo Revisado]
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Criminal [MINSUNG]
Fiksi PenggemarLee Minho é um excelente policial e estava investigando o caso de Kang Taehyun, um jovem com um passado duvidoso e ações inclementes que morreu de maneira misteriosa. Durante sua investigação Minho conhece o ex companheiro de Kang, Han Jisung. Um r...