Minho já havia perdido completamente a noção do tempo. Estava no hospital, especificamente na sala de espera, aguardando o médico cirurgião ir lhe dar notícias sobre a situação do amigo.
Não demorou muito para que a ambulância chegasse ao local e os paramédicos dessem os primeiros socorros ao Choi, o encaminhando para o hospital mais próximo. Por se sentir completamente culpado do ocorrido e também devido a preocupação, Minho se dispôs a ir como acompanhante.
Assim que chegaram ao hospital o Choi foi levado imediatamente para a sala cirúrgica enquanto o Lee foi fazer sua ficha, mas já havia passado horas que a cirurgia de Soobin havia começado. Estava cabisbaixo quando ouviu o barulho de passos, levantando rapidamente a cabeça e logo depois se levantando ao ver o médico ali.
— Sr. Lee. — O médico o chamou, suspirando. — A cirurgia foi um sucesso e o seu amigo não corre mais perigo de vida.
Minho soltou o ar com força, sentindo vontade de chorar e desabar ali mesmo. O médico deu dois tapas leve no ombro do policial antes de se afastar novamente, voltando para a sala cirúrgica.
Novamente o médico saiu o entregando um pequeno saco plástico onde havia o projétil da bala dentro.
— Esse foi o projetil que atingiu o Sr. Choi. — O médico explicou. — Ele estava sem colete, mas teve muita sorte. A bala passou próximo a seu coração mas não o atingiu, acredito que se ele tivesse demorado um pouco mais para ser atendido não iria resistir ao ferimento. Você agiu rápido ao estancar o sangramento e chamar uma ambulância, isso o salvou.
Minho concordou meio perdido, encarando o projétil dentro do saco.
— Infelizmente hoje o senhor não poderá vê-lo, mas ele poderá receber visitas a partir de amanhã. — O médico voltou a se pronunciar. — Vá para casa descansar e volte amanhã para o visitar, Sr. Lee.
— Obrigado doutor. — Minho resmungou, curvando-se.
O médico concordou e então novamente se afastou. Minho também se afastou, dando meia volta e indo direto para o banheiro masculino do hospital. O Lee encarou seu reflexo cansado no espelho a sua frente e logo depois encarou as próprias mãos sujas de sangue, abriu a torneira e então as lavou.
Observou meio perdido a água lavar suas mãos levando com sua correnteza o sangue para o fundo do ralo. Desligou a torneira e então enxugou as mãos, olhando uma última vez sua imagem antes de sair do banheiro.
*
Era por volta das onze da noite quando Minho chegou em casa, completamente cansado. Quando saiu do hospital ele foi até o necrotério para entregar a Felix o projétil para que ele enviasse ao laboratório para ser analisado, acabou encontrando Seungmin no caminho e ele lhe entregou o resultado das impressões de Jisung que o Lee havia colhido mais cedo.
Como ele imaginava, não havia impressões de Jisung em nenhuma das duas cenas do crime. Minho não o via mais como um suspeito, mas queria ter uma certeza exata para entregar o resultado aos colegas que o ajudavam naquele caso e poder descarta-lo completamente como um dos suspeitos do caso e agora ele tinha.
O Lee se deparou com a imagem de Jisung e Haneul dormindo no tapete da sala com vários brinquedos ao redor dos dois. Minho acabou sorrindo pequeno com a cena, fechando a porta silenciosamente e a trancando.
Minho bocejou cansado e então desligou a televisão que estava ligada em um desenho aleátorio, pegou os brinquedos com cuidado para guardar e então foi até a garotinha adormecida. O Lee pegou Haneul no colo e a levou até o próprio quarto, tirou a roupa suja da garotinha passando um pano umedecido no corpo pequeno e depois a vestiu com seu pijaminha de dinossauro, arrumando-a na cama e a cobrindo.
O sono de Haneul era tão pesado e provavelmente ela estava tão cansada que sequer acordou. Minho a deixou no quarto e então voltou para a sala, vendo o Han bocejar e se espreguiçar sentado no chão.
— Você voltou... — Jisung resmungou, coçando o olho e bocejando novamente. — Estava preocupado, você demorou.
— Aconteceu alguns problemas que me prenderam lá, desculpe... — Minho respondeu, suspirando. — Como foi com a Hannie?
— Ela parece um papagaio. — Jisung riu. — Acho que ela se acostumou com minha presença por causa do almoço, quando você saiu ela começou a conversar comigo enquanto a gente brincava de boneca. Quando anoiteceu eu servi o que sobrou do almoço, esse foi nosso jantar.
Minho ouviu e então riu, recostando as costas no sofá e fechando os olhos.
— Mesmo em sua folga você costuma trabalhar? — Jisung perguntou curioso.
— Hm. Detetive não tem folga, Jisung. — Minho resmungou cansado.
— Eu preciso ir... — Jisung falou ao checar o horário. — Você já chegou então ela não ficará sozinha, apesar de tudo gostei de almoçar na companhia de vocês.
Minho que estava com os olhos fechados quase cochilando os abriu, enxergando o Han em pé na sua frente.
— Não precisa ir me levar, não se preocupe. — Jisung falou ao ver o Lee fazer menção em se levantar. — Sei que está cansado. Irei chamar um táxi.
— Não, Jisung. Espera. — Minho resmungou. — Você pode dormir aqui se quiser, pode ser perigoso voltar sozinho uma hora dessa.
— Ah não precisa, não quero incomodar. — O Han sorriu pequeno. — Não se preocupe, mando mensagem ao chegar em casa.
— Não é incomodo, você realmente não precisa ir se não quiser. — O Lee falou calmamente. — Pode ficar com o quarto de hóspedes.
— Você tem certeza?
Minho concordou em um aceno e o Han acabou concordando também, falando que iria ficar já que não tinha problema.
— Eu vou pegar uma roupa confortável para você dormir. Vem. — Minho falou, chamando o Han para o seguir pelo corredor.
Minho adentrou seu próprio quarto enquanto Jisung se manteve imóvel no corredor esperando pelo retorno do Lee, o policial voltou minutos depois com uma muda de roupa em mãos a entregando ao Han.
O Lee saiu então do seu quarto e foi para o final do corredor, abrindo a porta do quarto de hóspedes e o adentrando sendo seguido pelo Han que estranhamente estava acanhado demais.
— Fique a vontade. Se quiser pegar qualquer coisa da geladeira pode pegar, e o banheiro fica na porta ao lado. — Minho avisou.
— Obrigado, Minho. — Jisung falou.
— Por nada...
Os dois ficaram se encarando em silêncio, depois de um tempo Minho desviou o olhar e então pigarreou coçando a nuca com a mão, levemente envergonhado com o clina tenso que de repente pairou no ar.
— Então... Boa noite, Jisung.
— Boa noite, Minho. — O Han falou sorrindo.
Minho estava saindo do quarto quando o Han o chamou novamente fazendo-o parar para olha-lo, Jisung caminhou na direção do Lee e então o deu um abraço acanhado beijando rapidamente a bochecha do policial antes de se afastar e fechar a porta do cômodo.
Minho ficou do lado de fora, parado no meio do corredor, enquanto encarava a porta em sua frente meio atônito. Ainda conseguia sentir o calor do corpo de Jisung abraçado ao seu e a quentura dos lábios macios do Han na pele de sua bochecha. O Lee negou com a cabeça e então riu fraco, voltando para o próprio quarto e fechando a porta.
Deitou em sua cama e se cobriu fechando os olhos, revivendo o desespero de mais cedo. Balançou a cabeça e virou o corpo, tentando mentalizar qualquer outra coisa que não fosse os olhos esverdeados o encarando. Acabou pensando em Jisung e na sensação boa que sentiu ao tê-lo tão próximo de si, finalmente conseguindo dormir.
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Criminal [MINSUNG]
ФанфикLee Minho é um excelente policial e estava investigando o caso de Kang Taehyun, um jovem com um passado duvidoso e ações inclementes que morreu de maneira misteriosa. Durante sua investigação Minho conhece o ex companheiro de Kang, Han Jisung. Um r...