Capítulo 46: Parque

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Já haviam chegado ao parque. Minho estava sentado na enorme toalha que levou ao lado de Jisung que arrumava de maneira exagerada os alimentos, colocando em fileira próximo a cesta.

Haneul pedalava próximo de onde estavam enquanto chamava pelo cachorrinho que latia e corria atrás de si, fazendo a risada da garotinha soar pelo lugar.

— Você é louco. — Minho falou, sorrindo ao ver a filha e o animal se divertirem. — Adotar um cachorro assim sem mais nem menos, sabe ao menos se ainda é filhote? Ele é pequeno...

— Ele é cachorro de porte pequeno. A moça disse que mesmo adulto vai continuar desse tamanho. — Jisung comentou mordendo um pãozinho. — Ela disse que ele acabou de fazer um ano.

— É bonitinho, mas ainda assim vai te dar trabalho.

— Eu tenho a Hannie para me ajudar. — Jisung falou ao rir. — Na verdade eu não gosto muito de cachorros, adotei por causa dela.

Minho semicerrou os olhos ao ouvir aquilo, vendo o namorado gargalhar com sua expressão levemente irritada. Ele não estava bravo, mas gostava de manter a postura de homem sério e irritado.

Chamaram Haneul para se juntar a eles e ela logo se aproximou, sentando próximo do Han e começando a comer juntamente aos adultos, enquanto os três riam do cachorrinho que arrastava levemente a pata nas perninhas da garota a pedindo comida também.

Jisung mexeu nas sacolas e tirou de lá um pratinho de alumínio juntamente a um pacote de ração, despejando no recipiente e dando ao cachorro que começou a comer também.

— Titio. — Haneul o chamou. — Você sabia que eu não gosto de 'fumiga? — Perguntou, balançando a mão na tentativa de afastar o inseto de si.

— Por que? As formigas são nossas amigas. — Jisung falou calmamente, vendo ela negar um pouco frenética.

— Não! Não! Elas mordem. — Respondeu enquanto concordava com a cabeça com o que falava.

— Assim? — Minho questionou e então se aproximou da filha, mordendo levemente o bracinho da garota que resmungou o empurrando, levemente brava.

Jisung gargalhou da irritação da pequena Lee, comparando ela com o pai. Eles faziam a mesma cara quando aparentemente ficavam bravos.

— Não tem graça, papa!

Minho riu e então beijou o rosto da filha, limpando o cantinho da boca da criança com cuidado. Jisung afagava o cachorrinho que havia deitado ao seu lado depois de ter comido toda a ração, suspirando.

Iriam descansar um pouco e aproveitar a companhia um do outro aquele momento. Haneul tirou da mochila dela um caderninho com suas canetinhas e entregou a cada um dos adultos uma folha.

— Vamos 'bincar. — Falou. — Desenhe aqui e no final a gente ver o melhor.

— E o melhor ganha prêmio? — Jisung questionou curioso.

— Sim! Ganha beijinho. — Haneul falou contente, fazendo os adultos rirem.

*

Os outros dois estavam aguardando o policial para poderem mostrar o desenho, Minho finalizou resmungando um "acabei" e o namorado respondeu com um "finalmente" enquanto a garotinha ria.

Haneul foi a primeira a mostrar seu desenho. Ela havia tentado fazer um cachorro e o rabisco ficou realmente bom para a idade que tinha. Os adultos a elogiaram vendo ela sorrir abertamente e mostrar os dentinhos pequenos e suas 'janelinhas.

Jisung mostrou logo depois o dele, havia desenhado o parque. Decidiu transmitir na folha o que seus olhos estavam capturando aquela manhã.

— Oh! — Haneul exclamou. — Ficou 'bunito, titio. — Elogiou.

— É, ficou bonzinho. — Minho resmungou desinteressado, rindo ao ver o namorado revirar os olhos. — Mas o meu está melhor!

E logo depois ele mostrou sua folha desenhada aos outros dois, bufando ao ouvi-los rir da sua arte. Havia feito uma boneca, mentalizou a filha, mas virou algo indecifrável.

— Vocês não sabem apreciar arte. — O Lee resmungou emburrado, virando o rosto e levantando o nariz.

Haneul se aproximou do pai e o fez um breve carinho na bochecha, beijando logo depois o lugar que acariciou. Minho a abraçou forte, ouvindo-a rir.

O Lee ficou confuso ao ver Jisung se levantar e se espreguiçar, encarando o mais novo com um ponto de interrogação imaginário na testa.

— Estamos em um parque, deveríamos aproveitar. — Jisung falou. — Vamos brincar de pique pega.

— Sério? — Minho questionou fazendo corpo mole quando o Han tentou puxa-lo para cima.

— Eba! — Haneul gritou animada elevando os braços e os balançando.

Minho choramingou, mas cedeu. Sentia que a dupla dinâmica dos Hannie's o faria envelhecer cem anos dentro de semanas. O pique estava com o Lee para a sua infelicidade, observou os outros dois correrem para longe enquanto riam, sendo seguidos por Bbama que latia.

O policial então foi correndo, tentando alcançar Haneul que estava parada fazendo careta para si. Quando tentou pegá-la ela voltou a correr gritando alegre, desviando das mãos do pai e indo na direção de Jisung.

Minho suspirou cansado, rindo irritado ao ver que agora não apenas a filha fazia caretas para o provocar, mas Jisung também. Voltou a correr indo na direção dos outros dois que se separaram, resolveu ignorar a filha e foi atrás do Han que tentou se desvencilhar do toque, mas não conseguiu visto que as mãos do Lee o agarraram e o puxaram com certa força contra o próprio corpo.

— Peguei você. — Minho murmurou, beijando o rosto do mais novo e se afastando enquanto ria.

Ficaram brincando de pique pega pelos minutos decorrentes, não vendo que o tempo estava passando. Quando se aproximou das duas da tarde já haviam parado a brincadeira para descansarem, mas gotículas de águas começaram a cair vagarosamente do céu, pingando em suas cabeças.

— Vai chover... — Minho resmungou. — Acho melhor a gente voltar mais cedo.

— Ah não! — Haneul falou triste, abraçando Jisung e o olhando. — Podemos ficar mais um pouco?

— Não tem como, Hannie. — O mais velho se abaixou e a olhou. — Se a gente tomar chuva podemos ficar resfriados. Você quer ficar dodói?

A garotinha negou com a cabeça, pegando o cachorrinho no colo enquanto aguardava os dois mais velhos guardarem as coisas. Jisung pegou a bicicleta da pequena Lee, vendo Minho pegar a cesta. A garota deu a mão ao pai e então eles começaram a andar na direção da saída do parque.

Infelizmente devido a chuva que se aproximava não teriam como fazer tudo que planejaram para o passeio deles, mas ainda assim conseguiram se divertir em família e era isso que contava. Minho estava feliz. Os três estavam.

Criminal [MINSUNG]Onde histórias criam vida. Descubra agora