Capítulo 17: Choi Yeonjun

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Capítulo +16, pode contar informação/cena sensível para determinado público


Minho pilotava em direção ao Rio Han, passando pelo meio dos carros com agilidade. Sentia o vento bater fortemente contra seu corpo devido o quão veloz dirigia, mas estava desesperado.

A voz desesperada de Niki o alarmou e quando o garoto relatou que ele e Soobin haviam encontrado um corpo o Lee não pensou duas vezes antes de ir para a cena do crime. Tudo estranhamente parecia se repetir. Estava em casa em sua folga, recebia uma ligação no final da tarde informando que um corpo havia sido encontrado na região do rio Han. 

Quando o Lee chegou ao local se familiarizou com a cena, tendo um deja vu ao ver as sirenes das viaturas ligada e vários curiosos no local filmando e comenta do sobre o ocorrido.

O Lee se espreitou entre os curiosos, olhando ao redor. Dessa vez algo era diferente. Assim como Soobin havia lhe explicado na ligação, o corpo não estava na ponte como o de Taehyun, estava em uma rua sem saída que ficava próximo ao lugar na frente de um enorme depósito. O lugar que Daehyun havia comentado em seu depoimento.

Minho finalmente conseguiu se aproximar, ultrapassando a faixa que mantinha os curiosos longe do corpo. Os olhos escuros fitaram o corpo desfalecido do jovem de cabelos rosa, notando marcas de estrangulamento no pescoço do rapaz. O corpo estava debruçado e diferente de Taehyun, havia muito sangue no chão.

— Choi Yeonjun. — Soobin resmungou quando o Lee se aproximou dele. — Sinceramente, tudo ficou tão bagunçado.

— Soobin...

— Eu estava na cola dele, Minho-ssi. — O Choi parecia desesperado e culpado, era o que seu olhar indicava. — Eu quase o peguei e agora... Agora ele está morto!

— Onde Namjoon está? — Minho perguntou confuso ao não ver o amigo ali.

—  Ele não foi ao departamento hoje, disse que não estava se sentindo bem do estômago. — O Choi suspirou. — Está com a gastrite atacada novamente.

— Ele merece descansar. — Minho suspirou. — Mas já que ele não pôde ir, por que não me ligou antes? Eu poderia ajudar vocês com a investigação.

— Não iria atrapalhar o seu encontro... — Soobin resmungou. — É a sua folga.

— Eu já tirei as fotos, Sr. Lee. — Niki avisou a Minho, vendo-o concordar.

Tirar foto de como o corpo foi encontrado era extremamente importante para a investigação. Os peritos faziam isso ao chegar no local para buscar o corpo, mas Minho e sua equipe também fotografavam para tentar encontrar alguma pista nas entrelinhas das cenas dos crimes. O Lee colocou as luvas e então se aproximou do cadáver, o virando com cuidado e fazendo uma careta logo depois.

Não iria mexer na cena do crime para não bagunçar, afinal Felix e sua equipe estavam a caminho, queria apenas ver o rosto da vítima direito. Percebeu que assim como Taehyun, a boca de Yeonjun também estava costurada. Porém, diferente do Kang, o Choi tinha todos os dedos das mãos intactos, mas em contra partida a região mesogástrica estava aberta.

Por isso havia muito sangue em volta do corpo, o abdómen do Choi estava tão mutilado que a pele se rompeu devido aos golpes e algumas vísceras estavam visíveis. Completamente mais aterrorizante do que a morte do próprio Taehyun.

Minho se afastou do cadáver com uma expressão desagradável e suspendeu o olhar, encarando as portas de ferro do depósito. O Lee cruzou os braços completamente incomodado com a situação, tentando entender e ver se de alguma maneira os crimes se encaixavam. Rapidamente então se lembrou do depósito que Dahyun citou em seu depoimento, voltando para perto de que equipe.

Felix chegou ao local, deu ordens para que sua equipe começasse o trabalho de fotografar e retirar o corpo dali enquanto ia até o policial.

— Minho. Tudo parece se repetir. — Felix comentou, estava alarmado, mas mantinha seu profissionalismo.

— Sim. — Minho respondeu, pegando a mochila e a abrindo. Tirou de dentro dela três sacos plásticos e entregou ao Lee. Eram os talheres, o prato e o copo que Jisung havia usado no almoço de mais cedo. Havia dado um jeito de guardar aquilo consigo sem que o Han visse. — Dê isso a Seungmin, por favor. Ele sabe o que fazer.

Felix concordou e então guardou as coisas que o Lee lhe entregou, se afastando para examinar a cena do crime.

— Vá pegar o pé de cabra, nós vamos entrar. — Falou a um dos policiais, vendo-o se afastar na direção da viatura.

— O que?! — Soobin o parou. — Vamos invadir uma propriedade privada sem um mandato?

— Vamos.

— Minho-ssi, o Namjoon vai me matar! — O Choi falou.

— Soobin, o Namjoon não está aqui. — Minho respondeu tranquilo. — Se ele tivesse me ouvido e a gente tivesse vindo investigar o lugar, Yeonjun ainda estaria vivo.

— Se ele tivesse te ouvido e vocês viessem investigar o lugar, talvez os dois estivessem em apuros! — Soobin ralhou.

— Eu não quero a sua compreensão, Soobin. Quero a sua cooperação. — O Lee cruzou os braços, encarando a porta de ferro. — Nós iremos invadir esse lugar e o investigar.

O Choi suspirou exausto, mas não o contrariou novamente. Voltaram com o pé de cabra e depois de muito tempo e esforço a porta finalmente foi aberta. Felix e sua equipe já haviam saído do local junto ao corpo que iria direto para o necrotério e os poucos curiosos que sobraram ali foram obrigados por alguns colegas do Lee a se retirarem para não atrapalharem na investigação do crime. 

Os policiais pegaram suas pistolas e destravaram, adentrando com cuidado e em total alerta o depósito. Minho moveu as mãos indicando que era para eles se espalharem, andando devagar e acautelados pelas prateleiras que estavam nos cantos do lugar. Haviam três sofás no centro do galpão e uma mesa pequena entre eles, tudo estava calmo, silencioso e organizado demais.

Todas as prateleiras estavam vazias e ao ter certeza que de fato não havia ninguém ali dentro os policiais novamente travaram a pistola, mas não abaixaram totalmente a guarda. Minho caminhou na direção dos sofás e Soobin o seguiu. O Lee parou e então suspirou derrotado ao ver dois dedos ali.

— O que é isso? — Soobin resmungou confuso, aproximando-se da mesa.

Foi cerca de poucos segundos, no momento em que o Choi moveu o corpo para o inclinar sobre a mesa ele foi atingido por um tiro dando dois passos para trás com os olhos arregalados, completamente espantado. Soobin levou as mãos inconscientemente onde havia sido atingido, olhando os dedos sujos de sangue logo depois, sentindo suas pernas bambearem e seu corpo pesar.

Minho também arregalou os olhos em total espanto, segurando o corpo do Choi o impedindo de cair no chão enquanto gritava para que alguém chamasse uma ambulância. O Lee olhou ao redor procurando de onde aquele disparo poderia ter saído, enxergando um par de olhos esverdeado no cobogó que tinha no fundo do depósito.

Ao perceber que havia sido notado o par de olhos sumiu, mas Minho estava desesperado e preocupado demais com Soobin para tentar ir atrás de uma sombra.

— Irmão, fica comigo. — Sussurrou para o Choi, que mantinha uma expressão de dor enquanto os olhos pareciam pesar cada vez mais.

— Hyung...

——

Começo de 2023, desejo a todos os leitores um feliz ano novo e um ano repleto de conquistas! Percebi que já estamos no capítulo 17 e ainda não aconteceu nem metade das coisas que irão, acredito que daqui pra metade do ano finalizamos a fanfic (sim, ela vai ser meio longa). Agradeço por cada leitura, voto e comentário. Xoxoxo.

Região Mesogástrica é uma das nove divisões da parede abdominal, o mesogástrio está localizado na região central do abdome onde fica o umbigo (por isso também é conhecido como ''região umbilical''). 

Cobogó é o elemento de parede aberto/vazado, normalmente feito de cimento ou barro que permite maior ventilação e melhor iluminação no interior dos  imóveis.


Criminal [MINSUNG]Onde histórias criam vida. Descubra agora