Capítulo 19: ''Bicho Papão''

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Minho resmungou ao abrir os olhos e encontrar a claridade desconfortável incomodar as íris sensíveis. Apoiou os cotovelos no colchão macio e ergueu um pouco o corpo, olhando meio confuso para Jisung que estava na frente da porta de seu quarto o olhando.

— Jisung? O que faz aqui? — O questionou ao se sentar na cama, vendo-o se aproximar acanhado de si.

— Eu não sei como te dizer isso, Minho... — O Han praticamente cochichou de tão baixo que falou. — Não quero que me ache apressado, sei que talvez estou sendo precipitado e indo rápido demais, mas... Eu gosto de você.

— Jisung-

— E não é um gostar de amizade, talvez seja apenas o que você queira comigo, mas eu realmente gosto de você e estou disposto a ficar contigo. — Jisung falava tão rápido e nervoso que sequer conseguia parar de gesticular com as mãos.

— Jisung. — Minho o chamou, segurando as mãos do citado na tentativa de acalma-lo. — Eu também gosto de você.

O Han sorriu largo, sendo puxado levemente por Minho para a cama. Os dois se encararam em silêncio por alguns segundos, o Lee desviou o olhar dos olhos brilhantes em sua frente somente para encarar os lábios bem desenhados de Jisung antes de o beijar.

— Gosto muito. — O Lee concluiu ao afastar seus lábios, tornando uni-los em outro beijo.

Jisung abraçou o corpo do mais velho, sendo puxado para deitar em cima de Minho enquanto ainda se beijavam intensamente. As mãos do Lee apertava levemente cada centímetro do corpo pequeno e esguicho do Han, tomando cuidado para não o machucar com o toque.

Quando o ósculo foi rompido, o Han ainda se manteve em cima do corpo de Minho, deixando diversos selares no rosto do Lee.

Jisung deixou um curto grito surpreso sair de sua garganta quando o Lee inverteu a posição que antes estavam, girando o seu corpo magro e o deitando enquanto ficava em cima de si no meio de suas pernas. Minho mantinha as mãos no colchão, apoiando todo o peso do seu corpo com os braços fortes.

O Lee aproximou seu rosto da curvatura do pescoço do Han, cheirando o local antes de deixar leves chupões na pele macia e exposta.

— Minho...

A voz fraca o chamou, mas o Lee ignorou. Continuou com os selares que com certeza marcariam levemente a pele bronzeada de Jisung. Esfregou a ponta do nariz no pescoço do Han, tentando memorizar o cheiro que emanava do rapaz.

— Minho...

Minho então subiu sua boca até a orelha do Han, passando a ponta da sua língua devagar no lóbulo avermelhado da orelha de Jisung antes de prende-la com seus dentes em uma mordida fraca.

— Minho!

O Lee abriu os olhos assustado, rolando para o lado. Acabou gritando alto ao ver o rosto da sua mãe próximo ao seu. A mulher o encarava com uma expressão cansada, parecia desaprovar a reação do filho. Minho olhou ao redor percebendo que Jisung não estava ali e diferente de antes a claridade que o incomodou no início não era devido a lâmpada acesa, mas sim a luz solar que entrava pela janela aberta.

Minho suspirou cansado, enterrando o rosto no travesseiro de sua cama completamente frustrado e confuso. Ele havia sonhado mesmo com Jisung?

— Que cara é essa? Parece até que viu o bicho papão. — A mulher resmungou desgostosa. — Levanta essa bunda da cama e venha tomar café, estão todos esperando você.

— Todos? Todos quem? — O Lee falava confuso.

— Haneul e seu amigo já acordaram, eles estão com Hyunjin na sala o esperando para o café da manhã.

A mulher falou e se afastou, abrindo a porta do quarto e deixando o cômodo logo depois. Minho puxou o ar para seus pulmões com força, remexendo levemente o corpo no colchão. Acabou gemendo baixinho ao sentir o atrito incomodo de suas roupas na ereção que estava no meio de suas pernas, praguejando os céus por todo aquele caos matinal que estava passando.

Não entendia porquê diabos havia sonhado com Jisung e acordado com uma ereção aparente devido aquilo. O que caralhos estava acontecendo com seu corpo? Provavelmente sua mente não estava trabalhando direito devido a exaustão que sentia e por isso estava imaginando coisas sem cabimento, era a única explicação plausível.

Minho levantou e foi direto para o banheiro, precisava de um banho gelado para o acordar totalmente e o trazer de volta para a realidade. Depois do banho e de se vestir devidamente, ele deixou o quarto e foi de encontro aos outros.

Haneul tagarelava com Hyunjin que parecia tentar cochilar no canto do sofá, sua filha estava sentada no colo de Jisung que diferente do seu irmão ouvia atentamente o que a garotinha falava, mesmo que ela não estivesse falando diretamente com ele.  Sua mãe estava mexendo no celular próximo a mesa de jantar que já estava colocada, sorrindo de orelha a orelha.

— Bom dia... — Minho resmungou, atraindo a atenção dos outros.

— Papa! — Haneul o chamou, acenando para si.

— Bom dia princesa, vem cá dar o beijinho do papa. — O Lee a chamou sorrindo, vendo-a sorrir.

— Aqui, papa. — Ela o chamou com as mãos pequenas e o Lee foi até ela meio confuso, iria a pegar no colo, mas a garotinha capturou seu rosto com as mãozinhas e então selou sua bochecha com um beijinho demorado. — Prontinho~

Minho riu fraco, negando com a cabeça. Desviou o olhar do rosto da garotinha e encarou Jisung que os olhava, afastando-se abruptamente do Han ao notar que seus rostos estavam perigosamente perto. O Lee coçou a nuca envergonhado, notando que Hyunjin os observava do outro lado da sala em silêncio.

A mulher então se aproximou dos outros quando encerrou a ligação, empurrando levemente o filho e pegando a neta no colo.

— O que veio fazer aqui, mamãe? — Minho perguntou. — Cansou do seu namorado?

— Ora Minho, não seja tão ciumento. — A mulher reclamou. — Eu vim ver a minha netinha favorita, não é meu bem?

— Claro, é a única que a senhora tem. — O Lee resmungou emburrado, recebendo um tapa na nuca de sua mãe. Jisung acabou rindo da cena. — E você Hyunjin, o que veio fazer aqui hoje?

— Eu vim cortar o seu cabelo. — O irmão respondeu, mostrando a mochilinha que havia levado consigo. — Mas antes do trabalho preciso comer, vamos tomar café?

Minho deu de ombros e acompanhou os outros para a cozinha, ouvindo Hyunjin falar consigo disfarçadamente que depois queria saber quem exatamente era Jisung e porquê ele havia dormido ali. Ah, o amor de irmão.

Criminal [MINSUNG]Onde histórias criam vida. Descubra agora