''Minho, faz quantas semanas que você não faz compras?" — Hyunjin resmungava pela milésima vez a mesma coisa do outro lado da linha, fazendo o mais velho revirar os olhos.
''Titio, eu quero esse.'' — A voz de Haneul soou baixa pedindo algo ao Hwang.
— Não interessa, idiota. Eu não tenho tempo de fazer essas coisas e sempre peço delivery. De qualquer forma com que dinheiro você resolveu fazer mercado? — O Lee respondeu enquanto grampeava alguns relatórios de casos arquivados de Kang Taehyun.
''Com o seu, oras. Eu peguei um dos seus cartões.''
''Titio eu quero esse também! Posso levar?''
''Claro que pode, querida.''
— Hyunjin! Não te dei autorização para mexer em minhas coisas muito menos usar o meu cartão! — Minho suspirou. — Eu os utilizo apenas em algum caso de emergência.
''E fazer compras para SUA casa não é um caso de emergência?"
— Do que adianta comprar se mal tenho tempo para preparar? Idiota.
''Por isso eu digo e repito que você precisa casar e dar logo essa maldita chance para a Dahyun.''
— O que? Não! — Minho negou rapidamente, revirando os olhos. — Eu não gosto dela e essa obsessão dela por mim me assusta um pouco, mas eu não liguei para conversar sobre minha vida amorosa e sim para saber como a Hannie está.
''Ela está bem.''
— Isso eu quero ouvir dela, não confio em você. — O Lee falou segurando a risada ao ouvir seu irmão bufar do outro lado da linha de maneira audível.
''Papa! Estou bem. O titio me levou para almoçar com o namorado dele e eu brinquei com o xami''
''Kkami, querida.'' — Hyunjin a corrigiu no fundo, rindo.
''Kkami! Ele é muito fofo, eu posso ter um auau também?''
— Haneul, já conversamos sobre isso. Não tenho condições de cuidar de você e de um auau meu bem, o papa anda muito ocupado com o trabalho.
''Mas eu quero um... Eu posso cuidar do auau pra você, papa.'' — A voz chorosa soou fazendo o coração de Minho se partir em mil pedaços.
— É muita responsabilidade, meu bem. Quando você crescer um pouquinho mais poderá ter um auau, ok?
''Ela me devolveu o celular, parece brava.'' — Hyunjin cochichou. — ''Se você casasse com a Dahyun ela poderia cuidar da Hannie e de um auau, todos sairiam ganhando.''
— Vai ver se eu 'to na esquina, Hyunjin! — O Lee falou bravo. — Vou terminar de organizar alguns papéis aqui e vou para casa, tchau.
''Tchau, ranzinza.''
Minho bufou e desligou, bloqueando seu celular logo depois. Voltou a ler alguns dos relatórios que estava grampeando, tentando encontrar algo que pudesse ligar de alguma maneira casos antigos cometidos por Taehyun com o assassinato do rapaz. Os olhos não paravam quietos, lendo rapidamente linha por linha expressa no papel branco enquanto um marcador vermelho estava preso aos dentes do policial.
Percebeu que os endereços onde Taehyun cometia seus crimes eram relativamente próximos um do outro, inclusive de onde seu corpo foi encontrado. Sublinhou os endereços e logo depois espalhou os diversos papéis em sua mesa, ficando chocado ao perceber que os lugares que o Kang cometeu seus crimes fechava um circulo do lugar onde seu corpo havia sido encontrado, ou seja, a ponte do rio Han era o núcleo de tudo, o centro.
Rapidamente o Lee se levantou da cadeira caminhando ate a lousa branca da parede e acrescentando aquela nova informação ali, próxima as fotos de todas as vítimas do Kang e a do próprio Taehyun que estava no centro da lousa.
Minho fez vários riscos ligando todas as fotos das vítimas ao seu assassino, colocando uma interrogação abaixo da foto de Taehyun já que ate o momento tudo o que tinham eram suspeitos e nenhuma pista concreta do verdadeiro criminoso.
— Docinho. — A voz do Kim soou, assustando levemente Minho que encarava a lousa rabiscada completamente sério e concentrado enquanto tentava encontrar algum padrão ou alguma ideia de quais passos seguir para ter novas pistas em sua mente.
— Seungmin, oi. — O Lee se virou rapidamente. — Conseguiu as impressões?
— Não. Tem várias impressões em seu distintivos, inclusive suas, isso dificulta em encontrar a que nós queremos. — Seungmin explicou. — Eu preciso que você tente colher novamente a impressão do suspeito, preciso de uma impressão clara para poder te dar um resultado definitivo.
Minho concordou, vendo o Kim sorrir pequeno para si e dar-lhe as costas quando ouviu Chanyeol o chamar para conversar sobre algo. O Lee se recostou em sua mesa com os braços cruzados encarando meio perdido a lousa rabiscada. Algo parecia não se encaixar.
Suspirou derrotado decidindo que fritaria seu cérebro um pouco mais amanhã, voltaria para casa. Pegou sua mochila e todos os seus pertences, guardou as folhas grampeadas na gaveta de sua mesa e então se despediu de seus colegas. Tudo o que queria agora era sua casa, sua cama e a companhia de sua filha.
*
Assim que Minho abriu a porta de sua casa ouviu um grito contente e passos apressados correrem em sua direção. O Lee sorriu abertamente recebendo o abraço de sua filha e a pegando no colo enquanto beijava a bochecha da garota.
— Hey.
— Papa! Você não sabe o que aconteceu hoje. — Ela cochichou. — Eu ganhei um auau.
— Ganhou? — O Lee perguntou confuso, encarando Hyunjin com certa raiva. — E cadê o seu auau?
Minho colocou a garotinha no chão vendo-a correr em direção ao próprio quarto. O Lee suspirou e então fechou a porta, virando-se para o irmão com as mãos na cintura levemente indignado. Como diabos ele daria conta de trabalhar, cuidar de Haneul e de um cachorro?
A garotinha voltou enquanto gritava alegre, escondendo algo atrás do corpo pequeno. Ficou de frente para o pai ordenando que ele fechasse os olhos e sem ter muita escolha Minho a obedeceu, planejando mentalmente como matar Hyunjin.
— Pode abrir os olhos, papa.
Minho novamente obedeceu, abriu os olhos vagarosamente com medo do que veria, mas acabou ficando surpreso e levemente chocado ao ver que a garotinha segurava um cachorrinho de pelúcia. O Lee olhou de relance para o irmão que estava com um sorriso debochado no rosto, Hyunjin com certeza estava ciente do que se passava na cabeça do Lee antes dele de fato ver o tal cachorro.
— Que lindinho, meu bem. — Minho elogiou, abaixando-se na frente da filha com um sorriso pequeno preso aos lábios bagunçando levemente o cabelo curto da garotinha.
— O nome dele é Bbama. — A garotinha chacoalhou a pelúcia. — Ele é tão fofinho! — Comentou, abraçando forte o cachorrinho de pelúcia.
Minho e Hyunjin riram achando a cena extremamente fofa, Minho deu um rápido beijo na testa da garotinha antes de se levantar e ir na direção do Hwang que estava na cozinha.
— Que cheiro bom é esse? — Perguntou curioso, tentando espiar.
— Seu é que não é, você está podre. — O Hwang falou tentando segurar a risada, ele gostava de implicar com o mais velho. Porém, se calou e rapidamente pediu desculpas quando Minho insinuou lhe bater. — É o nosso jantar, aprendi a fazer isso com o Felix.
— Felix o seu namoradinho?
— Sim. Diferente de outras pessoas eu namoro e não sou encalha- Desculpa. — O Hwang novamente se desculpou e se afastou quando percebeu o olhar irritado do Lee. — Vai tomar um banho e se arrumar, já está quase pronto.
Minho concordou com o irmão e então foi na direção do quarto para buscar uma muda de roupas antes de ir para o banheiro, negando com a cabeça enquanto ria. Hyunjin era uma graça.
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Criminal [MINSUNG]
Fiksi PenggemarLee Minho é um excelente policial e estava investigando o caso de Kang Taehyun, um jovem com um passado duvidoso e ações inclementes que morreu de maneira misteriosa. Durante sua investigação Minho conhece o ex companheiro de Kang, Han Jisung. Um r...