Capítulo 57: Poder

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Minho estava em casa com o notebook aberto nos casos que investigava e tinham de certa forma ligações com o de Taehyun, enquanto finalmente lia o laudo que Soobin o entregou no mês passado.

A vítima que morreu era um rapaz e ele tinha envolvimento com gangue, aparentemente a rival que se intitula venom o matou em uma retaliação.  O nome do suposto rapaz é Shin Hoseok. Não dava para reconhecer de fato, estava completamente carbonizado.

— Shin Hoseok... — Minho murmurou pesquisando o nome, procurando pela ficha criminal da vítima.

Encontrou os dados do rapaz e logo o abriu, vendo que sua ficha estava limpa, entretanto ele havia morrido há um ano atrás em um acidente de carro.

— Não faz sentido. — O Lee murmurou confuso, estava digitando a busca pelo acidente, mas parou ao ver o celular tocar e o número de Jisung aparecer na tela. Rapidamente o atendeu. — Oi, Jisung?

A linha estava muda, ele não conseguia ouvir nada apesar da ligação ainda estar ativa. O Lee segurou o celular e o encarou, vendo um pontinho vermelho piscar na tela. Rapidamente pegou suas coisas e saiu de casa correndo a trancando com pressa.

*

O enfermeiro murmurou ao abrir os olhos, sentindo sua cabeça latejar devido a pancada forte que tinha recebido. Olhou ao redor percebendo que estava dentro de um tipo de depósito abandonado.

Jisung estava com os braços amarrados em uma cadeira igualmente a suas pernas, conseguia ver o corpo pequeno de Haneul deitado um pouco longe do seu, ela estava desacordada.

— A bela adormecida finalmente acordou. — Jisoo falou risonha, puxando uma cadeira e colocando na frente de Jisung ao se sentar. — Como se sente?

Jisung não a respondeu, continuou apenas a encarando com um semblante um pouco mais sério. Ela limpou a garganta e então sorriu.

— É satisfatório ver você assim, indefeso. — Jisoo falou. — E ainda mais satisfatório saber que hoje é seu dia de sorte, afinal, finalmente vou mandar você direito para o inferno.

A mulher girou a arma que tinha em mãos, apoiando seus cotovelos nos joelhos enquanto deixava o revólver apontado para o chão e não tirava os olhos do rosto do enfermeiro que a olhava igualmente, sem sentir intimidação alguma.

— Oh, antes irei lhe contar uma história.  Era uma vez uma garota bonita que tinha um marido bom e havia acabado de formar sua família com ele devido o nascimento de uma filha. — Ela começou a falar com a voz estável. — Entretanto, sempre fez parte de uma gangue, porém ele nunca soube e naquela época teve que fazer uma escolha difícil.

A mulher deu uma pausa dramática como se esperasse que o Han a questionasse ou falasse algo, mas ele se manteve em silêncio enquanto a observava. Ela riu, negando com a cabeça.

— A primeira escolha era continuar com sua família e a priorizar, sendo apenas um membro sem graça da venom. — Deu de ombros. — Ou então se tornar a líder e fazer as coisas funcionarem para seus aliados, tendo eles como sua família.

— Me deixe adivinhar qual você escolheu. — Jisung falou irônico e ela riu.

— Obviamente escolhi a liderança. Em qual outra oportunidade eu conseguiria adquirir esse tipo de poder? Nenhuma! — Ela falou convicta de suas escolhas e Jisung riu. — Acha engraçado? Me diga então o que você escolheria.

— A minha família, óbvio. — O Han respondeu como se fosse a pergunta mais sem nexo do mundo. — Pessoas ambiciosas igual a você, acabam sendo cegadas por esse tipo de poder e é aí, Jisoo, que tudo que você "conquistou" foge por suas mãos e você acaba sendo traída por aqueles que mais confiou.

Criminal [MINSUNG]Onde histórias criam vida. Descubra agora