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JENNIE POV.
"maybe it's the end or just the beginning."

Lisa, deixe isso quieto, certeza que ela não irá voltar. - Rosé falou baixo.

— Falamos isso mas outras 3 vezes, ela sempre volta mas agora está sem Misaki e o tio de Jennie. - Lisa disse amarrando o cabelo.

— Ela está machucada, uma hora irá perder sangue e não aguentar! - Ryle vestiu seu casaco.

— Você não irá se involver mais nisso. - Falei me levantando.

— Como assim, Jennie? - Lisa perguntou.

— Ela quer uma pessoa e essa pessoa sou eu. - Olhei nos seus olhos. — Eu não quero mais ninguém se machucando e nem se metendo nisso.

— Você só pode estar brincando - Rosé disse. — Estamos juntos nessa, ela não irá ter oque quer.

— Exatamente, eu não irei deixar voce se entregar a esse diabo. - Lisa murmurou.

— A Nayeon morreu POR MINHA CULPA! - Gritei com Lisa fazendo todos que estavam no hospital olhar para nós.

— Eu já disse que não foi por sua culpa! Nayeon estava ali por que ela quis ver todos em paz e feliz mesmo sabendo do perigo que estava correndo. - Lisa segurou meu braço e olhou nos meus olhos. — Ela morreu querendo ver você bem, ela já sabia que não sairia mais dali com vida, ainda mais por trabalhar no FBI.

Encarei a Lisa e logo Ryle e Rosé, pensei em sair dali e ir pro carro mas Lisa não soltava meu braço. Voltei meu olhar pra Lisa e tentei soltar sua mão do meu braço mas a mesma apenas negou com a cabeça e cochichou algo para Roseanne que logo saiu dali junto com os meninos.

— Não seja teimosa. - Lisa se sentou na cadeira fazendo eu me sentar do lado dela.

— Não estou sendo. - resmunguei.

— Vocês fiquem aqui, eu e Lalisa iremos voltar - James falou voltando e ajeitando sua roupa.

— De jeito nenhum, se Lisa for eu vou também. - Olhei pra Lisa.

— Amor, você tem que ficar aqui. - Lisa falou baixo.

— Eu não vou ficar aqui sem você! - me levantei.

— Jisoo quando acordar irá querer te ver, então por favor Jennie, fique. - Lisa olhou nos meus olhos. — Eu voltarei, você sabe que eu sempre volto.

Apenas encarei Lisa e a abracei mais forte que pude, não sabia se deixava ela ir, a sensação de que tudo não ocorrerá bem não me fazia soltá-la.

— Estou confiando em vocês, tomem o maior cuidado. - Rosé falou baixo.

— Iremos tomar. - Ryle disse junto com James.

— Eu te amo mais que tudo. - Falei baixo. — Por favor Lisa, tome o maior cuidado do mundo..

— Eu tomarei e voltarei com ótimas notícias, meu amor! - Ela segurou minha mão. — Quando eu voltar, a primeira coisa que quero saber é se o amor da minha vida está bem. - Lisa me deixou vários selares nos meus lábios.

— Vamos, melhor não demorarmos para aquele capeta não for pra muito longe. - James falou abraçando Rosé.

— Tudo bem! - Lisa e Ryle responderam.

— Até depois, Amor. - Falei retribuindo todos os selinhos que Lisa havia me dado.

— Até logo, Mandu.

Ver ela saindo daquela porta parecia uma cena de filme dramático, apenas me sentei ao lado de Rosé e abaixei a cabeça suspirando quente, a mesma acariciando minhas maos como forma de conforto mesmo as duas estando na mesma situação.

— Acompanhante da paciente Kim Jisoo, por favor comparecer a sala 5. - Uma voz feminina ecoou no hospital.

— Você quer ir? - Rosé perguntou me olhando. 

— Melhor você ir.. - falei baixo.

— Tudo bem, já volto! - Rosé se levantou sorrindo e caminhou até o local pedido.

Eu não tinha psicológico pra ver Jisoo deitada em uma maca cheia de aparelhos, meu peito doía só em pensar nisso. 
Não sabia como iria pisar aqui novamente pra trabalho, os meus piores momentos sempre foram aqui, merda. Me levantei daquela cadeira dura e sai pra fora pra pegar um ar, enquanto estava encostada na parede olhando pra movimentação e pro céu estrelado encarei um senhorzinho segurando uma almofada com uma foto, vi que ele também me olhava e apenas sorri envergonhada.

— Desculpa te olhar, você me lembrou a minha ex-mulher e não pude deixar de olhar cada detalhe. - O senhor se aproximou.

— Está tudo bem - Sorri. — E cadê sua mulher? - respondi mas logo calei a boca com medo da resposta.

— Ela está lá dentro, em estado vegetativo faz um ano. - Ele suspirou triste. — Está praticamente morta, os médicos já pediram pra desligarem os aparelhos mas sempre neguei, tenho esperanças em um dia ela acordar e voltar para mim.. A vida sempre foi injusta com algumas pessoas, ela sempre foi uma ótima pessoa, ajudava quando podia, sempre que via alguém na rua ela fazia de tudo pra levar alimento pra essas pessoas.

Eu não sabia oque dizer apenas ouvia oque o senhorzinho dizia com atenção.

—"Não há nenhuma dor que se compare à perda de um ente querido. Não há nada que repare o sofrimento de ver alguém que amamos partir. Para quem fica, resta a saudade, a tristeza e a inconformidade. O tempo não irá apagar a dor e a saudade, mas certamente irá apaziguar e amenizar tamanho sofrimento.
Diante da morte não há nada que possamos fazer a não ser rezar. É preciso rezar por aquele que amamos e que partiu, para que descanse em paz e encontre a luz para continuar crescendo espiritualmente. Mas é preciso rezar também por aqueles que ficam, para que encontrem conforto e consigam enviar pensamentos de paz para quem agora já não está entre nós.
Não podemos nos entregar ao sofrimento. É preciso seguir adiante com a vida, o nosso caminho ainda está por fazer. Levemos viva conosco a lembrança de quem perdemos, lembremos com amor e carinho sempre, mas honremos a sua memória vivendo a nossa vida em paz e com alegria." Jovem, leve esse poema pra ti assim como levei pra mim, sei que não está bem, você não está aqui atoa, há alguém que você ame lá dentro esperando por ti, esperando a tua presença, aproveite muito essa pessoa, a vida é realmente um sopro. Hoje estou aqui pra ver minha mulher pela última vez antes de virar cinzas dentro de um pequeno pote. - Ele saiu com um pequeno sorriso no rosto, mas tava na cara que ele desabaria uma hora.

— Jennie.. - A voz era de Rosé. 

I love you - JENLISAOnde histórias criam vida. Descubra agora