trinta e um

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Eram quase cinco da manhã quando Zack acordou com o toque do seu celular

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Eram quase cinco da manhã quando Zack acordou com o toque do seu celular.

Ele esfregou os olhos e tateou a mesinha de cabeceira em busca do aparelho, se deparando em seguida com o nome de Dean na tela.

Ele atendeu e sussurrou, a voz rouca:

- Dean? - Ele bocejou. - Eu pensei que a gente tinha combinado de sair cinco e meia...

Era o dia do campeonato e eles precisavam sair de Malibu cedo se quisessem chegar a Huntington Beach a tempo da primeira bateria de Luke. E ele precisaria estar lá antes, de todo jeito, por conta da cobertura televisiva. Tinham planejado tudo nos mínimos detalhes na última semana.

- Eu sei - Dean disse de volta. - Eu só queria... te ver antes. Sem o Luke. Já tô aqui do lado de fora.

Zack estava totalmente acordado agora. Desde que Dean o beijara naquele dia em Zuma Beach, quanto tudo parecia estar dando certo para ele, mas terrivelmente errado para Luke, os dois não tiveram oportunidade de conversar sobre o que aconteceu. O campeonato estava chegando e eles precisavam se planejar para fugir da casa dos Mosheyev sem que os pais de Luke percebessem, além de que estavam preocupados demais com o estado deplorável do amigo para falar sobre qualquer outra coisa.

- Tá bom - ele sussurrou. - Me dá só um minuto.

Ele se vestiu com as roupas já separadas da noite anterior. Ele tinha uma cópia das chaves da casa, por isso saiu com tranquilidade pela saída da garagem, que dava para uma das avenidas de Malibu.

Mônica estava estacionada do outro lado. Assim que o viu, Dean deslizou a porta para que ele pudesse entrar.

- Oi - ele disse, os olhos verdes fixos nos seus.

- Oi.

Zack adentrou a Kombi, nervoso. Eles tinham ficado sozinhos juntos desde aquele dia?

Ele achava que não.

- Como o Luke tá? - Dean começou, sua voz tão perto que fez os pelos da nuca de Zack se arrepiarem.

- Miserável. Mas você já sabe disso.

Dean suspirou.

- Do que uma mulher não é capaz...

- É. Do que, mesmo?

Ele se virou para olhá-lo.

Dean não parecia cansado por já estar de pé às cinco da manhã. Na verdade, estava lindo como nunca.

- Eu sei que a gente devia conversar sobre o que aconteceu - Dean disse de repente, constrangido. - Mas eu não sei se...

A frase morreu.

- Se está pronto?

- É.

Dean massageou a nuca e se jogou em um dos bancos da Kombi, os olhos fixos no chão.

Canto de MalibuOnde histórias criam vida. Descubra agora