vinte e três

840 119 260
                                    

Beijar Isla Maciel era como surfar em uma onda veloz, selvagem e que você não sabe muito bem para onde vai te levar se não prestar atenção

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Beijar Isla Maciel era como surfar em uma onda veloz, selvagem e que você não sabe muito bem para onde vai te levar se não prestar atenção. Era empolgante e ao mesmo tempo assustador, porque uma onda nunca é igual a outra e você só tem uma chance de fazer certo.

E Luke queria fazer certo com ela.

Só não sabia mais se era pelo bem da farsa ou pelo bem de si mesmo.

Com os lábios nos dela, ele tentou controlar a urgência de querer mais. Era para ser um beijo rápido e sem graça, mas nada nunca era sem graça com Isla. Ele tinha sido idiota em pensar que poderia beijá-la e depois se afastar como se aquilo não fosse capaz de mudar tudo.

Seu coração batia rápido demais para o seu próprio bem. Isla se segurava a ele e ele a ela. Há quanto tempo ele vinha pensando nela daquele jeito? Há quanto tempo desejava segurá-la perto? Tinha vontade de passar a mão pelo seu cabelo ruivo e beijar devagar a curva do pescoço. Queria sentir cada parte dela.

E era esse desejo que tornava tudo tão perigoso.

Luke se distanciou devagar, interrompendo o beijo. O rosto dela estava vermelho e seu peito subia e descia depressa. Ele tentou se controlar, sorriu e olhou para os pais.

- Eu vou chamar um táxi pra Isla, já volto.

Ele pegou na mão dela e a guiou pelo píer. Seu coração estava acelerado e suas orelhas estavam queimando. Era como se nunca tivesse beijado uma garota na vida; como se não tivesse ideia do que estava fazendo, mas quisesse continuar mesmo assim.

- O que foi isso?! - Isla sibilou assim que saíram da vista dos pais dele.

- Um beijo?

- Luke!

Eles saíram do píer e Luke se virou para ela na praia.

- Desculpa - ele soltou, envergonhado. - Eu não devia ter feito aquilo. Mas pensei que a minha mãe estava desconfiando da gente. Agi sem pensar.

- Não brinca?!

- Me desculpa, Isla. Sério.

Ela ainda estava vermelha como um tomate. Isla puxou os cabelos por sobre um dos ombros e começou a torcê-los em um gesto nervoso.

- Tudo bem. Não estou com raiva nem nada do tipo. Você só me pegou desprevenida.

- Não vai acontecer de novo, eu prometo.

- Não vai?

Luke sentiu um frio no estômago quando notou a incerteza nos olhos dela. Ele não queria alimentar esperanças. Não queria admitir para si mesmo que não se arrependia daquele beijo, nem queria pensar que talvez ela também não.

- A não ser que você queira que aconteça de novo - ele disse fazendo graça, tentando mascarar a verdade. Isla corou ainda mais. - Eu entenderia. Meu beijo é bom.

Canto de MalibuOnde histórias criam vida. Descubra agora