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Todas as suas irmãs

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Todas as suas irmãs. Em casa.

Só podia ser um pesadelo.

Depois de atracar o barco no cais e se misturar pelas ruas da cidade, Isla olhou para si mesma umas mil vezes para garantir que não havia nada que pudesse denunciar sua aventura por Malibu. Ela se despediu de Lino na esquina, agradeceu por tudo e terminou ameaçando-o de morte caso abrisse a boca para alguém.

Tudo sob controle.

Isla entrou pela porta da frente com a graça de uma pessoa com a consciência tranquila depois de esconder o caderninho da mãe no cós do jeans. Já de cara, por todas as luzes acesas e o barulho que podia ser ouvido a um quarteirão de distância, ela soube que as irmãs que tinham suas próprias casas àquela altura decidiram fazer uma visita.

Ótimo.

Se fosse começar a mentir, por que não já praticar com a família inteira?

Você. — O sibilo de ódio veio de Hali, que estava deitada no sofá e se levantou assim que viu a irmã atravessar a porta. — Você me deixou sozinha na floricultura!

— Deixei? — Isla desviou de Jerry, o gato rajado e preguiçoso da família que estava esparramado no tapete da sala. — Hoje não era o meu dia de folga?

— Segundo quem?

— Segundo eu mesma.

Hali rugiu e jogou as mãos para o alto, como se não soubesse se valeria a pena matar Isla bem ali ou esperar para quando estivessem sozinhas.

— Por que você está tão zangada? Pensei que gostasse de ficar em meio às flores.

— Eu tinha outros planos.

— Que outros planos? Você nunca tem outros planos...

— Então agora você é a única que pode sair por aí sem avisar ninguém para onde vai e o que anda fazendo? Eu também tenho vida, sabia?!

— Relaxa, Hali, tenho certeza que Isla tem um bom motivo para não ter ido para o trabalho hoje — Maren interferiu, vinda da cozinha. Ela estava usando um avental ridículo com a legenda "Eu sou a chefe". Maren, a doce e pacificadora irmã mais velha, derramou um pouquinho do molho que devia estar preparando na palma da mão e experimentou com uma lambida. — Perfeito!

Hali se voltou para Isla, como se esperasse por aquele bom motivo por tê-la deixado sozinha.

Ela estava prestes a inventar alguma coisa quando o pai surgiu, também vindo da cozinha. Ele vestia o avental que fazia conjunto com o de Maren, os dizeres "Ela é a chefe" entremeados de florezinhas coloridas.

Era tão brega que chegava a ser fofo.

— Não foi para o trabalho hoje, Isla?

Isla respirou fundo, o olhar curioso do pai a perturbando um milhão de vezes mais do que a raiva de Hali.

Canto de MalibuOnde histórias criam vida. Descubra agora