Quando escureceu, já estávamos em um barzinho na orla.
- E os caras? Vão vir? - Cacá pergunta para Jisung, virando a garrafa de cerveja em seu copo.
- Só o Jorginho e o Minho confirmaram. - Jisung deixa o celular na mesa. - Os únicos que não tão enrolados com mulher, né? Óbvio.
- Pera, então o Bin tá enrolado com mulher? - Pergunto curiosa.
Jisung sorri de forma sugestiva, algo que me irrita.
- Quê?
- Tu não anda conversando muito com tua prima, né?
- Oi?!!
- O cara xonoou! - Ele ri, olhando para meu primo. - Né, Cassiano?
- Eu não tô sabendo de nada não. - Cacá ri, franzindo a testa.
- Iiih pronto, será que é só da parte dele? - Jisung vira o copo de cerveja.
- Talvez ela ainda vá falar com a gente, né? - Dou de ombros.
Nessa situação, só consigo rir, me lembrando do quanto Fernanda negou ter algum envolvimento profundo com Bin há alguns dias atrás.
- Cês querem mais uma? - Cacá indica a garrafa.
- Claro! - Respondo.
- Não, não, acho que já deu. - A resposta de Jisung me faz encara-lo desconfiada. - Daqui a pouco tenho que ir embora.
- Tem? - Franzo a testa. - Mas amanhã é domingo! Pede mais uma Cacá!
A essa altura, confesso que o álcool em meu corpo está começando a me deixar agitada.
Meu primo sorri empolgado, se levantando para ir ao balcão. Porém, de uma forma muito esquisita, Jisung fica sério e checa algo no celular. É uma situação que me incomoda, porque de repente, ele parece inquieto.- Tá tudo bem? - Me preocupo.
- Tá, tá...
- Certeza?
- Não precisa se preocupar. - Seu sorriso é sem graça.
E ficamos em silêncio, apenas ouvindo o som de Barão Vermelho tocando nas caixas de som, e as conversas das pessoas ao redor. São nove da noite e o lugar ainda está só começando a encher. Meus pelos do braço se eriçam com o vento que sopra e faz as ondas quebrarem violentamente na praia, mas isso não me incomoda mais do que o silêncio de Jisung.
- Aqui. - Cacá se senta, servindo a todos.
- Não, não! - Jisung faz um gesto negativo com o dedo, mas o sorriso em seus lábios não convence meu primo de que sua súplica é séria.
Nós dois rimos, vendo Jisung tomar um gole em seguida, sem outro protesto.
Cacá sorri, puxa assunto sobre a vida em Itaipuaçu, e logo Jisung está falando pra caramba de novo. Conta histórias de turistas, de ruas perigosas, de festas da cidade e a cada novo assunto eu encho seu copo novamente.- Pois é cara, o Minho é mó louco, viiive fazendo aposta, já perdeu quase 2 mil nessas. - Sua voz agora está meio lenta. - Falando que o Vasco ia ganhar do Flamengo, viaja demaais.
- Aí o cara tá de sacanagem também, né? - Cacá comenta.
Eu dou risada junto a meu primo. Meu corpo está ficando um pouco agitado demais, mas agora é difícil parar de beber, já estamos na quarta garrafa e não vou nem quero cortar esse momento. Estamos rindo e conversando há muito tempo, sinto uma sensação tão boa...
E o que fazemos é beber mais. E pelo decorrer do momento sei que não vamos parar tão cedo. Jisung até mesmo parou de olhar o celular, seja lá qual fosse a preocupação dele, parece não o preocupar mais. E minha mente começa a borbulhar como nunca nesse instante, pois tenho muito o que falar, e o álcool em meu corpo torna-me muito impulsiva.
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O Preço Do Verão - Han Jisung
FanfictionE se o Jisung fosse carioca? Sair da cidadezinha de Santos da Mata para respirar o ar carioca sempre valia a pena, e é por isso que viajar para Itaipuaçu no Rio de Janeiro já havia se tornado uma tradição da família de Juliana. Mas, daquela vez, era...