Antes tarde do que nunca (Soogyu)

me ensina

Soobin passou a tarde de sábado na casa de seus pais, comemorando o aniversário de sua progenitora. A família Choi costumava dar grandes festas para o aniversário de Choi Jinah, mas esse ano, a mãe de Soobin quis algo mais simples, só entre a família. 

Então fizeram um almoço no quintal de casa.

Mas claro, a família de Soobin não sabia ser simples, então fizeram O almoço. 

Soobin levou um buque de flores silvestres e uma garrafa de vinho branco, o favorito de sua mãe. Assim que entrou na sala, Jinah colocou as flores em um vaso na mesa de centro.

A casa estava como sempre, abarrotada daquela energia aconchegante de mãe. Barulho de risadas e gritos de crianças correndo vinham do quintal.

— Vamos querido, estamos todos lá fora.

Assim que pisou no quintal, todos comprimentaram Soobin. Havia muitos primos, tios e amigos da família. Soobin foi agraciado com uma família grande.

Para seu azar. 

Na mesa, sentou-se ao lado de sua irmã mais velha. O noivo de Soojin estava sentado à sua frente.

— Grande Soobin, bom te ver cara — Jaehyun o comprimentou com um aperto de mão. Não eram tão próximos, mas Soobin gostava do cunhado.

— Digo o mesmo.

— Eai maninho, como estão as coisas? — Soojin lhe perguntou enquanto enchia seu copo de refrigerante.

— Como sempre noona, sem grandes novidades. Só… bom, nada demais. 

A conversa continuou, e em certo momento os primos de Soobin entraram no assunto, perguntando sobre o casamento dos pombinhos. 

Soojin e Jaehyun se casariam em breve, depois de 6 anos de namoro. A moça queria um casamento perfeito, então estavam se preparando há muito tempo para aquele momento.

Soobin se assustou quando soube que faltavam menos de dois meses para o casamento. 

Estava tão desconectado da família que não vira as coisas acontecendo.

Logo seu pai chegou, lhe puxou para um abraço apertado e depois lhe deu uma boa bronca, por ir tão poucas vezes visitar seu coroa. Hyunjun já estava quase nos seus 70 anos, e ficava cada ano mais carente.

A tarde foi gostosa, embora Soobin não estivesse acostumado a ambientes tão barulhentos. No finzinho da tarde, se sentou junto a sua mãe nas espreguiçadeiras do quintal.

O clima de pôr do sol estava agradável. A maioria dos convidados já havia ido embora, e em meio ao silêncio que se formava, a mente de Soobin voltou ao quarto de Beomgyu.

— O que é que tanto pensa meu amor? — Jinah perguntou, apoiando sua mão sobre a do filho — Pela sua carinha, deve estar pensando em alguém importante. 

Jinah tinha esse sexto sentido que só as mães têm. Bastava olhar em seus olhos, e ela sabia que algo estava acontecendo. 

Soobin não tinha motivos para esconder de sua mãe. 

— Eu conheci um rapaz mãe, um… garoto mais novo.

— Ah… mais novo quanto?

— Ele tem 19 anos.

— 19 anos… foi a idade que casei com seu pai — ela riu baixinho — é o que a falta de juízo faz com as pessoas.

Soobin sorriu pelo comentário de sua mãe. Sempre soube que Jinah se arrependeu de casar tão cedo.