O universo a nosso favor

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Naquela noite, Beomgyu chegou em casa aéreo. Ainda sentia dores no corpo pela noite passada. Mas a sensação era boa, o que fazia Beomgyu querer voltar para aquela cama o mais rápido possível.

Quando entrou em casa, Kai estava tocando violão no sofá. Parecia completamente absorto na tarefa, sequer se virou para cumprimentá-lo. Provavelmente estava compondo.

Compor era uma de suas atividades favoritas. De Beomgyu também. Costumavam passar as tardes de fim de semana criando melodias e harmonias no piano. Mas nos últimos tempos as coisas estavam corridas, mal se encontravam em casa.

Beomgyu deixou a mochila no sofá e em seguida foi em direção a cozinha. Abriu a geladeira procurando qualquer coisa para beber.

— Têm comida chinesa no micro-ondas — Kai disse alto, sem tirar os olhos das cordas do violão — Não sabia se você ia voltar hoje, então não tem muito.

— Tá tranquilo, valeu — Beomgyu agradeceu, pegando um suco de caixinha e abrindo o micro-ondas em busca de sua janta — Foi mal por não ter avisado sobre ontem. Foi de última hora.

— Sei — respondeu Kai, com um semblante de quem pouco acreditava. Deixou o violão de lado — Dormiu no Soobin, não foi?

Beom se deixou cair no sofá, com o chinebox em uma mão e os hashis na outra. Olhou para Huening, e apenas balançou a cabeça de modo afirmativo.

— E pelo visto não só dormiu…

Beomgyu não pode evitar abrir um sorriso pequeno, com aquele jeitinho de criança arteira que acabou de aprontar.

Do outro lado Kai jogou uma almofada em direção ao amigo.

— Caralho cara, até que enfim!

A almofada quase acertou a caixinha de comida. O moreno fez cara feia para o colega de quarto, e deixou sua comida na mesa de centro.

— Eai!? — perguntou o loiro curioso.

— Eai o quê? — Beom se fez de desentendido.

— Como assim o que? — Kai se fez de levemente indignado — Como foi transar com ele? Tipo, ele é bom de cama? O que vocês fizeram? chupou ele? teve penetr-

Antes que pudesse terminar, Beomgyu acertou o amigo no rosto com a almofada. Depois do susto Kai caiu na gargalhada.

— Tá perguntando demais já — Beom reclamou, mas também estava achando graça na situação — Mas sim e sim. Foi…

Beomgyu olhou para o alto buscando palavras, mas acabou por suspirar e derreter no sofá.

— Foi perfeito. Ele é perfeito.

— Meu deus, tá apaixonado mesmo. Vou até ficar longe, vai que é contagioso.

— Acho que eu to doente mesmo — Beomgyu concordou, o semblante sonhador — Só consigo pensar nele…

— Cara, acorda! — Kai estalou o dedo em frente aos olhos do moreno — A pika deve ser maravilhosa mesmo pra você tá desse jeito.

— Se for não é da sua conta! — Beomgyu levantou de supetão, pegando as coisa que havia deixado jogadas — Mas é sim.

Saiu correndo para seu quarto enquanto Kai gargalhava ao fundo.

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Antes tarde do que nunca (Soogyu)Onde histórias criam vida. Descubra agora