Quais as chances de aquela história que minha avó acabara de me contar fosse verdade? Era impossível. Aquilo não existia. Vampiros? Caçadores? É ridículo.
Eu estava paralisada. Não conseguia mover nenhum músculo. Comecei a rir descontroladamente.
- Não. Isso não existe! Não é possível, só pode ser algum tipo de pegadinha que vocês estão me contando.
Percorri a feição dos meus avós. Não estavam com cara de brincadeira. Pelo contrário. Minha avó chorava.
Ela me contou o que houve com meus pais. Foram assassinados por um clã de vampiros. O clã que mora naquele casarão de pedras do final da rua. A casa de Theo.
Senti uma pontada no estômago muito forte.
Meus avos disseram que era proibido que um vampiro e um caçador fossem um casal. Na verdade nem era possível, pois os vampiros tinham um senso de percepção que permitia-os sentir a presença de caçadores. Essas duas raças nunca foram amigas e nunca iam ser.
Theo.
Então quer dizer que... Ele era um vampiro?
- Ele é filho de dois poderosos originais, Anna. E foram os dois que mataram seus pais brutalmente. Depois disso nos ofereceram uma trégua e aceitamos rapidamente. Porém somos proibidos de entrar naquele lugar. Na verdade eu nem entendo como é que Theodore permitiu a sua entrada, muito menos, se envolveu contigo.
Aquilo era demais pra mim. Como assim? A minha vida era uma mentira.
- e vocês tiveram coragem de me deixar viver sem saber disso? Eu posso estar correndo perigo!
- Anna, tudo o que fizemos foi pro seu bem. Você precisa entender.
- Olha a história que vocês acabaram de me contar. Uma coisa que eu não faço, é entender tudo isso. Não me peça pra entender.
Me levantei e fui correndo pro quarto. Mais perguntas se formaram em minha cabeça.
Theo estava me enganando?
De uma coisa eu tinha certeza: precisava manter distância de Theo.
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sur(real)
RandomQuando pequena minha avó contava histórias de vampiros malvados, e eu adorava. Dizia para eu tomar cuidado, que eles adoravam sair a noite. Eu ria e debochava dela, porque é claro, vampiros não existem. Hoje, depois de alguns anos, percebi que a min...