Algo em mim se revirou quando li aquele relato. Sera possível que minha maldição fosse igual a desse homem?
Resolvi não pensar muito sobre esse assunto. Eu precisava ver Anna.
Surpreendentemente, no dia seguinte lá estava ela, encantadoramente linda, sentada no jardim. Me aproximei dela e me sentei ao seu lado. Sua expressão era dura. Ao me aproximar dela, notei que ela recuou um pouco.
- Senti sua falta. - Falei baixinho. Ela não disse nada. Suspirou.
- Minha avó me contou tudo, Theodore.
Gelei.
- Como assim?
- Você... Eu... Meus pais. Ela me contou tudo. Por favor, não me faça falar isso em voz alta. Eu não sabia de nada disso. Não sabia quem eu era e nem a vida que meus pais e meus avos tinham.
- Anna... - tentei tirar uma mecha de cabelo dos olhos dela, mas ela recuou. - você sente medo de mim?
- Não... Um pouco.
- Tudo bem. Eu não vou forçar nada, Anna. Só me deixa te contar porque eu me aproximei de você.
Estiquei a mão pra ela e com um pouco de esforço, ela a pegou. Saímos do colégio sem que ninguém nos visse. Disse a ela pra que fossemos a minha casa, mas ela recusou. Prometi que não faria mal a ela, e ela concordou.
Eu nunca machucaria Anna.
Nos sentamos na minha cama, um de frente pro outro.
- Não fala nada, tá? Me deixa falar e depois você fala. - Ela concordou. - Quando te vi a primeira vez pude notar que você era caçadora. Todos os caçadores tem uma marca na bochecha... - Ela colocou a mão sobre a bochecha. Sorri. - não são visíveis para vocês, mas para nós, são. Aqui... - Me aproximei dela e coloquei meu dedo com cuidado sobre a marca. - Parece um coração a sua. - sorri - Eu pensei que os caçadores estavam planejando alguma coisa. Não queria perder mais irmãos. Me aproximei de você porque queria descobrir. Mas é claro que você não é uma deles, Anna. Você é a criatura mais doce e linda que eu já encontrei em 90 anos de existência. Você me encanta de uma forma que não consigo explicar. Eu estou completamente e profundamente apaixonado por você. Tudo o que eu te peço é que não me deixe, Anna. Não tenha medo de mim. Eu nunca ousaria tocar em você. Não de uma forma ruim. Porque se você me aceitar, é claro que eu vou tocar em você, mas somente assim... - me aproximei dela e a beijei. Ninguém era capaz de calcular o tamanho do meu amor. Desabotoei cada botaozinho de sua blusa. Nos deitamos na cama e percorrido todo o seu corpo com a boca. Anna não disse nem uma palavra, mas eu tinha certeza que tudo aquilo era recíproco.
Aquele foi um dos dias mais felizes de toda a minha existência.
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sur(real)
RandomQuando pequena minha avó contava histórias de vampiros malvados, e eu adorava. Dizia para eu tomar cuidado, que eles adoravam sair a noite. Eu ria e debochava dela, porque é claro, vampiros não existem. Hoje, depois de alguns anos, percebi que a min...