- Como você sabe é a minha única herdeira. Eu tenho que passar nossos negócios para alguém.
- E o que eu tenho a ver com isso? Eu não sou mais considerada sua filha, lembra? Pelas regras da máfia.
- Falamos com il consiglio. Eu posso passar para de...
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Domenico
Voltei dirigindo para casa, dispensando os seguranças. Pedi que abrissem os portões e estacionei no primeiro local que encontrei.
Subi as escadas até o segundo andar, entrando direto no meu escritório. Luigi, meu homem de confiança, estava no computador, trabalhando e me olhou:
- Nico, como foi com a ex-princesa renegada? Riu
- Interessante. Preciso saber tudo sobre a Manoela.
- Ela é bonita, pelo menos? Já que é velha.
- Sim, ela é linda. Inteligente, sarcástica e estava coberta de diamantes.
- Vai fechar o contrato?
- Sim, o pai dela sequestrou o afilhado para forçá-la.
Luigi franziu a testa:
- Sequestrou o afilhado?
- Sim, por isso preciso saber da história dela. Peça para alguém fazer o levantamento e deixar no meu quarto ainda hoje.
Manoela
Estava deitada na cama. Tensa e com uma dor de cabeça daquelas.
Só então lembrei que estava praticamente em jejum. Só tinha bebido whisky feito uma louca. Desci até a cozinha, encontrei Lourdes que era nossa governanta:
- Dona Manu, tudo bem? Que cara é essa?
- Cansada, Lourdes. Você pede para alguém fazer um caldo para mim, ou um sanduíche?
Abri a geladeira e peguei uma garrafa de água, enquanto uma das funcionárias preparava o lanche.
Tomei um copo de água, pensando no que ia ter que fazer para esse tal Domenico se adaptar na minha casa.
- Lourdes, vou precisar que deixe um dos quartos preparados para um convidado que irá chegar em breve. E que vai ficar hospedado por bastante tempo.
- Claro, já vou providenciar. Alguma preferência?
- Pode ser o quarto do Christian. Não precisa tirar nada de lá, só trocar os lençóis, roupa de banho. Os armários já estão vazios, então fica mais fácil.
Lourdes olhou para mim, triste:
- Sim, pode deixar.
Eu queria que Domenico lembrasse todos os dias do meu marido, meu afilhado e do meu ódio por todo mundo da minha família e da máfia.
Enquanto estava comendo, Janice apareceu:
- Manu, pode falar?
- Claro. Que aconteceu?
- Já tenho as informações sobre o seu futuro marido – riu.
Coloquei o resto da comida na boca e a segui até meu escritório.
