Capítulo 36 - Para sempre

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Domenico

Manoela estava sentada na cama, ao meu lado. Pela primeira vez em muito tempo consegui dormir sem interrupções.

Apoiei meus braços no colchão:

- Que horas são?

Ela olhou no relógio:

- Onze horas. Da manhã.

Levantei correndo, procurando meu celular que estava na mesa, fora do quarto. Olhei e haviam várias notificações. Luigi e Caio estavam me procurando.

Além disso, tinha que fazer a porcaria da tatuagem, Letizia tinha agendado para aquele dia.

Voltei para vestir minhas roupas. Ela veio atrás de mim com uma caneca de café:

- Tome. Eu não quis te acordar, estava dormindo bem.

Dei alguns goles, coloquei minha camisa por dentro da calça, vesti o suéter, peguei o casaco. Fui em direção à porta, ela ficou parada no meio da sala, encostada na mesa.

Voltei e a beijei:

- Quando vai embora?

- Depois de amanhã.

Estava com a mão na maçaneta quando a ouvi dizer:

- Pensou no que eu disse ontem? 

Abri a porta e saí.

Fui direto até o tatuador, estava atrasado. Entrei na loja, com pressa.

Ele me aguardava:

- Nico, achei que tinha esquecido.

- Tive um imprevisto – falei tirando a camisa.

Pegou o stencil para transferir o desenho na minha pele:

- Tem certeza disso?

Balancei a cabeça, afirmando. Continuou:

- Onde vai ser?

Deitei na maca, de lado:

- Na costela.

- Vai doer um pouco mais.

- Melhor. Assim não vou esquecer.


Manoela

Após Domenico ir embora, tomei banho, coloquei uma roupa confortável e fui sentar no sofá. Abri meu laptop e estava checando meus e-mails, conversando com Livia e Igor pelo telefone.

Perdi a noção do tempo.

Ouvi batidas na porta, Katerina entrou, sorrindo:

- Aproveitou a noite?

Respondi sem levantar meus olhos da tela:

- Para dormir. Literalmente.

Sentou-se ao meu lado:

- Falou com ele?

- Sim, Kat. Não sei se acreditou em mim.

Almoçamos juntas e passei a tarde toda resolvendo pendências das empresas, o que era mais fácil naquele horário pela diferença do fuso com os Estados Unidos.

Andava de um lado para o outro com os fones de ouvido, conversando com os diretores sobre as alterações a serem feitas nos planos de negócio para o próximo ano e ao me virar, vi Domenico em pé. Olhei pela janela e já estava escuro. Pedi que esperasse um pouco, ele sentou em uma poltrona.

Terminei a reunião, tirei os fones e os coloquei na mesa, ao lado do celular.

- Programando os planos para o ano que vem? Perguntou.

Ex-princesa da máfia (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora