Epílogo

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Primavera de 1217.
Theo colocou o filho mais velho Petrus II de 4 anos na frente da sua montaria.  Estavam caçando falcões no campo do agora reino unificado de Ackerley, que quer dizer prado de carvalhos. A unificação de Brugnaro e Walden num só reino, era a demonstração definitiva da união entre Theo e Margery.
Com o nascimento de Petrus, tudo havia ficado melhor na sua vida e o nascimento das gêmeas há um ano atrás, lhe dava um contentamento que nem em seus melhores sonhos, ele poderia imaginar.
Percorrendo a plantação de carvalhos, ele teve a certeza que a nova dinastia que criava daria frutos por longos e longos anos.
Quando chegou ao castelo com o filho, ele o ajudou a desmontar e Margery surgiu na janela do seu quarto com uma das gêmeas no colo. Theo suspirou. A perfeição daquela cena comoveu seu coração. Viviam uma relação plena e cheia de verdade e paixão. O amor transbordava de seu coração e tudo estava correndo tão bem, que muitas vezes ele achava que não merecia tanta benevolência de Deus. Só lhe restava agradecer, nada mais.
Quando as portas do castelo se abriram , havia uma confusão no salão de entrada. Eram os meninos,  de Cornel e de Derek, Ricard e Mattia lutando com duas pequenas espadas de madeira, montados em cavalos de pau, sendo supervisionados pelas damas de companhia Bozena e Agnes, que fazia a vez de um treinador de espadas.
Theo colocou Petrus no chão e ele imediatamente correu em direção aos meninos.
Fazia alguns dias que os filhos de seus amigos secando travam ali. A rainha Beatrice estava para dar à luz nos próximos dias e Derek e Roshlyn haviam partido para uma pequena viagem nos barcos novos que foram construídos recentemente.
Theo ficou olhando para os pequenos príncipes brincando com suas espadas. Havia amor genuíno naquela amizade e a disputa entre os três era saudável e brincalhona.
Antes de subir as escadas para encontrar Margery e as suas filhas, ele olhou novamente para os meninos. Os três pequenos príncipes brincavam sem se darem conta,que muito em breve estariam treinado com espadas de aço num campo de treinamento.
Lutariam juntos muitas e muitas vezes, e talvez, a história se repetisse, e Ricard, Mattia e Petrus, fossem cantados em trovas, assim como os seus pais o eram.
Os três pequenos futuros reis agora brincavam, e não sabiam que carregavam sobre seus ombros o legado de toda uma geração.
Era bonito vê-los juntos.
Seria bonito vê-los crescerem e se transformarem em três reis perpetuando a história de seus pais.
Seriam três reis muito amados.
Que assim fosse.

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