Capitulo 25: A revelação do Duque de Pelayo

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Theo havia  deixado Aysha  e sentia o coração leve e livre de algumas dores do  seu passado. Estava  se sentindo tão  feliz que queria falar com  Diot sobre futuro.
A dor  que carregava por supor que seria rejeitado  pelo Rei Zefferin  caso tivesse pedido Aysha, em casamento, havia se dissolvido  como por mágica naquela conversa que tivera com Aysha.
Com o peito livre e pronto para começar algo novo em sua vida, procurou Diot por todos os cantos do salão , mas não a encontrou,
Será que ela havia se recolhido para dormir?
Está noite, sobretudo, gostaria muito de estar com ela e revelar todo o sentimento que mantinha fechado a sete chaves no seu coração
Porem, quando  o arauto anunciou que  o rei Derek iria revelar  a todos, o nome  do príncipe herdeiro de  Craig, Theo retornou ao salão e se juntou a Cornell e Beatrice.
A rainha de Dalibor com sua graça natural e carisma inocente o interpelou:
-Creio que Lady Aysha o  está procurando.  Sua alteza precisa lhe falar com certa urgência.
Theo sorriu para Beatrice com cumplicidade.
-Já nos encontramos, e garanto que estou de acordo com que lady Aysha me revelou.
Beatrice sorriu alegremente e bateu as mãos como uma criança.
-Fico feliz milorde que não seja um cabeça dura, como algumas pessoas que eu conheço.
Cornell os olhava sem entender do que eles falavam. Parecia um código.
-O que vocês dois estão tramando pelas minhas costas?
Beatrice o olhou com carinho.
-Nada demais meu rei. Apenas um casamento entre milorde e sua criada Diot.
Theo abaixou os olhos e sorriu timidamente, enquanto Cornell quase engasgou com sua cerveja.
-O ... o que?
Beatrice limpou a cota de malha de Cornell com um lenço e retirou o copo de cerveja de sua mão.
-Creio que milorde já bebeu demais. O quero sóbrio para tomar conta de Ricard, enquanto descanso um pouco.
Cornell ficou estupefato com o que a esposa lhe disse.
-Não fuja do assunto Beatrice. E você Theo? Que casamento é esse que não estou sabendo?
Beatrice se acomodou melhor na cadeira.
-Ficará sabendo quando acontecer., meu marido. Agora, vamos escutar o que Milorde vai falar.
A contragosto, Cornell prestou atenção em Derek.
Ele estava muito feliz e emocionado e perante todos os amigos presentes, ele falou:
-Tenho a honra de revelar o nome do futuro rei de Craig: Mathia, que significa "presente de Deus". E podemos dizer que nosso pequeno menino foi realmente um presente tanto para mim, quanto para a Rainha Roshlyn. Agora,, em nome de nossa família, eu peço um brinde à vida e à saúde do nosso pequeno príncipe!

Vida longa ao príncipe Mathia.
...
Quando Theo ia-se retirando do salão, discretamente para que ninguém o notasse, o Duque de Pelayo, Valentin, o interpelou.
-Vossa Majestade, posso lhe falar um minuto?
Theo parou a contragosto. Estava ansioso para encontrar Diot. Apesar de Valentin ser um homem bom e gentil, ele não queria perder mais tempo com conversas inúteis.
-Alteza, tenho um compromisso nesse momento. Podemos nos falar amanhã?
O duque o olhou seriamente.
-Creio que a conversa será interessante para milorde.
-Não! Não será! -Pensou Theo. Mas se valendo de sua boa educação, decidiu perguntar:
-E sobre o que se trata?
O duque fez uma expressão que o deixou com a tez mais velha do que ele realmente era. O nobre parecia incomodado com o que ia lhe dizer, e o sexto sentido de Theo ficou em alerta.
-É sobre sua criada. Diot.
O coração de Theo acelerou.
O que aquele nobre de um reino distante que tinha pouco ou quase nada de aproximação com ele, poderia lhe falar sobre Diot?
Sua primeira reação foi virar as costas e ir embora. Mas a curiosidade falou mais alto e suspirando fundo, ele respondeu:
-Posso lhe ouvir agora, vossa alteza.
O duque o levou até um canto reservado do salão, e sem rodeios começou sua narrativa.
-Não sei se vossa majestade tem conhecimento, mas fui muito amigo do rei Allard e da Rainha Katter de Brugnaro. Quando mais jovem fui ao casamento de ambos e durante alguns anos, eu e sua majestade, o rei, mantivemos alguns negócios juntos.
Theo começava a ficar interessado no relato do duque e ao mesmo tempo ficou intrigado de onde Diot entrava naquela história.
O duque, percebendo que conquistara a atenção do rei, continuou:
-Estive em Brugnaro diversas vezes ao longo de muitos anos. Brugnaro sempre foi uma corte pequena, mas bastante acolhedora. Como bem sabe, Allard e Katter tiveram uma filha, a princesa Margery que vossa Majestade já deve ter ouvido falar.
Theo assentiu.
-Sim. Mas ela é falecida.
O duque continuou a falar como se não o tivesse escutado.
-Estive no casamento da princesa Margery com o príncipe Malaki. Isso foi aproximadamente há seis anos atrás, e milorde há de concordar que seis anos não é um tempo tão longo assim.
Theo duvidava disso.
-Seis anos pode ser muito tempo, dependendo do que você viver...
O duque assentiu com a cabeça.
-Concordo com milorde. Porém, para algumas coisas, o tempo não parece passar.
O rei de Walden estava perdendo a paciência com aquela conversa sem pé nem cabeça e decidiu terminar com aquele falatório imediatamente.
-O que milorde precisa me contar que disse que irá me interessar?
O duque suspirou fundo e falou de uma só vez:
-Devido ao longo tempo passado em Brugnaro e conhecedor da família real, tenho razões para acreditar que a criada chamada Diot, na verdade é a rainha Margery, filha de Allard e Katter de Brugnaro e viúva do rei consorte Malaki.
Theo sentiu que todo o seu corpo formigava e o duque percebeu que ele ficou pálido. O rei não sabia o que falar.
-Vossa Majestade deve estar pensando porque estou falando isso. E eu vou lhe responder : conheci a princesa Margery desde criança. Fui ao seu casamento e a sua coroação. Eu posso lhe garantir milorde que a sua criada com aqueles cabelos ruivos de uma cor excepcionalmente incomum é, sem sombra de dúvida, a rainha Margery de Brugnaro!

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