Dor

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Uma semana depois


Se passaram uma semana desde que a loira sofreu um acidente, ela continua desacordada, teve mais duas paradas cardíacas e uma delas, eu estavam em seu quarto segurando sua mão, entrei  em desespero na mesma hora, porém conseguiram estabilizar ela. A perícia disse que cortaram os freios do carro dela e por isso ela perdeu o controle, eles estam analisando para descobrir quem fez isso e pegá-lo, pois mais que eu tenha algumas suspeitas, não posso simplesmente acusar sem ter provas. Os amigos da Kara, estam em National City, quando ficaram sabendo, não se importaram com nada e vinheram. O que mais me dou eu, foi ver meu filho regredir novamente e se isolar, depois que soube que a mãe está internada e por enquanto não pode vê-la, não fala mais e nem brinca mais, só quer ficar no meu colo e não consegue dormir e assim como ele, os sobrinhos dela não tem mais aquele brilho que tinham.

- Ei filho- chamo sua atenção, mas ele não olhava para mim, estava vidrado na janela, observando o pôr do sol. Me sento ao lado dele em sua cama e toco seu ombro- está na hora de irmos pra casa da sua tia, vou ter que ficar com a mamãe no hospital- ele continua a olhar para o lado de fora- ela vai ficar bem, meu amor- sussurro, sinto meus olhos marejarem e respiro fundo- sua mãe irá volta para a gente.

- Vamos, está na hora- seguro o menor em meus braços e o tiro da janela, ele deita a cabeça em meu ombro- vamos para o chão, daqui a pouco te pego- o coloco no chão, pego sua mochila e a ganholinha do sushine, apago as luzes e vou para o meu quart...

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- Vamos, está na hora- seguro o menor em meus braços e o tiro da janela, ele deita a cabeça em meu ombro- vamos para o chão, daqui a pouco te pego- o coloco no chão, pego sua mochila e a ganholinha do sushine, apago as luzes e vou para o meu quarto, pego minha bolsa, verifico se não deixei nada fora do lugar ou ligado, desço as escadas e o menor descia na minha frente, tem corrimão, então menos preocupação. Ao chegar no primeiro andar, vejo Nia sentada no sofá, mexendo no celular e assim que ela me ver, caminha até a mim e pega as bolsas.

- oi, cunhada- ela diz e meu olhar vai até o Thony, que senta no sofá, pega seu coelhinho de pelúcia e abraça.

- oi cunha, oi Brainic- comprimento os  dois e solto um suspiro.

- não vou te perguntar se está bem, até porque está claro que não, então irei fazer uma pergunta diferente, como vocês estam lidando com a situação?

- acho que da mesma forma que vocês todos, mas estou bastante preocupada

- imagino que pelo qua aconteceu com o Thony, ontem- assinto e caminho até ele e o pego em meus braços. Ele teve febre de 38 graus e ainda jogou tudo para fora, não que tivesse muito, pois ele está comendo sobre pressão e mesmo assim é muito pouco.

- sim e também por ela ainda não ter acordado- abraço o corpinho do meu filho, em busca de conforto- sinto um vazio tão grande sem ela, hoje eu não fui trabalhar, pois ele não dormiu e eu também não, tive que remarcar as consultas todas, estou ficando exausta  e preciso dela comigo- respiro fundo e aspiro o cheiro do meu filho.

- eu também sinto tanta falta dela- Nia fala e abaixa a cabeça- as vezes fica a madrugada toda estudando para pode ocupar a minha mente e dormir o dia todo, não estou conseguindo fazer as coisas, sem lembrar dela, eu só quero a minha irmã de volta- sussurra e vejo algumas lágrimas escorrerem em seu rosto, logo Brainic abra a namorada e beija a testa da mesma.

- sabe, ela vai ficar bem- Ele disse e olha para nós duas- a Kara é forte e irá sair dessa bem, mas para isso, ela precisa de vocês fortes, tenho certeza que ela não iria gostar que vocês não tem dormido e nem comido direito- meus olhos marejam- sei que dói, mas precisam ser forte, por ela- olho para o mesmo- por ele- aponta para Thony- o Anthony precisa da outra mãe dele bem, Lena ele precisa de você.

- você tem razão- abraço meu filho e ele resmunga- ele dormiu?- pergunto em um sussurro e o mesmo assinte- acho que podemos ir, a cadeirinha do carro, está ali- aponto para o canto da sala e o mesmo vai pegar- tem frutas picadas no potinho, o cereal preferido dele, leite, nescau e aveia, está muito difícil dar comida para ele, fazem ele comer por favor- meu cunhado pega as bolsas da namorada e eu entrego o meu pequeno para ela- cuida dele e tem fraldas também, para casa de ele regredir novamente- beijo a testa do meu filho- a ração do sushine está na bolsa, os potinhos, toca, as grades do cercadinho e as outras coisas que ele precisa- solto um suspiro- mamãe te ama, filho- sussurro e vejo ele ir com a tia dele, quando eles saem, chamo um táxi, apago as luzes, fecho tudo e vou esperar do lado de fora. Ao entrar no carro, mando mensagem para minha cunhada e logo ela responde, dizendo que a Kara continua estável.

(...)

- pode ir, eu fico com ela- a ruiva se levanta da poltrona, beija a testa da irmã e se vira para mim.

- qualquer coisa liga- observo a ruiva sair do quarto, guardo minha bolsa.

- boa tarde- vejo Miranda entrando e caminhando até a cama da loira- vou examinar e administrar os remédios dela- direciona o olhar para mim.

- tudo bem, vou tomar um banho- eu pego uma roupa mais leve dentro da bolsa, vou até o banheiro do quarto, fecho a porta, me despio e começo a tomar banho. Esses dias não tem sido nada fáceis, não consigo dormir, não sinto fome e nem me concentrar no meu trabalho, estou me sentindo tão fraca e exausta, minha cabeça parece que vão explodir de tanta dor. Depois de alguns minutos, termino o banho, pego minha toalha, seco meu corpo, visto a roupa, prendo meu cabelo e volto para o quarto.

- achei que quem ficaria com ela hoje, seria o pai- a Doutora se pronuncia e eu coloco as coisas na bolsa.

- ele teve uma emergência, então eu resolvi vim- me aproximo da cama e deixo um beijo na testa da loira- como ela está? Teve alguma mudança?

- bom, ela está estável, pode acordar a qualquer momento- ela anota alguma coisa no tablet e Clarke entra vestida com seu uniforme.

- boa noite- caminha até a cama, pega o tablet da mão da Miranda- bom, os exames neurológico estam bons, não deram nenhuma alteração.

- boa noite- sento na poltrona e seguro a mão da minha namorada- como está se sentindo?

- acabada- olha para a loira- não gosto de vê-la assim, estou torcendo pra ela acordar logo, sinto um vazio, é como se uma parte de mim foi arrancada, ver a minha filha daquele jeito e com aquele semblante triste, me dói.

- ela faz tanta falta, o Thony não come e nem dorme direito a dias, ontem ele passou mal e hoje não dormiu, passou o dia todo em sua sala de brinquedos, desenhando algo e deitado nos sofás, ele não fala e isso está me destruindo.

- ela vai ficar bem- toca meu ombro- volto para examiná-la amanhã- beija a testa da loira e depois a minha- fica bem e tente dormir nem que seja um pouco e qualquer coisa, chama- sai do quarto junto com as outras médicas e eu solto um suspiro.

- amor, hoje o dia foi mais difícil- olho em sua direção- você precisa acordar, minha vida está uma bagunça sem te ter ao meu lado, preciso ouvir sua voz e ter a certeza de que está comigo, eu preciso sentir seus beijos, seu abraços e você me amando- sinto meus olhos aderem- eu sinto sua falta- as lágrimas começam a escorrer- aquela casa fica tão silenciosa sem você, meu coração não aguenta te ver assim- meus lábios começam a tremer- nosso filho quer a mamãe dele, ele sente a sua falta- olho para o chão e depois para ela- ele não está nada bem e não sei o que fazer- fungo e abaixo a cabeça- o nosso filho precisa de você, eu preciso de você- levanto a cabeça e fecho os olhos- não posso sem você, não sinto forças para continuar sem você, volta pra nós- é a última coisa que digo, antes de cair no choro intenso.
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Ei meus amores, como estam?

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