Preciso deles

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National City Hospital

Não quanto tempo estou desacordada, mas escuto voz no meu subconsciente e tentei acordar, eu juro, mas alguma coisa me prendia e eu não conseguia abrir meus olhos, escutei pessoas me pedindo para voltar ou chorando por mim, mas não podia fazer nada. Abro os olhos, a primeira coisa que vejo é o teto da cor pastel, sinto algo na minha garganta e começo a me afogar.

- você acordou- escuto uma voz- vou chamar alguém para tirar isso- logo aparece algumas pessoas, que tiram aquilo da minha garganta.

- como está se sentindo?- tento falar, mas sinto minha garganta seca- pega água para ela- um interno pega e trás até a mim, a médica me ajuda a beber e eu solto um suspiro.

- minha cabeça dói, meus olhos estam ardendo e minha boca está com gosto de ferro- faço uma careta e ela anota tudo que falei.

- eu sou a Doutora Bailey- diz e olha para os aparelhos ligados a mim- você se lembra do que aconteceu?

- eu estava no meu carro e quando fui freia, não consegui e acabei perdendo o controle do automóvel- olho para a minha sogra- Ei, Lilian- comprimento a mesma, que se aproxima, segura na minha mão e beija minha testa.

- sentimos sua falta- lágrimas rolam por seu rosto- fico feliz, que tenha acordado- sorrio e beijo sua mão.

- cadê a Lee? Como ela está?- pergunto preocupada- e meu filho?- começo a fazer um monte de perguntas.

- calma- aperta minha mão- a Lee está aqui no hospital, o Thony passou mal e está internado na pediatria- antes de falar alguma coisa- agora ele está bem e só está em observação, tomou soro a noite toda de ontem e essa manhã, ele e a Lee estam sofrendo tanto, todos na verdade, porém os dois sentiram mais

- eu quero ver os dois- olha para ela e depois para minha médica- por favor, eles precisam saber que estou bem.

- oi gente, demorei porque estava em  cirurgia, mandaram me chamar- essa voz eu conheço, minha amiga olha em minha direção e vem correndo- você acordou- toca meu rosto e seus olhos se enchem de lágrimas- sentir tanto a sua falta, você não sabe o quanto meu coração está feliz, em te ver acordada- beija meu rosto- então, como estam os exames dela?- pergunta pro interno e ele pega o tablet da mão de Miranda.

- estam estáveis, assim como os sinais vitais e os neurológicos- ela sorrio e se vira para mim.

- como vocês estam? E a Madi?- vejo a hora que ela abre um sorriso triste e solta um suspiro.

- acho que ninguém tem dormido com você inconsciente, ela está triste e está sempre chorando pelos cantos- sinto lágrimas rolarem pelo meu rosto- seus sobrinhos e filho, fizeram desenhos e escreveram frases para você- aponta para a parede ao meu lado e eu sorrio.

- trás a Lena e o Anthony, eu preciso abraçar os dois e eles precisam saber que agora estou bem- ela assinte, olha para a Bailey, as duas sussurram algo e depois olham para mim.

- vou falar com o doutor Karev e logo os dois estaram aqui, tenho cirurgia agora, volto mais tarde- beija minha testa e se vira para minha sogra- você deveria ir para casa, descansar- sai do quarto, deixando nós duas sozinhas.

- me conta como vão as coisas?- digo e a mesma se ajeita na poltrona- quanto tempo fiquei inconsciente?

- por um mês- arregalo os olhos- bom, está tudo muito triste, Thony não está comendo e dormindo direto, regrediu e teve febre, May, Lolo e All desde que ficaram sabendo do seu acidente, não brincam direito e estam tristes pelos cantos, seus irmãos e cunhadas estam em uma tristeza que só, assim como seus pais, sua mãe as vezes chora e só dorme com calmante, meus filhos e esposa estam sempre ocupados, estam trabalhando dobrado, seus amigos de Vegas estam aqui desde que souberam do seu acidente e ajudando bastante, eles estam fingindo serem fortes, para deixarem todos bem, Clarke estava fazendo plantões redobrados e Madi está inconsolável, Mia e Ruby estam tão deslocadas, que vão da escola pra casa e não estam indo para as aulas extras- mordo o lábio inferior e solto um suspiro- Lena dorme sempre que consegue, minha filha não dorme e não come desde do seu acidente, está fazendo de tudo para parecer bem na frente dos pacientes e do Thony, que está precisando do dobro de atenção.

- meu roa- sussurro e olho pra minhas mãos- e você como está?

- agora estou bem, você faz falta para todo mundo- beija minha mão- não faça isso novamente, ok?

- não foi minha atenção- olho para a porta assim que ela se abre e vejo os dois amores da minha vida, quando meus olhos se encontram com da Lee, ela começa a chorar e se aproxima da cama, com Thony em seus braços.

- amor- ela toca meu rosto- você está acordada- levanto uma mão minha e toco sua bochecha- senti tanto a sua falta- a morena beija meus lábios.

- oi, corazon- sussurro, levanto a cama apertando o botão e acaricio a cabeça do meu menino- eu estou aqui agora e não vou a lugar algum- ela se afasta e observa meu corpo.

- está sentindo alguma coisa?- nego e indico a ponta da cama, onde senta e ajeita Thony em suas pernas- ele está bem agora, tomou soro a noite toda e hoje pela manhã, está dormindo por conta dos medicamentos.

- eu estou bem- toco a mão dela e peço para colocar nosso filho no meu colo e assim ela faz- fiquei sabendo que não tem comido e nem dormido direito.

- foi difícil, não estava sentindo fome e mesmo tendo sono, não conseguia dormir e o Thony tentava e acordava chorando, então passava a noite toda tentando acalmar ele- aperto o menor em meus braços e beijo seus cabelos.

- corazon- ela olha para mim, toco sua mão e olho em seus olhos- estou bem, agora- beijo sua mão e a puxo pra um abraço- o nosso filho está bem, você precisa cuidar de você agora, comer alguma coisa, tomar um banho- ela se afasta e nega com a cabeça- sim, vida- a morena abre a boca, mas não deixo a mesma falar- não vou sair daqui, vai em casa, tome um banho e come algo, quando voltar, ainda estarem aqui e leve sua mãe com você, ela precisa de um descanso- as duas me olham- está na hora de cuidar de vocês, dar para ver o cansaço de vocês.

- tudo bem- solta um suspiro- eu vou, mas volto- olha para Thony que está dormindo agarrado em minha roupa do hospital- eu acho que ele não pode ficar aqui- olho para o pequeno e abro um sorriso a tranquilizando.

- relaxa, eu dou um jeito, pode ir- ela beija meus lábios e depois a testa do menor, a mãe dela se despede da nós dois com um beijo na testa e observo as duas saírem do quarto. Observo o meu bebê em meus braços, abro um sorriso largo e beijo a testa dele.

(...)

Depois de algumas horas, Lena volta com alguns membros de nossa família e foi lágrimas para todos lados, nunca foi tão abraçada e beijada como fui e com isso acabaram acordando Thony, que ficou grudado em mim e não quis ir no colo nem da Lena. Nossa família foi para casa, quando a hora da visita acabou, deixando só nós três.

- Ei, meu pequeno- beijo a testa dele e o aperto em meus braços- vida, deita aqui com a gente.

- posso te machucar.

- vem, logo- ela se levanta da poltrona e deita ao meu lado, seguro sua mão e beijo sua testa- amo vocês e desculpa pelo sofrimento que causei.

- não é culpa sua, amor- segura minha mão, entrelaçando nossos dedos- está tudo bem, não foi sua intenção.

- não gosto de ver vocês desse jeito- abraço os dois- estou aqui e não vou para lugar nenhum- fecho os olhos e abro um sorriso- amo vocês dois.

- a gente também te ama- ficamos em uma conversar, até que Lee dorme e posso ver como está mais tranquila.

- enquanto sua mãe dorme, vamos ver desenho- pego o celular que estava na cabeceira da cama, coloco no youtube e ponho no "super strikas", deixo meu filho segurar, deixo um beijo na testa da minha namorada e do meu neném, abraço os dois e suspiro, é muito bom ver que agora os dois estam em paz. E mesmo que o Thony não tenha falado nada, desde da hora que acordou, só de vê-lo sorrir para mim, me deixa de um modo que não seu explicar.
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A loirinha acordou, Lee conseguiu dormir e Thony sorrio.

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