5. a gente vai ter que se casar

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05 de julho de 1993

Haviam feito um passeio de barco, para mergulhar com os golfinhos, e ele assistiu enquanto Helô morria de medo de peixes.

- Deixa eu ver se eu entendi.. Tiros, bandidos... Ok?

- Sim! Mas já pensou, um tubarão? - Heloísa arregalou os olhos pra ele. - Eu vou fazer o que, gente? Dar um tiro no tubarão debaixo da água? Não dá. - Ela disse entre gargalhadas.

Stenio não se aguentava com ela.

- Não tem tubarão aqui, Helôzinha. Eu não te traria aqui se não soubesse. - Ele e acalmou, passando a mão em seus cabelos, colocando eles para trás. Estavam molhados e enrolados, ao natural.

- Como você vai saber? - Ela semicerrou os olhos sem confiar. - E se tiver um tubarão perdido que nunca vem aqui mas sentiu meu cheio?

- Bom, eu não julgaria ele. Se eu sentisse teu cheiro, eu ia vir até você na mesma hora. - Ele declarou, flertando, e se aproximou beijando a boca dela.

Heloísa correspondeu.
Desde que chegaram, ela estava sentindo a estranha sensação de que estava num conto de fadas como nos filmes que ela assistia.

Voltaram do passeio depois de Stenio ter que usar muita lábia para convencê-la de que não ia encontrar nenhum animal marinho perigoso.

Stenio ficou observando ela de longe. Estava sentado na areia da praia, estavam ali desde de manhã. Fez um sinal para o pessoal do quiosque onde se encontravam, e pediu porções e bebidas para eles.

Ficou assistindo enquanto a colega de classe se divertia de biquíni no mar. Mordeu o lábio inferior ao assisti-la sair de lá como uma modelo andava numa passarela. Ela era linda. Facilmente a mulher mais bonita que ele já havia encontrado na vida. A beleza de Heloísa era diferente. Seu jeito era diferente. Ele nunca tinha conhecido ninguém igual, nem parecido com ela.

Ela se aproximou dele, com o corpo todo molhado, bagunçando o cabelo, afim de reduzir a quantidade de água que pingava dele.

- Já está na hora de você secar o corpo e passar mais um pouco de protetor, não é? - Ele não disfarçou ao olhar ela da cabeça aos pés.

Heloísa não sabia o porquê, mas ele conseguia desconcertá-la com muita facilidade.

- Já está na hora de você parar de agir como meu pai, não é? - Ela rebateu.

- Ah, fica tranquila. - Stenio a puxou pela cintura para perto de sua espreguiçadeira, depositou alguns beijos no abdômen dela que estava molhado da agua salgada. - Minha preocupação não é nada genuína, nem inocente. Só to cuidando do que eu quero.. Hm.. Como posso dizer?? Usufruir mais tarde. Com todo o respeito, claro.

Heloísa gargalhou, e passou a mão pelo cabelo dele.

- Tu não vale um centavo. - Ela concluiu, passando a unha do indicador pelo pescoço dele, de baixo para cima.

- E você gosta. - Stenio ficou olhando para cima, já que ela estava de pé, todo bobo.

Helô se esticou para pegar o óculos de sol e o colocou no rosto.

- O que vamos fazer agora?

- Pedi comida. Você vai se alimentar, depois vamos naquela direção. - Ele apontou. - Com o boogie, fazer compras! E depois vou te levar em uns locais turísticos. Já ouviu falar na pedra do arpoador?

- Nunca vi. É bonito la? - Ela disse, tomando um gole da bebida agora em cima da mesa.

- Bonita é você. A paisagem é no máximo.. Agradável.

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