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Pov Bernado

Cailly não quer falar comigo, e eu entendo ela, eu também não falaria comigo, eu queria culpar ela e dizer que ela poderia ser mais compreensiva ou que esta exagerando, mas ela não esta, pra falara verdade ela tem total razão, esse é o problema, esta esta certa, eu sou a porra de um assassino.

- vão invadir!- meu pai gritou ao entrar em casa

- pare de gritar, o que aconteceu?- perguntei assustado

- a policia vai invadir, hoje a noite- ele estava ofegante- o nosso contato da policia avisou que vai ser hoje a noite, então você e sua mãe vão sair do morro, eu não quero vocês aqui

- eu concordo, minha mãe tem que ir embora, mas eu não vou deixar você aqui- olho fixamente para ele- eu sei o que é melhor para mim,  e eu me recuso a deixar você e meu tio sozinhos 



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Já anoiteceu, e a favela esta prestes a ser invadida, minha mãe saiu do morro com a minha irmã, ela implorou para que eu fosse junto, mas não posso fazer isso, meu pai vai ficar nesse lugar, enato eu vou também, eu sei que não deveria, neste momento eu deveria correr ate a Cailly e me ajoelhar pedindo perdão, mas sinceramente eu ja desisti, e ela também, então aqui estou eu, com duas armas e cheio de munição, já presenciei algum tiroteios, mas nunca participei de um, espero não ser o primeiro a morrer.

- você deveria ligar para ela- o CL fala enquanto olha pela janela

- você também- sorrio de canto- eu tentei ligar hoje de manha e ela não me atendeu, meio que já desisti disso

- ela nao vai se importar se eu morrer, agora se ela escutar seu nome passando no jornal nacional ela provavelmente vai ter um ataque- ele me joga um dos celulares que usamos para nos comunicar- liga para ela 

- obrigada tio, mas to começando a acreditar que nem se eu morrer ela vai ligar- jogo o celular de volta para ele- liga você pra dona Lívia, vai que amolece o coraçao dela

filha do tráfico - segundo livroOnde histórias criam vida. Descubra agora