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Pov's Cailly

- prometa- ele levantou seu dedo mindinho- prometa pra mim que você nunca mais vai tentar tirar sua vida

- tudo bem- eu sorri, e cruzei meu dedo mindinho com o dele- eu prometo

- antigamente, se uma pessoa descumprisse a promessa, seu dedo era cortado- ele me olhou- por favor, eu não quero cortar seu dedo

- eu vou ficar com você esses dois meses... Eu vou me esforçar, mas eu não prometo melhorar em nada- eu sorri sem graça

- não se preocupe, eu tenho o dom de mudar as pessoas- ele deu risada

- fico feliz- sorri também- eu não sei como vou voltar pra escola, todo mundo vai falar sobre, fazer piadas... E eu vou ter que olhar pro Augusto... Eu só queria quebrar a cara dele

- eu te ajudo- ele falou baixinho como se fosse um segredo

Conversamos por mais algum tempo e então ele falou que iria embora, já era muito tarde e eu passaria a noite no hospital, nos despedidos e ele me deu um beijo na testa, e então saiu dali. Eu podia sentir meus braços latejando de dor, a ardência também estava presente.

- você precisa de algo?- uma enfermeira perguntou

- meus braços estão doendo- falei

- vou aumentar a morfina, quer um remédio pra dormir?- ela perguntou ajustando a quantidade de soro na minha veia

- sim, por favor

filha do tráfico - segundo livroOnde histórias criam vida. Descubra agora