-Como foi seu dia querida?- minha mãe perguntou
- normal- falei enquanto cortava a carne em meu prato- apesar que, um homem me parou hoje na praia
- homem? Já disse que não se deve falar com estranhos- ela resmungou
- ele era estranho, mas não parecia ser, entende?- olhei para ela
- não- seu foco não saia do prato sob a mesa
- ele era meio alto, com algumas tatuagens, barba feita, parece ter sua idade- falei e ele finalmente me olhou
- tatuagem?- perguntou
- sim- dei um gole no meu suco- a que mais gostei é uma mulher, com a mão no rosto, tatuado no peito dele- imediatamente minha mãe ficou pálida
- tomou os remédios?- ela desconversou
- sim, eu já vou dormir, amanhã tem aula né- me levantei da mesa saindo da cozinha
Fui para meu quarto e me joguei na cama, estava cansada e com sono, todo dia é assim. Amanhã tenho aula, fiquei dois meses afastada da escola por conta de algumas crises de raiva que tinha durante as aulas, enquanto fiquei em casa uma professora vinha me dar aula três vezes por semana, o que eu não achava tão ruim e por mim continuaria assim, mas minha mãe e o diretor do colégio decidiu que era melhor eu voltar às aulas.
°°°
O dia amanheceu um pouco frio, o que me incomoda um pouco, sempre gostei do sol, muito calor, é sempre uma oportunidade de ir a praia, que é um lugar que eu amo. Me levantei e no relógio marcava 11:36 da manhã, e eu entro na escola as 12:15, de certa forma tinha tempo para me arrumar e comer algo. Fui até o banheiro e tomei banho, logo sai e me troquei, coloquei uma calça jeans azul e a camisa branca com a logo do colégio, meu all star vermelho de cano alto. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e coloquei meus brincos de argola. Sai do quarto indo até a cozinha onde encontrei minha mãe e Sandra, a empregada.
- bom dia- minha mãe falou
- de bom não tem muita coisa né- me sentei na mesa- Sandra, você pode pegar meu remédio por favor?
- sim senhora- ela disse e logo foi
- está tudo pronto para hoje a noite?- ela perguntou
- oi? O que tem hoje?- fiquei confusa
- Cailly, a festa de inauguração de outra loja- minha mãe falou, eu me esqueci, totalmente disso, é um dos efeitos da borderline, eu esqueço de acontecimentos importantes, ou insignificantes
- tá, eu vou dar um jeito- falei, logo Sandra voltou com dois comprimidos em mãos e um copo d'água e eu tomei
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filha do tráfico - segundo livro
Fanfiction"Diretamente da boca do CL" 15 anos se passaram, Lívia agora uma mulher bem sucedida, se livrou de todos os traumas vividos anos atrás. Agora mãe, e dona da sua própria loja de roupas, vive feliz, sem preocupações, cuidando de sua filha. Caily nunca...
