Carro Forte

XXXV

Lara ❤️‍🔥

   Meu pai estava fazendo um churrasco hoje, chamou os mais próximos e poucos aliados, casa ano que passa ele tem restringido mais ainda as amizades dele, de confiança mesmo só os antigos.

   Terminei de ajeitar o biquíni e coloquei a saia, HL me olhava pelo espelho e sorri vendo a cara de safado dele, sabe aquela lance do vinho? Quanto mais velho, melhor? Então, nenhum dos caras que eu fiquei se compara a ele.

- Tá pensando safadeza, né? - perguntou e olhei pra ele enquanto colocava a blusa - Eu sei que tava, eu também tô.

- No que você está pensando? - perguntei ficando entre suas pernas sentindo ele passar os braços pela minha cintura - Me fala.

- Pensando seriamente em não ir e ficar a tarde toda aqui fudendo contigo. - falou colocando a mão por baixo da minha blusa e mexendo na amarração do biquíni - Mas se não irmos, o irmão aparece aqui em dois tempos, ai vai ser tchau HL.

   Comecei a rir e ele levantou tirando a chave do bolso e jogando pra cima, hoje seria o dia que iríamos assumir pra todos, meu pai provavelmente vai surtar? Vai! Mas a minha mãe e minha vó vão estar por perto, risco dele matar o HL que não vai ter, pelo menos é o que eu acho.

   Chegamos na casa dos meus pais e paramos na porta por um momento, um olhando pra cara do outro até começarmos a rir, sempre conheci esse lado brincalhão do HL, mas parece que depois que começamos a ficar juntos, ele se abriu mais.

   Pegou minha mão me puxando pra perto e me deu um beijo rápido, apertei sua mão e fomos entrando, pensei que ele fosse soltar quando viu a cara de bicho do meu pai, mas ele fez foi provocar me abraçando por trás.

   Fomos até onde minha mãe estava com um sorriso se orelha a orelha e sentei na cadeira vaga, ela falou que estava feliz por finalmente estarmos assumindo pra todos enquanto meus avós olhavam surpresos.

- Quando que isso aconteceu? - vô Roberto perguntou.

- Tu viu ela bebê, HL. - agora foi a vez do vô Gabriel - Tem vergonha não?

- E qual o problema? - minha vó olhou para os dois - Se eles estão felizes, nada mais importa.

- Único que não tá feliz é o seu filho. - minha mãe apontou pra ele que estava de braços cruzados.

- Ele tem que dar graças a Deus que é o Heitor. - apontou na direção do meu pai que virou a cara - Heitor nunca deixou de dar amor e carinho pra minha neta, mesmo quando ela pirraçava.

- E pirraçava demais. - ele concordou me fazendo bater em seu ombro - Não tô mentindo, tu mesma já assumiu.

- Eu sabia que seria um problema. - falei tampando meu rosto - Agora vocês vão se juntar para falar mal de mim.

- Que isso amor, sempre falo bem. - beijou o meu pescoço e senti um jato de água no rosto.

- Sem gracinha, desencosta. - Jv tinha uma arma d'água apontada pra nós - Vai, a próxima pode não ser água.

- João Vitor. - minha mãe chamou ele que olhou sorrindo sem graça - Você nem brinque com isso, estamos entendidos?

- Que isso mãe, só uma brincadeirinha. - falou virando o rosto aos pouquinhos e olhos para nós dois - Ou não, queridos.

   Foi impossível não rir com a cara de maluco que ele fez, sem duvidas éramos o centro das atenções, as caras e bocas que os meus tios faziam, o pessoal que estava com o meu pai toda hora perguntando, enfim.

- Por que não fica lá com eles? - minha vó perguntou pro HL apontando pros meus tios.

- E dar brecha pro filho da senhora me matar? - perguntou jogando o corpo pra frente para poder olhar para ela - Tenho amor a minha vida tia.

- Ele não pode reclamar de nada, você faz tudo pela minha neta. - falou olhando pro meu pai que virou a cara - Palhaçada dele, ciúmes, daqui a pouco ele vai te abraçar mais ainda.

- Difícil pra ele parar de me ver como irmão e começar a ver como genro. - falou e comecei a rir - Né não, mas eu sou um bom partido pra ela tia.

- Primeira vez que vejo o HL interagindo normal. - meus avôs falaram fazendo ele ficar sem graça.

- Também, comigo do lado não tem como ficar posturado vinte e quatro horas. - falei fazendo ele me olhar rindo de lado e me deu um beijo.

- Perco a postura fácil. - falou beijando a minha mão onde ele mexia na aliança.

   Acordei ouvindo tiros e sentei na cama vendo que o HL já não estava mais do meu lado, mas todas as coisas dele estavam ali no canto, senti minha cabeça doer e só me encolhi mais ainda na cama.

   Pela primeira vez eu senti medo por estar tendo um confronto aqui, medo por não saber onde o HL está, por não saber como o meu pai e tios estão, se o Jv está ou não lá fora.

   Ao mesmo tempo em que eu queria levantar, eu não que queria, os tiros estavam altos e não cessavam de jeito nenhum, mas algo me dizia que estava tinha alguma coisa errada, então levantei.

   Sai do quarto e andei o corredor com toda atenção, quando cheguei perto da escada, vi o HL caído na sala com o peito todo ensanguentado, na hora eu senti o meu peito apertar, minha respiração falhar, minha garganta seca e cabeça girar.

   De repente os tiros ficaram cada vez mais altos e me abaixei ali mesmo tampando meus ouvidos e sentindo as lágrimas caírem sem nenhum esforço.

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(2/3)

Gente, me perdoem não ter publicado antes, como já tinha falado eu trabalho em shopping e essa semana está foda! Tive tempo nem pra respirar, mas amanhã prometo que posto mais de um capítulo para vocês ❤️