Carro Forte

LIX

HL 💸

   Paz reinando na favela, literalmente dessa vez. Semana passada foi a festa da Hanna, estava tudo do jeito que eu e a Lara pensamos, tinha tudo o que a nossa gatinha merece.

   O bebê da Paty é um garoto, bati maior papo cabeça com ela e o Guga que chorou igual criança, começaram até uma reforma na casa dele pra fazer o quartinho do bebê.

   Lorena está quase tendo o bebê, Marco é outro que está todo maluco, tudo é o Ravi. Um parceiro nosso estava fazendo aniversário hoje e marcou um churrasco, tinha avisado a Lara que só fez uma cara feia pra mim.

- Esse foi o meu dia com a nenê. - ouvi ela falar - Vocês gostam desse tipo de conteúdo?

- Papai. - ouvi a voz da Hanna e os braços dela agarrar minhas pernas - Oi.

- Fala minha gatinha. - peguei ela no colo jogando pro alto - O que tu aprontou hoje?

- Nada papai. - sorriu jogando a cabeça pro lado.

- E eu não te conheço não. - falei beijando a barriga dela fazendo cosquinha - Pode falar pro papai.

- Puxou o rabo da Hera e ainda mordeu a coitada. - Lara falou e a pequena colocou a mão na boca indignada - Não adianta faze essa carinha não, seu pai te conhece.

- No dia que a Hera te morder, já sabe, né? - perguntei pra Hanna que deitou no meu peito - Vou ser obrigado a te por pra adoção.

   Lara começou a rir e a Hanna negando, quando ela faz besteira, falo que vou por ela pra adoção e ficar com a Hera, assim minha gatinha fica mansa e cuida da irmã. Tomei banho, me arrumei e vi a Lara fazer o mesmo.

- Vai pra onde? - perguntei e ela sorriu.

- Sair. - respondeu - E você?

- Sair também. - respondi e ela concordou.

- Só vou sair hoje, por que a minha vó pediu pra Hanna ficar lá. - falou colocando o tênis - Não que eu esteja me explicando.

- Pra onde você vai? - perguntei cruzando os braços e ela fez o mesmo me olhando.

- Não se preocupe, amor. - falou e ri, estava ali na cara dela - Vou estar com os meninos.

- Cara, tu é uma safada mesmo. - neguei rindo - Porra, sossega nunca.

- Olha, vai dar tudo certo, eu que estou no comando. - falou que concordei - Alguma vez eu errei? Não.

- E se acontecer alguma parada contigo? - perguntei - Ou com eles?

- Você sempre fala que eu sou braba. - falou e me aproximei puxando pra ela perto - Então, confia em mim, eu sou a braba.

- Minha preocupação é outra, tu nunca entenderia. - falei dando um beijo nela - Vou ficar em alerta, manda um aviso.

- Eu te amo. - falou me dando outro beijo e um na ponta do nariz.

- Te amo bem mais. - falei - Eu deixo a gatinha lá.

- Obrigada. - sorriu - A mochila dela está pronta lá no quarto.

- Se cuida. - apontei pra ela que concordou.

   Hanna estava brincando com as bonecas dela, peguei a mochila e chamei ela que agarrou duas bonecas, peguei ela no colo e saímos de casa com ela gritando "tchau mamãe", ela ama uma rua, igualzinha a mãe quando pequena.

- Vai ficar de babá justo hoje? - um menor perguntou e encarei ele.

- Quando foi que te dei essa confiança? - perguntei colocando a Hanna pro outro braço.