Capítulo 5

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Capítulo 5

Anuvia

Tenho que dar crédito, Lior é corajoso em me "sequestrar" e se achar do direito de mandar em mim e me tratar como se cachorrinho que faz o que ele manda. Seus amigos pegam as armas que estavam na mesa de centro na sala e nos esperam perto da porta.

— Preciso ir ao banheiro. — Cruzo os braços e espero que um deles me diga onde fica.

Os três se viram e me encaram, como se não pudessem acreditar no meu pedido. Aproveito o momento para admirar, os três homens são bonitos de jeitos diferentes, Calum parece com um modelo sexy, o típico bad boy que não se importa com quantos corações ele deixa partido, e com seus olhos azuis? Ele deixa muitos corações partidos. Asher é o garoto da casa ao lado, ele tem um sorriso fácil e tenta se divertir a maior parte do tempo, posso até mesmo ir longe e nos imaginar sendo amigos.

— Agora? — Calum finalmente quebra o silêncio.

— Não, semana que vem! — Ironizo. — Estou apenas avisando para garantir que nenhum de vocês decida usar na mesma hora. — Cruzo os braços e bato o pé irritada. — É claro que é agora, idiota.

Asher ri, na verdade, ele cai na gargalhada, é um som legal, gostoso de se ouvir, e seu comportamento alivia um pouco a tensão no meu corpo. Acho que estou o encarando, perdida em meus pensamentos, e com o quanto ele me lembra meus primos, que não percebo quando Lior se coloca na frente, tampando minha visão do seu amigo.

— Viu algo que gosta? — Sua voz é ciumenta.

Corro meus olhos por seu corpo.

— Talvez. — Olho em volta. — Quanto antes eu for ao banheiro, antes podemos terminar com essa situação.

Asher decide me tirar da minha miséria.

— O único banheiro abastecido é o do quarto do Lior, não recebemos muitas visitas e eles não gosta que a gente use seu banheiro. — Ele pisca de forma conspiradora.

Sigo pelo corredor até o quarto do Lior, é um quarto com janelas enormes, uma das paredes é toda feita de vidro, o que ilumina o ambiente a qual as paredes são cor de cimento, com as molduras da janela pretas, o piso é em um tom de madeira escuro. Tenho que admitir que é bonito e organizado, me obrigo a resistir a vontade de bisbilhotar, e vou para o banheiro, que é iluminado e tem uma grande janela aberta.

Faço as minhas necessidades e saio do banheiro, reparando no closet do outro lado do quarto, não resisto e entro, olhando entre as camisas e calças dele. Estou distraída quando escuto Lior entrar no quarto e correr para o banheiro, ele reclama, xingando em voz alta, fico em silêncio, tentando entender o que está acontecendo.

— Ela fugiu, porra! — Rosna, saindo do quarto.

Vou atras dele, Lior não seria tão idiota a ponto de não me procurar em outras partes da casa, não é? Na cozinha, os três estão parados, escutando enquanto Lior dá ordens para que eles me encontrem e me tragam até aqui, ele também dá ordem para que não me toquem, o que os faz franzir a testa.

Como ele espera que me tragam sem que me toquem?

— O que vocês estão fazendo? — Pergunto.

— Onde diabos você esteve? — É a resposta irritada dele, que vem na minha direção e me puxa contra seu peito.

É uma sensação boa, na verdade, é uma sensação ótima, me sinto acolhida e protegida pressionada contra seu peito. Isso dura até que eu lembro o motivo que ele me trouxe aqui e sua raiva contra minha família.

Vilão Irresistível - Série Obstinados Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora