Capítulo 15

2.5K 383 23
                                    


Capítulo 15

Lior

Aguardamos enquanto um dos empregados sai da casa, seguido por ninguém menos que Gagneux, que está vermelho de raiva, enquanto caminha com o dedo apontado na minha direção, parando muito perto de onde estou sentado ao lado de Anuvia.

Encaro Gagneux, mais especificamente seu dedo apontado para o meu rosto sem demonstrar nenhuma emoção, Gagneux puxa sua única mão boa para longe do meu rosto, enfiando a no bolso, ele engole em seco quando olha em volta e percebe seu erro.

— Devo parabenizá-lo por ainda ter um pouco de inteligência. — Digo. — Soube do que aconteceu com o seu filho.

A careta que faz deixa claro que ele não sabe do que estou falando.

— Meu filho? Não estou aqui devido ao fedelho, estou aqui porque mandou fechar dois dos meus negócios.

Isso é estranho, que pai não se preocupa com seu filho e da mais bola para os negócios? Mais uma prova de que a teoria que Anuvia e eu compartilhamos pode estar certa, essa é uma amostra do caráter do velho? Por que fariam isso?

— Avisei a você que teríamos novas regras, se os seus negócios foram fechados, significa estarem fora delas. — Respondo.

— Isso não é justo!

— Estive preso durante anos, acredite em mim quando te digo que nada nesse mundo é uma questão de justiça.

— Disse que me daria tempo, temos negócios.

— Temos? Dei a ordem ontem de tarde, não tenho conhecimento de quem afetará. — Me levanto. — E se afeta os seus negócios, deve vir até mim adequadamente, e tentar discutir os termos.

— Isso é ridículo!

Paro ao lado da cadeira de Anuvia, me colocando entre ela e Gagneux.

— Estenda a mão.

— O quê?

— Te disse para estender a mão.

O silêncio em volta da mesa serve para deixar Gagneux mais tenso, e me divirto com isso, esse é um show de merda que está a caminho.

— E...

O interrompo com um gesto.

— Invadiu minha casa como se tivesse algum direito para entrar aqui, apontou seu dedo no meu rosto, na frente dos meus homens. — Enumero seus crimes. — Me desafiou, e desafiou minha autoridade.

— Não foi minha intenção.

— Não? Então por que tentou ligar para Cash ontem?

— Só queria conversar.

Dou risada.

— Ficou carente? — Zombo. — Coloque sua mão na mesa. — Minha voz sai mais calma, letal.

Gagneux obedece, satisfeito, pego uma faca e arranco a ponta do seu dedo. Mesmo com nojo, e odiando o sangue espalhando em cima da mesa, pego a parte que arranquei e seguro perto do seu rosto. Vermelho, luta para parecer forte, e não se envergonhar na frente dos meus homens.

— Peço desculpas. — Sua voz sai como rígida.

— Por quê? Ainda tem mais nove dedos para eu me divertir. — Jogo o dedo no chão e piso, seus olhos acompanham minha ação. — Gagneux, seja um homem esperto e não se coloque problemas, não sou como meu pai, e muito menos tenho paciência para os seus shows.

— Desculpe-me.

Me sento e cruzo as pernas, permanecendo em silêncio por um longo momento, isso o deixa desconfortável, e me divirto com isso.

Vilão Irresistível - Série Obstinados Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora