❤️ Capítulo: 2 ❤️

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Ele perdeu a cor, ficando pálido. Começou a suar frio, esfregando uma mão na outra e sentou-se no sofá. Abaixou a cabeça entre os joelhos e, passando as mãos pelos cabelos, olhou-me totalmente transfigurado:

-- Perdão, Laura, não sei como isso foi acontecer. Nosso casamento foi esfriando e comecei a sentir um vazio dentro de mim.

-- Paulo, não seja ridículo, eu queria tanto um filho, você sempre desconversava e foi ter um, justo com essa umazinha, aí? Não teria sido melhor e mais fácil, você ter me procurado para conversar? Eu tentei várias vezes e você insistia sempre em dizer que era minha impressão, que tudo estava bem, eu é que via coisas onde não tinham, lembra-se disso?

-- Sim, mas eu não tinha coragem de contar, mesmo porquê, isso foi só uma aventura.Você é a mulher que eu amo.

-- Não fale bobagem, Paulo! Como foi só uma aventura? Eu o vi ainda hoje, com aquela vadia barriguda! É assim que você me ama, comendo outra? Eu vi bem como você a abraçou e beijou com paixão, nada parecido com o que faz comigo. Entre nós não existe amor, você nem sexo faz direito. Aliás, nem sei mais dizer o que fazemos. Não se parece com nada, nem com amor e nem com sexo. Parece uma obrigação que você tem que cumprir e, depois de feito, vira-se e dorme, sem se preocupar se eu gozei ou não.

-- Realmente, Laura, você tem razão. Eu ando meio perdido, mas não deixei de te amar. Acabei tudo com ela, não quero mais, é você que eu amo e quero para mim!

-- Pois eu não o quero mais! Você é um calhorda, um grande merda! Acabou essa porra de casamento, entendeu? Não sinto mais nada por você. Já não sentia antes e, agora, menos ainda. Quero o divórcio!

-- Não brinque, Laura, divórcio é coisa séria!

-- Casamento também é, e, você, nem pensou nisso quando começou a comer aquela galinha!

-- Eu ainda te amo e não darei o divórcio à você de jeito nenhum!

-- Vai dar sim, Paulo! Tenho meios de conseguir. É só eu falar com a Dra.Chris, minha advogada.

-- Pode procurar os seus direitos, Laura, eu vou procurar pelos meus, mas te garanto que não vai ser nada fácil e nem amigável!

-- Engraçado, o pilantra é você, tem amante e, eu é que estou errada nesta história? Nunca o traí, mesmo querendo e não me faltando oportunidades, seu canalha!

-- Pense como quiser. Foi só uma aventura. Já acabou. Quero ficar com você. Não fui eu que vim com essa história de divórcio.

-- Que gracinha, acha que eu vou ficar com você, após ter visto tudo o que eu vi e, ainda com uma criança que não é minha, entre nós? Paulo, foi você que me traiu, não seja tolo! E não acabou nada. Vi muito bem você aos beijos com ela! Amanhã mesmo vou procurar a Dra.Chris e veremos. Eu não saio desta casa e, você pode dormir no quarto de hóspedes!

Neste momento, ele veio enfurecido em cima de mim, querendo me agarrar, arrancando minha camisola e querendo sexo. Parecia um desvairado. Depois de ter rasgado minha roupa, eu dei um chute bem forte no seu saco, corri e me tranquei no quarto. Ele gemia de dor, mas não sei como, conseguiu se levantar e começou a esmurrar a porta, querendo entrar a todo custo.

Fiquei apavorada. Estava vendo a hora dele conseguir arrombá-la, entrar e me machucar. Começou a gritar, fazendo um escândalo. Eu com medo, tremendo da cabeça aos pés, chamei a polícia. Graças a Deus, eles vieram depressa. Paulo foi obrigado a abrir a porta da nossa casa. Um dos policiais bateu na porta do meu quarto, dizendo:

-- Pode abrir, senhora! Ele está algemado. Fique tranquila!

Eu saí do quarto branca, apavorada. Nunca tinha visto Paulo daquele jeito. Expliquei ao policial o que tinha acontecido e eles o levaram até a delegacia, para conversar. Ele não poderia mais se aproximar de mim, ou seria preso.

Seduzida ao ExtremoOnde histórias criam vida. Descubra agora