❤️ Capítulo: 21❤️

127 12 5
                                    

Jamie desligou o telefone, passou as mãos pelos cabelos e ainda sentado na cama, apoiava os cotovelos nos joelhos. Percebi logo que eram mesmo más notícias. Fiquei sem ação, mas resolvi indagar:

-- Jamie, querido, o que foi?

-- Laura, aconteceu algo muito triste. Você nem imagina!

-- O que foi, me conte!

-- Débora sofreu um acidente de carro e veio a falecer, faz uma hora.

-- Que horror, Jamie! Como vamos contar isso para Evelyn? Já estávamos sem saber como contar do nosso casamento, agora mais essa?

-- Pois é, linda, veja como são as coisas. Eu aqui lutando pela guarda da menina e agora não será mais necessário.

-- Será que a família de Débora não vai querer ficar com ela?

-- Não, Laura, tenho certeza que os avós vão preferir que ela fique comigo, pois não eram muito apegos a ela, apesar de ser neta deles. Sempre foram estranhos.

-- Que situação! Como faremos, Jamie?

Neste instante, Evelyn entrou em nosso quarto correndo.

-- Papai, você vai me levar para a casa da mamãe agora?

Mesmo eu não gostando de Débora, por tudo que ela tinha nos feito, levantei, disfarcei e fui chorar lá na varanda, não aguentei a emoção naquele momento. Deixei Jamie a sós com a menina. Com certeza ele saberia o que fazer. Daria uma notícia de cada vez. Seria muita coisa para uma menina da idade dela assimilar de repente. Nós nem dormimos, passamos à noite em claro. Eu estava meio zonza e com esta notícia, me deu um mal-estar. Fui até a cozinha preparar um chá de camomila e ouvi quando Jamie disse a menina:

-- Oi, minha querida! Você dormiu bem? Já tomou café?

-- Não, papai! Quero tomar com vocês!

-- Então, vamos descer. Tomaremos café todos juntos.

-- Por que tia Laura saiu daqui depressa? Ela não queria me ver?

-- Não, claro que queria! Ela só foi ligar para a mãe dela.

-- Vamos fazer um café bem gostoso.

Descemos e nos reunimos à mesa, fazendo de conta, ou pelo menos nos esforçando para ficarmos alegres e tomarmos o nosso café em paz. Fizemos suco de laranja, colocamos frutas, leite, café, pão doce, torradas, manteiga, geleia... Foi um café agradável, apesar da má notícia que tínhamos recebido.

-- Papai, agora podemos ir para a casa da mamãe?

-- Não, minha filha, houve um imprevisto.Terei que levar você depois.

A menina ficou meio contrariada e foi brincar no quarto. Jamie não sabia como contar a ela. Eu fui deitar um pouco e fechando os olhos, fiquei pensativa, quando Jamie entrou e logo indagou:

-- Laura, o que eu vou fazer? Como você acha que devo contar a ela?

-- Jamie, querido, você quer que eu converse com ela? Quer que eu conte?

-- Você faria isso por mim?

-- Claro que sim! Eu sei como falar de uma maneira que ela vai entender e se acalmar.

-- Obrigada, amor, não sei o que seria de mim sem você.

-- Não me agradeça. Eu sim, tenho que te agradecer por tudo que faz por mim.

-- Ah... Laura, só o seu amor já é o bastante. Te amo tanto, minha linda!

-- Jamie, te amo demais! Vou viver agora para você, nosso filho e a pequena Evelyn, que cuidarei como minha.

Seduzida ao ExtremoOnde histórias criam vida. Descubra agora