Alfa Kurt - DEGUSTAÇÃO

Está comigo!

KURT

Após ter firmado o acordo com o Alfa Gregório, eu voltei para o meu bando. Ele queria que comemorássemos, no entanto, eu definitivamente não estava no clima. Disse apenas que precisava resolver algumas coisas, mas que poderíamos ver sobre a celebração oficial em duas semanas. ele concordou, claro. Pelo que pude notar, se eu dissesse que queria que ele raspasse a cabeça, ele o faria.

Meu coração estava pesado e Thorin não havia dado um pio. Ele não concordava com o casamento com uma fêmea que não era a destinada a nós, no entanto, não é como se eu tivesse escolha. Ou eu escolhia alguém, ou o próprio Rei o faria. Pelo menos assim eu ainda tinha a chance de encontrar alguém razoavelmente decente. E Giselle Starling parecia se adequar ao que eu precisava.

Entrei na Packhouse e conforme fui subindo a escada, pude sentir o cheiro delicioso de Rosa. Ela estava, sem dúvidas, tomando banho. A água corria e eu praticamente podia ouvir as gotas descendo pelo corpo dela. Minha mente voou longe. Eu queria poder correr a língua e enxugar o corpo dela.

"Vamos até lá... pelo amor, eu estou morrendo, aqui!"

"Não, Thorin!" Porque se eu colocar as mãos nela, ela não vai deixar de ser minha nunca mais. E isso vai ser o fim dela e o meu.

Ao passar pelo quarto dela, eu ouvi a porta do banheiro abrindo e o cheiro dela estava me deixando delirante. Eu não me dei conta de que estava abrindo a porta, até que eu a vi. Ela estava enrolada na toalha, os cabelos úmidos, a pele rosada do vapor da água.

Ela se virou e nossos olhares se encontraram. Ela parecia deliciosa, como uma fruta suculenta que eu queria morder, provar, me lambuzar completamente.

— A-alfa Kurt! — Ela exclamou, segurando a toalha com mais força.

— Ah, me... me desculpe. Eu... — Eu sou um idiota que nem sei que desculpa dar! — Eu acabei de chegar.

Ok, isso não justificava em nada eu estar ali, como um pervertido, olhando para ela.

Ela se balançou levemente, aparentemente sem saber o que fazer ou dizer.

— Hmm... Está um pouco tarde. Mas, se você quiser, podemos dar uma volta pelo bando — Eu ofereci.

— Mas você não está cansado? Não acabou de chegar?

"Cansado pra você? Nunca!" Thorin falou e eu o mandei se calar.

— Não. Eu vou só tomar outro banho e me trocar. Você já almoçou?

Ela balançou a cabeça, negativamente.

— Não.

— Ótimo! Podemos comer fora, então. Eu já volto!

Eu me retirei o mais rápido possível. Ficar no mesmo ambiente que ela estava sendo difícil. Ainda bem que ela não pareceu ter notado o volume dentro das minhas calças. Se percebeu, nada disse.

"Uma pena... Eu adoraria mostrar pra ela". Esse lobo é um safado! Mas... eu não podia dizer que não pensei exatamente a mesma coisa.

Eu fui pro banheiro e tive que tomar conta da minha ereção. Imaginei Rosa em várias posições, ali mesmo no banheiro. Na beira da cama, toda ensopada. Ela devia ser tão quente e gostosa... eu estava louco pra sentir a fricção dentro dela, sentindo ela apertar mais e mais, gemendo o meu nome como eu tava gemendo o dela.

Quando fiquei pronto, vi que a porta do quarto dela estava aberta. Ela estava na cama, lendo. Tão linda, os cabelos cascateando pelos ombros dela. Ela estava usando uma das roupas que eu havia separado pra ela. Um vestido leve, pêssego. Era até mais perfeito do que eu achei que seria, nela. Os pés de Rosa eram delicados e bem feitos.

Puta merda! Estava cada momento mais complicado. Eu não podia olhar pra essa fêmea sem querer atacá-la! Tudo nela me fazia desejar estar colado a ela, e eu comecei a me perguntar se Thorin não estaria certo. Ela não tinha lobo, ainda, então, portanto, nenhum deles podia sentir nada. Mas... e se no dia seguinte ela despertasse e fosse a minha companheira destinada? Eu estaria mais do que fodido.

Resolvi limpar a garganta para chamar a atenção dela. Normalmente, qualquer fêmea perceberia que eu estava presente, afinal, qualquer Alfa exala um cheiro característico. Mas Rosa.. talvez ela estivesse muito concentrada no livro dela. É, devia estar, pois não me ouviu...Eu entrei no quarto e comecei a me aproximar.

"O iluminado", era o que se lia na capa. Jura que ela estava lendo um livro de terror? Tão linda, tão delicada... eu achei que ela estava lendo romance! Eu não posso negar que fiquei surpreso de maneira positiva, já que aquele era um dos meus livros favoritos.

— Em qual parte você está? — Eu perguntei e ela levou um susto, quase deixando o livro cair.

Eu inclinei a mão para pegar o livro no ar e acabei segurando a mão dela, junto. Foi como se uma corrente de eletricidade perpassasse pelos meus dedos.

— Ah... — Ela retirou a mão da minha e eu não gostei nada — Eles estão indo para o Hotel Overlook.

— Hmmm. Eu gosto muito desse livro — Eu disse. Incrível como eu ficava parecendo um idiota perto dela.

— Eu sempre quis ler, mas eu não tinha autorização — Ela falou — Obrigada por me emprestar.

Eu havia deixado uma pilha de livros pra ela, mas nem sabia se ela gostava de ler ou se queria aqueles livros. Eu nem sei como acabei colocando aquele livro especificamente ali.

— Você pode ler quais e quantos livros quiser. A biblioteca tem muitos exemplares. No escritório, também.

— Obrigada — O rubor das bochechas dela...

O vestido que ela estava usando tinha um decote de leve, não muito profundo. Mas como ela tinha belos seios redondos, ficava um pouco indecente. Antes eu não vi por conta dos cabelos dela na frente.

— O que foi? — Ela perguntou, seguindo o meu olhar. Droga!

— Você não acha melhor colocar uma blusa?

Blusa? Pelo amor, ela tá de vestido, seu idiota! É claro que ela franziu a sobrancelha. Mas ainda estava linda.

— Blusa? Ah... mas está meio quente, não?

Sim, estava calor. Burro!

— É que... eu acho que...

— Está feio? — Ela perguntou, colocando a mão por cima. Não, não! Feio, não! Pelo contrário, está mais do que apetitoso!

— Você está perfeita. Se não se importar com os olhares dos outros machos... Você é novata aqui e eles vão olhar, sem dúvidas.

Eu senti um bolo se formando na minha garganta. Mas ela... ela riu!

— Olhar pra mim? — Ela perguntou e jogou a cabeça para trás, gargalhando. E ela estava mesmo achando graça, pois até tinha lágrima no canto dos olhos dela.

— Óbvio! Rosa... você não tem ideia do quanto é bonita, não é?

Eu não devia ter dito aquilo. Merda, merda! Ela parou de rir e me olhou, séria.

Sabe aquele momento nos filmes em que o casal se beija e o filme termina com o felizes para sempre? Foi assim que eu me senti. Mas não com o final felizes, exatamente. O 'filme' estava no início, portanto, estaria mais para aqueles filmes em que o casal vai passar por várias tribulações.

— Eu... eu vou trocar de roupa, então.

— Não! – Eu segurei o braço dela. Tão gostosa... — Você não precisa. E ninguém vai mexer com você.

— E como você sabe disso? — Ela perguntou, agora já com um pouco mais de humor.

— Porque você está comigo!