KURT
Dormir com Rosa nos meus braços é a melhor coisa do mundo. O cheiro dela é tão magnífico! Ao mesmo tempo me dá a sensação de que estou no meu lar, no meu porto seguro, mas também me deixa cheio de tes@o.
Ela se remexeu enquanto dormia e eu adorei, claro. Era uma tortura gostosa. O pescoço dela, tão à mostra, pedindo para ter a minha marca nele.
De certa forma, eu tinha medo que o sol raiasse, pois ela muito provavelmente iria querer conversar. Levando em conta os acontecimentos da festa - ódio! –, o mais certo era que ela me rejeitasse de vez. E eu não iria passar por isso de novo. Se com Alexandra doeu, com Rosa seria muito pior.
Mas, infelizmente, a noite não poderia durar para sempre. A luz do sol invadiu o nosso quarto e ela se mexeu, virando-se para mim. Eu amava ver quando aquele marrom avermelhado aparecia por trás das pálpebras dela.
— Bom dia, meu amor — eu disse e ela sorriu. Aproveitei para abraçá-la, trazendo-a mais para mim, enfiando meu nariz no pescoço dela — Hmmm.
— Kurt...
— Espera. Antes de você me mandar à merd@, deixa eu aproveitar um pouco você, o seu cheiro.
— Amor, nós temos que conversar – ela disse e colocou a mão diminuta em meu rosto — Eu quero ir embora do bando.
A pontada de dor no meu peito foi horrorosa. Eu estava sufocando. Ela... ela estava me deixando.
— Não..
— Kurt, calma. Kurt! — Eu a ouvia ficando cada vez mais distante. Os lábios dela tocaram os meus. Primeiro, gentilmente, até que eu senti ela ficando por cima de mim.
Minhas mãos foram para a cintura dela e eu consegui focar no rosto dela. Ela estava chorando. Não! Eu tinha feito ela chorar de novo!
"Faça algo!" Thorin estava mais do que irritado comigo. "Ela está em sofrimento!"
— Kurt!
— Não me deixa — foi o que eu consegui dizer. Ela deitou a cabeça no meu peito.
— Eu não estou cortando laços com você. Eu só.. eu não quero ficar aqui com Giselle.
Eu senti a raiva subindo, ela borbulhava e subia pela minha cabeça, tomando o meu corpo por inteiro.
— Eu vou matá-la!
— Não! — Rosa disse e ficou sentada em cima de mim — Não a machuque! Ela me salvou ontem!
M@ldição! Ela salvou Rosa e agora a minha fêmea ficaria se sentindo em débito com Giselle. Inferno!
— Ok, eu não vou matá-la — Eu disse, de má vontade — Mas ela está no nosso caminho!
E a culpa era minha, claro!
— Kurt, ela é decente.
— Não, ela não é! Ela pode ter salvado você, mas isso não significa que ela não usou isso como uma arma contra mim. Eu a dispensei e ela foi correndo pro pai, a fim de falar com o Rei para me obrigar!
Rosa ficou me olhando, olhos arregalados. Ah, não! Eu contei que aquilo era ordem real. Todos sabiam que uma vez que o Rei ordenava, todos deveriam obedecer sob o risco de execução por traição. E não só o Alfa, mas todos os membros do bando que se opusessem ao monarca.
Ela tentou sair de cima de mim, mas eu não deixei. Ela estava exatamente onde era o lugar dela
— Kurt, ele matará a todos! Finn, o pequeno Thomas. Todos eles! Como pode dizer que vai contra o Rei?
— Eu vou falar com ele, Rosa! – eu falei e ela tentou sair de novo. Eu troquei as nossas posições, ficando por cima. Ela não tinha chance — Eu não vou acasalar com qualquer outra que não seja você!
— Kurt, não torne isso tudo mais dificil.. — Ela falou e eu a vi chorar de novo. Lambi as lágrimas e ela se apertou a mim.
— Se eu a tornar minha agora, ninguém, nem o Rei, vai poder interferir.
— Não. Isso é traição.
— Eu vou falar com ele. Por favor..
Ela respirou fundo e me olhou profundamente.
— Até que o Rei permita que fiquemos juntos, eu não vou arriscar a vida dos outros para poder ter momentos de felicidade com você, Kurt. Sim, momentos e serão breves, porque ele virá até nós.
Ela estava certa, claro. A não ser que eu matasse o Rei. E..
— Pare —Eu a olhei, assustado, ainda que a voz dela fosse suave — Você não pode matar todo mundo. E nem deveria tratar a vida dos outros com tão pouca importância.
Eu fui treinado pra isso, a minha vida toda. Eu deveria conquistar. Ainda mais sendo eu o segundo na linha de sucessão ao trono, já que o Rei não tinha filhos.
—- Desculpe – Eu falei – Costume.
— Eu não quero mudar você, Kurt, mas também não posso aceitar tudo.
— Eu sei. E eu te amo, por isso e muitas outras coisas — eu me inclinei para beijá-la, mas as próximas palavras dela foram um balde de água gelada.
— E eu quero ir pra longe do bando. Eu acho que é o melhor.
— Não – Falei. Eu não negociaria.
—- Escuta..
— Não! Eu não ficarei longe de você!
— Então vai me prender aqui?
Eu a olhei sério. Era tentador. Prender Rosa para que ela ficasse comigo para sempre, mas então... ela não estaria comigo, apenas o seu corpo e não era isso o que eu queria. Eu a queria comigo, ela, toda, por completo.
— Nunca. Eu jamais vou manter você ao meu lado se você não quiser — Eu falei e ela sorriu — Mas não significa que eu não vou tentar te convencer a estar comigo. Até quando você me disser, ou eu sentir, que você não me quer, de verdade. Por mim, no seu coração. Não por fatores externos.
— Isso não vai acontecer. Eu sempre vou querer você. Eu sei que... — Ela mordeu os lábios — Eu sei que não somos companheiros predestinados, mas eu te amo mais do que tudo.
— Você não sabe. No seu aniversário, saberemos. Eu tenho esperanças de que o seu lobo despertará nesse dia.
— Eu também.
— E... nem o Rei pode me obrigar a te rejeitar. Ainda mais que ele pretende manter a nossa linhagem no trono. Depois dele, eu assumo. E eu casar com Giselle não quer dizer que terei filhotes com ela, ainda mais se eu tiver uma companheira.
— Acho que então, precisamos de um plano. Escute, antes de negar, ok?
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Alfa Kurt - DEGUSTAÇÃO
Hombres LoboATENÇÃO! PARA MAIORES DE 18 ANOS APENAS!! DEGUSTAÇÃO! O LIVRO TODO NÃO ESTÁ AQUI! Após ser traído por sua companheira predestinada, Alfa Kurt Dolph vive para o bando e para com suas obrigações. Ele se recusa a casar novamente, porém, a pressão do C...