KURT
— Maldita... — Eu o ouvi soltar. Quando as mulheres foram tiradas dali, ele se levantou, anunciou que os jogos do dia tinham acabado, desejou boa noite e boa festança. A festa não parava.
Ele se virou para sair.
— Onde está indo? Não vai aproveitar a festa?
— Eu tenho que ver alguém.
— Darius...
Ele se virou para mim lentamente e levantou o queixo.
— Eu vou ter apenas uma conversinha com ela. A desgraçada é uma competidora, entrou de forma legítima. Ou ao menos, é o que parece. Eu pedirei que ela seja investigada agora. Eu não entendo como ela conseguiu passar!
—- Erro da segurança?
— Se for isso, eles são lobos mortos. Agora, se ela fez alguma gracinha... Eu vou saber agora mesmo e amanhã diremos que ela teve um mal súbito!
Ele saiu como uma flecha, passando pela garçonete como se ela nem existisse. Vi que ela pareceu decepcionada e o olhar dela recaiu sobre mim. Eu franzi o cenho, mostrei a minha aliança (tinha que servir para alguma porcaria! ) e passei reto.
Eu segui Darius, que andava muito rápido, mais do que um humano normalmente o faria, mas as pessoas deviam estar muito bêbadas para perceber.
Ele entrou por alguns corredores, até que chegamos ao alojamento feminino.
— Senhor Risi — A guarda feminina falou.
— Preciso falar com uma das participantes — Ele falou e aquilo era contra as regras. Poderia ser visto como trapaça.
— Senhor Risi...
— É uma ordem — Ele se aproximou da mulher que era mais forte do que muitos homens — Ou a sua cabeça vai rolar, humana.
A equipe sabia o que ele era, claro. Ela engoliu em seco e respirou fundo.
— Nome?
— Não sei. Ela tem um cabelo loiro. Bem loiro. Difícil de perder.
A mulher sabia de quem se tratava e pediu um momento, enquanto falava com alguém pelo ponto, pedindo que a moça se apresentasse.
— Essa garota tem sorte de eu estar tão cheio de wolfsbane que o meu lobo está mais do que adormecido, ou eu já a teria matado.
Eu arregalei os olhos.
–- Você disse que não tomaria!
Ele me olhou estranho.
— Por acaso estava esperando que eu ficasse descontrolado? Eu não sou tão imbecil em não tomar.
— Mas você disse que não usaria muito disso.
— O cheiro dos humanos foi insuportável e eu tive que tomar mais.
Ok, ia dar errado. Eu sabia disso, mas como eu ia tirá-lo dali?
Eu senti o cheiro dela e não, eu não conseguia sentir realmente cheiro de bruxa. Era diferente, como Henry me falou, mas não de bruxa, especificamente. Talvez Darius estivesse acostumado a lidar com aquilo.
Assim que os passos dela ficaram mais altos, eu me preparei para impedir que Darius fizesse merda.
Ela apareceu pela porta, com o cabelo preso em um rabo de cavalo, mechas soltas perto das orelhas. Mechas coloridas, claro. Rosa clarinho. O cabelo dela parecia de boneca, dando a ela um aspecto fofo, porém, ela não parecia infantil de forma alguma. O sorriso dela era animado, como quando ela falou comigo no aniversário de Rosa. Eu tinha um carinho por ela só por saber que ela adorava a minha fêmea e cuidava dela.
— Oi! — Ela falou, andando quase saltitando, como se não houvesse ameaça alguma. Darius estava com uma aura negra, porém, eu senti confusão nele e então, olhei em sua direção.
Ele estava com a sobrancelha franzida, completamente confuso. Talvez ele não sentisse que ela era a companheira dele, mas... Por favor, que ela seja a companheira dele.
— O que diabos está fazendo aqui no meu território, escória? – Ele perguntou com os dentes trincados e eu vi o sorriso dela falhar de leve.
— Esperava mais educação de um Rei — Ela falou com a voz melodiosa, olhando para ele de igual para igual. Bom, ela não iria abaixar a cabeça para ele e isso deixaria Darius mais do que puto. Ele já estava. Odiava ser contrariado.
Então, um sorriso apareceu nos lábios dele. Nada bom,. Ele não estava sorrindo. Ele a estava desafiando. Se ela fosse atrevida o suficiente, ele a mataria.
— Eu estou na minha casa e você deliberadamente veio aqui para causar problemas — ele levantou o queixo, o que o fazia parecer ainda maior do que ela. Gini não era baixinha de todo para uma humana, mas perto de Darius? Ele era mais largo do que eu.
— Eu paguei pela entrada, de maneira justa, como todo mundo. Fiz a minha inscrição e não tive problemas. Usei meus documentos verdadeiros – Ela deu de ombros – Se você não investe em segurança, a culpa não é minha. Se não tinha dinheiro para isso, deveria pensar melhor em abrir as portas para estranhos entrarem na sua casa.
Atrevida! Adorei. O show estava ficando interessante.
— Você tem uma boca esperta, não é? Qual é o seu nome, fedelha?
Ela já não sorria com alegria, mas com uma certa rebeldia. Eu quase podia ver as farpas voando entre os dois. Pena não ter pipoca... Brincadeira. Eu ainda estava atento para o caso de ele atacar ela.
Ela cruzou os braços em frente ao corpo e olhou com desdém.
— É sério? Você não sabe nem isso? Não sabe meu nome, muito provavelmente não sabe a minha idade e, ainda assim, me chama de fedelha. Eu podia ser mais velha que você.
Ele rosnou alto o suficiente para fazer a segurança ficar nervosa a ponto de se encolher de leve. Gini? Nem se mexeu. E quanto a idade? Verdade. Bruxas podiam não envelhecer, se não quisessem. Pelo menos na aparência.
— Eu não tenho medo de rosnado. Quer o quê? Um biscoitinho?
Ok... ele ia matá-lo. E eu até que gostava daquele terno que eu estava usando.
Ele segurou o braço dela com força e eu segurei o pulso dele.
— Estamos com vários humanos ao redor! — Eu disse, e por mind-link, lembrei que o lobo dele não estava ali para ajudá-lo.
— Se não soltar o meu pulso, vai ficar sem o braço, Kurt. E eu não preciso me transformar para matar essa nanica!
Eu o soltei e foi quando eu percebi que ele estava sendo atacado por ela.
— Eu não vou ser insultada gratuitamente!
Nota do autor: podem ir no meu insta
m_zanakheironofficialTem o link do grupo do whatsapp para interagirmos melhor. Tá na bio.
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Alfa Kurt - DEGUSTAÇÃO
WerewolfATENÇÃO! PARA MAIORES DE 18 ANOS APENAS!! DEGUSTAÇÃO! O LIVRO TODO NÃO ESTÁ AQUI! Após ser traído por sua companheira predestinada, Alfa Kurt Dolph vive para o bando e para com suas obrigações. Ele se recusa a casar novamente, porém, a pressão do C...