Irresistível perdição [+18]

Capítulo III - Joder.

Alana Monterbegue.

Posso sentir perfeitamente o momento em que Ágatha Brooke respira fundo e seu hálito de framboesa chega mais forte que antes. E isso me deixa pior que antes, porque agora, eu só consigo me lembrar do nosso beijo.

— Para de me chamar assim, você está maluca?

Sua testa se franze e seus olhos ficam menores que antes, me causando graça. Meus olhos ficam presos aos seus e continuo na mesma posição, comigo presa em seu aroma adocicado.

— Mas somos esposas, ou você se esqueceu que se casou comigo em Las Vegas, baby? – eu sorrio com malícia e Ágatha observa meus lábios e isso me causa um frio na barriga — Perdeu alguma coisa na minha boca?

Ela volta seus olhos para os meus e eu juro que vou acabar agarrando esse pescocinho e roubando um beijo dessa boca tão vermelha.

— Você não entendeu que eu não quero contato com você? – sua voz é suave, mas seu tom é de aborrecimento — Eu não quero nada com você, qual o seu problema?

Ela me empurra e acaba saindo da parede onde estava encostada. Mas antes que ela pudesse ir muito longe, seguro seu braço e trago seu corpo para perto do meu.

— Onde pensa que vai, querida esposa? – ironizo.

Ela franze sua testa de novo e seus olhos ficam
pequenos, e eu não irei aguentar se ela fizer isso de novo.

— O que você quer de mim, Alana? – ela tenta se livrar do meu agarre, mas não permito.

Quero provar seus lábios de novo, minha querida esposa.

Penso, mas não digo.

Que merda eu penso que estou fazendo?

Balanço a cabeça e mando embora todo o tipo de pensamento absurdo que cruza minha cabeça e volto ao meu estado normal.

— Quero o divórcio, Ágatha.

Ela sorri de canto.

— Você não parece alguém que queira o divórcio, não quando quase me beijou a segundos atrás, estranho isso vindo de alguém que queira o divórcio, não acha?

Abusada? Sem dúvidas.

Solto seu braço e me afasto, encostando meu corpo na pia.

— Eu realmente quero o divórcio.

— E se eu não quiser te dar?

Que?

— Você irá me dar o divórcio, Ágatha Brooke!

— E se eu não quiser, o que você irá fazer?

Ela se aproxima a passos lentos, e por azar, agora eu sou encurralada por ela na pia, e seu corpo está tão perto, que consigo reparar melhor em seu rosto. Consigo ver como sua pele é lisa, apenas com pequenas manchinhas de sardas, vejo seu nariz pequeno, seus lábios que são avermelhados, e seus olhos puxados, e a cor dos seus olhos marrom escuros, mas que me prendem de tal maneira, que me deixa sem entender um caralho do porque.

— Me diz, querida esposa, o que você irá fazer?

Seu hálito de framboesa chega mais forte e seus olhos me analisam profundamente, sua respiração está agitada e vejo que ela está ansiosa, e eu começo a ficar também, já que sua presença me deixa com sensações diferentes.

— Você irá me dar o divórcio, Agatha, por bem ou por mal, mas você irá me dar!

— Eu não irei te dar nada, não sou obrigada a te dar nada, e abaixa essa bola – ela sorri e morde sua boca, me deixando irritada, já que só consigo prestar atenção nesse bendito piercing no canto da sua boca.