Capítulo VIII - Sei do meu potencial.

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Maratona part – II

Alana Monterbegue.

Caminhamos em direção da entrada da casa dessa tal Laura Lopez e sinto o meu coração tão acelerado, que me sinto atordoada. Nunca imaginei que estar ao lado de alguém, me causaria tantas sensações esquisitas como estou sentindo agora. Desde que eu coloquei os meus olhos em Ágatha Brooke antes de sairmos de casa, senti meu chão se mover em câmera lenta. Como é possível alguém causar tantas sensações em alguém?

Sensações que eu não pedi. Mas que não deixavam de aparecer todas as vezes que ela se aproximava de mim.

Ela precisava usar esse vestido colado? Preto, tomara que caia e de mangas longas? E com esse salto prateado que brilha mais que tudo?

CARAJO.

Nunca imaginei que iria babar por alguém assim.

E pior, acho que a minha cara está nitidamente gritando que estou de boca aberta por sua beleza radiante.

Agora eu? Visto apenas uma calça despojada, top preto e uma blusa grande, de tecido jeans por cima, com um vans preto nos pés.

Nada novo. Nada que chame muita atenção.

Eu não conheço Ágatha direito, mas sei que ela gosta das sensações que ela causa nas pessoas, ela sabe que chama atenção por onde passa, e esse seu perfume adocicado, esse gloss que deixou o seu lábio mais volumoso, me deixa abismada pela sua beleza. E eu tenho certeza que todos que batem os olhos nela, também estão assim.

Se antes sua boca era chamativa, agora ela está três vezes pior. Sua boca onde o lábio superior é mais fino, agora está mais volumoso, ou é o gloss que está dando essa impressão? Droga. A parte inferior está tão brilhante e volumosa, que eu só consigo pensar em como seria se nós nos beijássemos agora? Minha boca ficaria pegajosa com esse gloss que está matando os corações? E esse piercing em seu lábio, a deixa em outro patamar de beleza, outro nível. Eu só consigo observá-la a todo momento que eu miro em seu rosto.

Mierda.

Preciso parar de demonstrar que estou babando por ela.

Mas eu só estou porque ela realmente está deslumbrante.

— Alanitaaaaa – a voz do Noah me tira desses pensamentos impuros e ele coloca seu braço sobre o meu ombro — Que bom que vocês chegaram – ele me olhou de canto, com um sorriso enorme em seu semblante e depois ele piscou para Ágatha, que apenas sorriu sem graça.

— Você já está bebendo, Noah! – o repreendi e ele sorriu burlando-se de mim.

— Claro, Alanitaaaaa.

Ele me respondeu muito animado. E já supus que ele estava meio animadinho demais. E nós acabamos de chegar.

— Quantos copos você já bebeu?

— Pouquíssimos – ele ergueu seu copo vermelho em minha direção e depois se afastou, abraçando Ágatha.

Se um dia Noah aparecer morto e esquartejado, pode ter certeza que será eu que o matei.

— Vamos minhas garotas – ele pronunciou, ainda com o seu braço no ombro de Ágatha, ela me olhou sem entender um caralho do que está passando e eu apenas fiz um olhar de "ignore-o", mas logo me lembro que nós não nos conhecemos direito, então como ela vai entender os meus sinais?

Bufei, mais irritada do que deveria. E fui até o Noah, retirando o seu braço de Ágatha, e rodeei sua cintura com o braço.

— Vamos entrar, Noah, me mostre a festa, quer dizer – sorri com falsidade — Nos mostre a festa.

Irresistível perdição [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora