Capítulo XIII - Dios.

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Alana Monterbegue.

Se estava agindo por impulso? Talvez.

Mas Ágatha estava disposta a me dar algo e a receber também. Agora a merda que não quer calar, será que ela iria entrar em seu momento de raciocínio e pararia com isso? Ela me afastaria novamente?

Não sei se estou preparada para me sentir mal de novo. A forma em que me senti quando ela se foi do meu apartamento, perdida e confusa sobre tudo, me deixou arrasada. Mesmo eu implorando para ela ficar, Ágatha havia partido sem ao menos olhar na minha cara, sem ao menos conversar comigo sobre o que havia ocorrido. E a única coisa que ela me disse foi "preciso de tempo, espaço, distância de você". Foi como levar um murro no estômago, mas o que eu poderia fazer? Era a escolha dela, a vontade dela e eu não podia lutar contra isso.

Mas mesmo me sentindo arrasada pelas palavras de Ágatha, eu consegui atravessar a cidade só para vir até o apartamento dela, entregar a porra do seu lip tint. E eu sei que foi a desculpa mais esfarrapada de toda a história, eu sei. Mas o que eu poderia fazer? Essa foi a única coisa que me veio à cabeça. E também vim disposta a encerrar tudo o que havíamos combinado.

Para a minha surpresa, ela não quis que tudo acabasse como pensei que ela quisesse, pelo contrário, agora parece que ela quer continuar com o que temos. E isso é algo que me agrada muito e me deixa animada em dar continuação.

Apertei o corpo de Ágatha muito mais na parede onde estávamos nos pegando. Parei de beijá-la para olhar em seus olhos puxados, que me deixavam sempre em um submundo que só neles existiam.

Olhei para a sua boca que não estava tão vermelha como de costume, pelo fato do seu lip tint não estar ali, dei um foco maior em seu piercing, sendo muito gostoso de brincar na hora do nosso beijo, que sempre me perco sobre ele.

Senti sua respiração se acalmando, ao mesmo tempo, em que minhas mãos faziam carícias preliminares em sua cintura, descoberta por retirar sua blusa de botões. Ágatha estava sem sutiã e isso era uma imagem que eu iria gravar pelo resto da minha vida na memória.

Seus seios não eram grandes, eram proporcionais ao seu corpo, e para mim estava perfeito. Não queria mais nada e nem precisava de mais nada, além disso, de sentir seu corpo encostar ao meu e emanar tanto calor como estava nesse exato momento. Deixei que meus dedos roçassem sua pele, que se arrepiou no instante que a toquei.

Seus mamilos enrijecidos, prontos para receber a minha boca, estavam ali, somente me esperando. E eu morria por prová-los, mas não sabia se minha querida esposa estava pronta para isso. Não sabia. Porque Ágatha parecia estar em um momento de loucura e desejo, mas sei que logo isso poderia acabar.

E eu morria por continuar.

— São lindos...—murmurei próxima a sua boca, ainda com os meus dedos acariciando sua cintura, deixando seu corpo mais arrepiado.

Ela me olhou sem entender, um sorriso tímido de canto, uma de suas mãos estava em meu rosto e a outra alisando meu braço.

— O quê? — ela franziu a testa e sorriu, suas bochechas coradas pela vergonha.

Mordi o lábio, porque era tão tentador tudo isso.

— Seus seios, Ágatha – gradualmente fui subindo os meus dedos pela sua barriga, onde fiz leves carícias, deixando seu corpo mais arrepiado, e seus mamilos mais duros do que antes — Perfeitos, do jeito que gosto...

Ágatha me olhou com aquele brilho no olhar, sem saber o que dizer e o que fazer. E esses seus olhos puxados, me deixavam presa sobre eles, porque o brilho que neles continham, era surreal, era muito cativador.

Irresistível perdição [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora